1. Çöpçatan

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"Casamenteiro"



"A vida é uma viagem por um caminho escuro quando se está sozinha", parecia poético o bastante? Provavelmente melancólico o suficiente para conquistar alguns corações e devidamente esperançoso de tal maneira que, com tais palavras, corações românt...

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"A vida é uma viagem por um caminho escuro quando se está sozinha", parecia poético o bastante? Provavelmente melancólico o suficiente para conquistar alguns corações e devidamente esperançoso de tal maneira que, com tais palavras, corações românticos se sentissem levados a viver aventuras e olhar para as estrelas, meditando horrores sobre possíveis acasos. 

Acaso, aquilo foi um daqueles que ninguém imagina viver. O odioso homem que tinha sido o instrumento para a destruição de um sonho agora nada mais era que um grandioso amigo... Amigo! Sim?! Ou, apenas outro fruto de uma mente solitária querendo companhia. 

Na maioria dos seus dias, mesmo sendo supridos por uma carinhosa tia e companhias que transmitiam alegria, havia também uma estranha predominância daquele tipo de sentimento que demonstrava a dor que Eda Yildiz sentia e você pode me perguntar o motivo e eu lhe contarei a trágica história por trás de uma máscara de entusiasmo. 

-Você está pronta, garotinha? -Perguntou aquela voz carregada de carinho, uma das vozes que ela mais sentia falta. 

-Sim, mamãe. 

-Oh, por favor, não seja tão esquecida, eu fui o responsável por todo esse estilo. -Dizia a voz masculina. 

A pequena menininha se agarraria no pescoço da mãe e riria da feição teatral do pai. Ela tinha apenas 6 anos quanto perdeu tudo aquilo, uma vida de alegrias e orgulho foi substituída pela necessidade extrema de aprovação e o ideal de meritocracia se tornou seu lema. Eles se foram em uma noite nublado, com um acidente grave o suficiente para garantir que outros também chorariam perdas semelhantes. Eda duvidava que alguém chorou como ela. Ela passou toda a tarde trancada em um pequeno armário, sentindo-se tão só e quebrada que não havia vontade de voltar ao mundo dos vivos. Foi então que ela acordou, após cair no sono de tanto chorar, e a pequenez do espaço que ela estava faltou-lhe o ar 

-MAMÃE! PAPAI! -Gritou em desespero. -MAMÃE! PAPAI! -Gritou novamente. 

Sua tia, a responsável legal pela criança, entrou na cozinha desesperada, procurando o foco da agonia da menininha. Quando a encontrou, a pequena Eda estava tão vermelha que ambas correram para o hospital, a partir daquele dia, ela adquiria uma grave fobia que lhe tirou o ar, no entanto nada sequer poderia ser comparado ao que lhe tirou a paz. 

Os anos seguintes foram preenchidos de razões para não lembrar da grande tristeza. Sua tia foi a responsável pela sua educação, mas, na verdade, Eda cuidou de se educar por si só, tendo responsabilidade suficiente para saber que os estudos poderiam ser a distração necessária para não lembrar e que também era preciso crescer, nada melhor do que ser uma das melhores de qualquer lugar. Não julgue tosco, as vezes guardar dores dentro de um bauzinho da alma significa tornar-se forte o bastante para se viver. Viver, ela viveu, e percorreu um belo caminho durante anos. Foi quando seu caminho estagnou. E ela começou a odiá-lo. 

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