No ritmo de Chicago

A cirurgia

- Seja bem vinda - fala Connor abrindo a porta 

- Caramba que lugar bonito, adorei a vista - digo indo até a janela 

- Gosto de sentar aqui e ficar vendo a cidade, o que acha de carne assada e vinho? - Ele pergunta indo até a cozinha 

- Ótima ideia - digo me sentando no banco da ilha - Quer ajuda em algo ?

- Você? cozinhando? não quero arriscar a minha cozinha, você pode abrir o vinho o que acha? - ele pergunta me entregando a garrafa e o abridor 

- Não pode dizer depois que eu não ofereci ajuda - digo abrindo o vinho 

- Não vou dizer acredite - ele diz pegando a taça 

Ele liga o forno e começa a preparar a comida e eu o observo 

- O que foi? - ele pergunta

- Nada ué - digo bebendo da minha taça 

- Então porque está me olhando com essa cara? - ele diz apontando pra mim 

- Você fica atraente cozinhando - digo dando de ombros e ele começa a rir 

- Pode parar, você não vai conseguir - Ele diz colocando a assadeira no forno  e voltando a ficar na minha frente do outro lado da ilha

- Conseguir o que ? Não estou tentando nada -  digo bebendo o resto do vinho na taça

- Não vai conseguir me seduzir e não vamos transar naquele sofá-  Ele diz apontando pro sofá

- Acho que você bebeu muito vinho Connor - digo rindo

- Está pronto, vamos comer - ele diz tirando a assadeira do forno

Connor nos serve e começamos e nos sentamos na mesa para começarmos a comer, no meio do jantar meu telefone começa a tocar e vejo que é o comandante Perry

- Desculpa, mas preciso atender-  digo ele concorda e eu atendo - Comandante, aconteceu algo? 

- Queria confirmar a sua presença no baile anual dos veteranos- ele diz - Você não enviou sua resposta

- O Baile, com certeza eu vou - digo

- Tudo bem então, você e um acompanhante, até amanhã-  Ele diz e desliga

- Não, comandante, não-  digo mais já é tarde- Que droga, tinha esquecido disso- digo

- Juro que não tenho nada a ver dessa vez - fala o Connor

- Connor - digo e dou um sorriso

- Ai Deus, sobrou pra mim-  ele diz

- Quer ir comigo ao baile dos veteranos amanhã?  - pergunto

- Não sei TC - ele diz

- Vamos por favor, pode ser bem interessante-  digo

- Tudo bem - ele diz e eu sorrio - Vou precisar beber mais pra achar isso uma boa ideia - ele diz se levantando e indo pegar outra garrafa de vinho

- Isso não vai prestar - digo pra mim mesma

Acabamos de jantar e Connor pega o plano de cirurgia

- Eu estava pensando- ele diz esparramando tudo  - Que em vez de remover o coração de uma vez, podemos tirar o tumor que da com o coração nele e depois tiramos e que podemos colocar ele em uma máquina coração- pulmão, em vez do bypass coronário - ele diz

- Assim reduzimos o tempo que ele fica sem coração, mas não sei se a máquina é o melhor, acho que deve ser, teremos mais tempo, muito bom Connor - digo e o brilho do relógio digital atrás dele me chama atenção