Dönüş

5. Hayatın oyunu

Jogo da vida

Toda aquela energia contagiava Eda, aquelas pessoas e a forma com que elas interagiam a fazia se sentir com a ilusão de plenitude. Ilusão? Sim, ilusão, pois, quando a noite chegava e o mundo dos sonhos lhe engoliu era o rosto dele que ela via. Serkan Bolat, o famoso arquiteto de Istambul, sua falso esposo.... Isso a fazia suspirar. Era uma saudade  cretina que a condenava ao desejo eterno de reencontra-lo, coisa que Eda pensava não ocorrer jamais. 

Não demorou muito para as manchetes chegarem a Itália, o renome dele fazia  com que sua fama fosse mundial e, dada a faculdade que Eda cursava, as noticias a respeito do homem chegavam mais e mais. no entanto, quando acordou naquela manhã e encontrou com Nero, seu colega de instituição, em frente a entrada do prédio.

-Onde está Beatrice? -perguntou, aceitando a ajuda de Nero para segurar uma maquete. 

Ele revirou os olhos. 

-Correndo atrás de fofocas. -Eda riu, Beatrice era, de fato, uma grande apreciadora de " informações compartilhadas". -Ferit que te trouxe? Sabe que podemos te pegar. 

-Sim, ele trouxe, não se preocupe, Ferir nunca permitiria que eu viesse com vocês, ele precisa de alguma companhia, bobiando, logo logo, ele estava trazendo vocês também.   

Nero sorriu, com o passar das semanas ele tinha se acostumado mais e mais com a presença do casal de amigos e, mesmo não sendo um aluno da instituição, Ferit fazia parte da rotina daqueles universitários como ninguém. 

Eles conversaram sobre a maquete durante todo o percurso até a sala e, quando chegaram, foram parados por uma Beatrice extremamente agitada, ambos se entreolharam e se prepararam para ouvir a nova fofoca. 

-Vocês não vão acreditar!

Nero revirou os olhos. 

-Se você falar...

Ela fechou a cara e Eda sorriu, prevendo a serie de implicâncias que seguiriam. 

-Não falo mesmo. 

-Então não fale. 

-Não falo mesmo. 

-Ótimo. 

-Perfeito. 

-Maravilhoso. 

-Esplendoroso. 

-Pois eu vou falar só porque você não quer ouvir! 

-Você... 

Antes que ele pudesse concluir, ela falou de uma vez: 

-SERKAN BOLAT VOLTOU A NAMORAR SELIN ATAKAN! 

O sorriso sumiu dos lábios de Eda no mesmo instante e ela começou a sentir aquela sombra de tristeza tomar conta de si, faziam menos de 4 meses que Eda tinha chegado a Itália, 4 meses!

-A DROGA DE 4 MESES! -Ela exclamou jogando um jarro na porta e, por pouco não acertou a cabeça de Ferit. 

A grande tristeza, como Ferit costumava chamar, a tomou durante todo o dia, mas, em algum momento, a raiva também chegou. Raiva por ama-lo, raiva por ele não ter tomado nenhuma atitude, raiva pelo pronunciamento daquele maldito namoro. 

A raiva era tamanha que ela sequer percebeu que um dos muitos utensílios de vidro que foram quebradas acabou cortado-a e sua mão pingava sangue. Ferit também não percebeu, já que ele ajuda a quebrar e dava apoio moral a Eda. Mas, quando ela começou a se sentir fraca e o sangue já melava o tapete, foi impossível ignorar.