Nossa história - Criseddy

4. Sinto saudades dela

Teddy Alcapone
Reunião de família

Cheguei na Vinícola morrendo de rir ouvindo Mel cantar uma música de forma errada no banco de trás do carro.

— Porque você tá rindo papai? — Ela perguntou e eu estacionei com cuidado vendo as crianças correrem no meio da Vinícola.

— Por nada meu amor. — Menti enquanto a tirava da cadeirinha e ela me lançou um olhar de "aham, sei".

Peguei Melissa no colo e fui andando até a entrada da casa enorme que se encontrava lotada. De longe avistei Cristal sentada em uma cadeira afastada, ela não aparentava estar muito bem.

Deixei Melissa brincando com as meninas e me aproximei. Minha vontade era de beijar ela, de abraçar, dizer o tamanho da minha saudade, mas eu sabia que era impossível.

— Você está bem? — Perguntei e ela balançou a cabeça parecendo sair dos próprios pensamentos.

— Estou... — Ela sussurrou mas eu sabia que estava mentindo, eu a conheço, muito bem por sinal.

— Essa preocupação tem nome? — Perguntei me sentando ao seu lado e ela respirou fundo.

— Tem. — Ela falou e eu a encarei confuso. — Cold Jhonnes. — Franzi o cenho surpreso.

— O pai da Chiara tá na cidade? — Perguntei e tomei um susto ao ver um homem loiro sair da porta da frente da casa da Cristal.

Senti meu sangue ferver, não sei por qual motivo, mas só de saber que ele dormiu na mesma casa que ela...

— Ele chegou ontem sem avisar... Tá me enchendo o saco porque eu disse que a Chiara tá viajando, tá falando que eu não sei cuidar dela... Eu to uma pilha de nervos. — Ela confessou passando a mão na cabeça e eu me levantei bravo.

Ouvi Cristal me chamar mas não dei atenção, se esse babaca acha que pode ensinar alguma coisa pra Cristal ele tá muito enganado.

— Qual foi, Cold né? — Perguntei parando ao lado dele que me reparou de cima abaixo com desdém, babaca.

— Eu te conheço? — Ele perguntou e eu vi Cristal se aproximar. — Ah, deve ser mais um na fila da puta né?

— Como é? — Segurei ele pelo colarinho. — Mete o pé daqui antes que eu meta uma bala na sua testa seu filho da puta de merda, presta bem atenção, puta é a tua mãe, melhor você pensar no que fala ou então eu arranco tua língua e você nunca mais vai poder falar nada! — Vociferei olhando em seus olhos e ele se afastou assustado.

Cold não pensou duas vezes antes de pegar o carro e meter o pé da casa.

— Teddy! — Cristal chamou e eu me virei tentando controlar a raiva. — O que? Como? Ele falou alguma coisa pra você? — Ela perguntou assustada e sorri por um minuto pela sua preocupação.

Sinto saudades dela...