Nossa história - Criseddy

7. Me senti em casa

Cristal Giorno

Senti uma respiração quente acima de meu rosto, franzi o cenho incomodada com aquela situação, onde eu estava? Porque estava tudo escuro?

— Não sei o que seria de mim sem você, volta pra mim... — Ouvi uma voz conhecida e forcei meus olhos a abrirem.

Estreitei os olhos incomodada com a claridade e senti uma movimentação espontânea de Teddy apoiado onde eu me encontrava deitada.

— Cristal? Meu Deus! — Ele segurou meu rosto com as duas mãos e eu sorri deixando uma lágrima escorrer assim que olhei em seus olhos. — Eu te amo, te amo Cristal, pelo amor de Deus eu preciso de você... — Teddy juntou nossos lábios com pressa e eu senti tudo dentro de mim queimar.

Pensei que nunca o sentiria novamente, pensei que nunca sentiria seus lábios nos meus e muito menos seu amor, mas ele estava ali, comigo.

— Eu vou chamar o médico. — Ele disse sorrindo e eu assenti.

[...]

O médico fez alguns exames e felizmente estava tudo bem, perguntei por Chiara e Luna me disse que ela estava do lado de fora aguardando os exames para entrar.

Assim que minha filha colocou os pés pra dentro do quarto eu senti que tudo voltou a fazer sentido, minha maior riqueza.

Nunca achei que esse sentimento de mãe fosse tão intenso quanto costumavam falar, mas assim que segurei Chiara nos braços pela primeira vez eu entendi, entendi que não se trata de obrigação, mas sim de amor, o amor mais puro do mundo.

— Mamãe! — Ela correu até mim e me abraçou forte, acariciei seus cabelos enquanto sentia minha filha chorar em meu ombro. — Achei que fosse te perder mamãe, os médicos disseram que...

— Xiu... Está tudo bem meu amor, eu estou aqui, sempre estarei, te amo filha. — Falei olhando em seus olhos e ela secou as lágrimas olhando pra mim.

— Também te amo mamãe. — Ela falou me abraçando e eu sorri em direção as meninas que estavam com os olhos cheios de lágrimas.

Pela primeira vez em muito tempo, me senti em casa.