× EPÍLOGO ×

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× 2 meses depois ×

Depois de ser obrigado a ficar em um hospital e fazer uma bateria de exames, todos tiveram o diagnóstico.

A batida na cabeça, que Seonghwa havia sofrido quando foi atropelado, fez sua memória voltar.

Ele se lembrava de Yeosang e de tudo que havia acontecido, agora só queria encontrar o garoto e trazê-lo de volta. Precisava dele e faria o possível e impossível para fazer isso.

Dois meses haviam se passado e ninguém teve nenhuma notícia do mais novo e isso já estava preocupando tanto todos eles, que cogitaram até mesmo em ir até a delegacia e dar parte do sumiço, mas automaticamente se lembravam que o garoto havia ido embora por conta e vontade própria, então não teria muito para a polícia fazer.

As festas de fim de ano passaram e o clima não foi tão festivo como mandava o roteiro. A preocupação era muito maior do que qualquer comemoração que poderiam fazer.

Seonghwa ainda ficou afastado da empresa porque como havia quebrado a perna, tinha que ter tempo para a recuperação, não demorou muito para ter que tirar a tala e consequentemente voltar a trabalhar. Então agora se encontrava ali, em frente a sua mesa, com papéis para ler e assinar, reuniões para ir e assuntos pendentes para acertar.

Descobriu que sua empresa, que seu pai e sua mãe trabalharam e lhe deixaram de herança, estava em queda na bolsa em decorrência a sua instabilidade nos últimos meses e por mais que estivesse preocupado em procurar seu noivo, ele não poderia deixar tudo nas mãos de Yunho, que era o vice-presidente, de San, Jongho e Sunghwa, esses dois últimos mal tendo saído da faculdade. Eles não conseguiriam reerguer ela sozinhos.

Então fez seu papel de presidente e correu atrás de tudo que era necessário para colocar a empresa no mercado novamente e fazer com que as ações continuassem a subir.

Mas ele estava exausto.

Suspirou pelo o que achava ser a décima quinta vez e se reencostou na cadeira, olhou o relógio de pulso e comemorou internamente quando viu que faltava menos de uma hora para ir embora. Era sexta feira e ele não poderia estar mais grato de poder ter o fim de semana para descansar e poder pensar em onde Yeosang poderia estar.

Estava preocupado e apreensivo. Não sabia onde seu garoto estava ou se estava bem. Não sabia o que ele estava fazendo, se estava se alimentando ou se havia se metido em problemas.

Céus, estava tão preocupado.

— Hyung. — sua atenção se voltou para a porta de sua sala, onde San estava com o corpo parcialmente para dentro — Posso falar com você?

— Se for mais interessante que todos esses papéis, fique a vontade. — o mais velho sorriu de volta para o amigo.

San entrou na sala e olhou para trás, Seonghwa franziu o cenho, mas logo o seu olhar se tornou surpreso quando viu Wooyoung entrar atrás do namorado. Ele estava com a cabeça baixa e envergonhado.

Mesmo depois de tudo que aconteceu e de Seonghwa ter recuperado a memória, Wooyoung e ele não se falaram. O mais velho sabia que o mais novo tinha razão em suas palavras quanto à tudo que havia acontecido, mas estava um tanto chateado por algumas delas. Por isso, desde do que havia acontecido, eles não trocavam nenhuma palavra ou olhar, mesmo frequentando os mesmos lugares por fazerem parte de um mesmo grupo.

— Vou deixar vocês dois a sós. — San mencionou e deixou a sala depois de sussurrar algo no ouvido do namorado.

Eles dois ficaram em um silêncio constrangedor.

— Sente-se. — Seonghwa disse de repente, fazendo Wooyoung dar um pequeno pulo pelo ato. Apontou a cadeira a frente da mesa e o garoto, a passos lentos, fez o que lhe foi orientado. Passou mais alguns minutos e nenhum dos dois disse qualquer outra coisa.

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