2. Desaprendi a viver sem ela

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Teddy Alcapone;
(Após o Tsunami) - Chegada da Melissa

Estava arrumando algumas coisas no bar e ouvi um barulho do lado de fora, coloquei minha máscara no rosto e já preparei a pistola na mão. Fiquei aliviado ao ouvir a risada de Din, quem havia chegado?

— Cadê ele? — Ouvi a voz de Cristal e franzi o cenho chegando perto da porta de saída do bar. — Eu acho melhor você mostrar Din...

Assim que abri a porta me deparei com Cristal e Din conversando, mas no colo de Cristal havia uma bebezinha, ela usava uma roupinha linda rosa e tinha uma mamadeira na mão. Assim que o olhar daquela bebezinha encontrou o meu eu sentir algo queimar dentro de mim, algo que eu nunca havia sentido antes.

— Acho que vai ter que ser você mesmo. — Din falou e Cristal respirou fundo olhando pra mim, como é possível? Depois de três meses separados ela ainda consegue me desestruturar totalmente com apenas um olhar.

— Então tá bom... — Cristal se aproximou e a menininha olhou pra mim receosa. — Teddy, eu te apresento sua filha, Melissa Alcapone. — Arregalei meus olhos surpreso e senti minha perna bambear.

Fiquei sem reação e senti as lágrimas descerem do meu rosto rapidamente, desde que saímos do bunker eu venho tentando achar Melissa, ganhar a guarda dela e conseguir ter ela pra mim.

Agora ela está na minha frente, minha filha, finalmente.

— Você... Você tá brincando?! — Eu falei colocando as mãos na cabeça. — Meu Deus! — Peguei a pequena no colo e senti seu coraçãozinho acelerado bater contra o meu.

Comecei a chorar e percebi que Cristal também já estava chorando como nunca. Abracei Melissa forte s senti a pequena se aconchegar no meu ombro.

— Eu não acredito, como? — Perguntei pra Cristal que secava as lágrimas com dificuldade.

— Eu falei com o Dimitri, como você ainda não tinha procurado ele até onde eu sei eu pensei que seria bom um advogado no caso, mas preferi não te falar nada, fiquei até um pouco receosa, eu... Bem... Não me sinto mais como parte dessa decisão. — Ela falou olhando pra baixo e eu senti um aperto no peito, se ela soubesse que eu faria de tudo pra que ela fizesse parte novamente... — Mas está aí, nós localizamos ela na semana passada, ela estava com um assistente social, e agora que encontramos o pai e eu consegui provar que você tinha uma renda fixa, ela chegou hoje de avião com o pessoal do governo. Por isso, legalmente, Melissa é inteiramente sua Teddy.

— Eu não sei o que dizer... — Eu falei e ela balançou a cabeça em negação. — Não, é sério Cristal, você me deu a coisa mais importante do mundo, nunca vou esquecer isso.

Eu agradeci e ela assentiu olhando pra Melissa que brincava com meu cabelo.

— Quistal. — Melissa sussurrou se jogando no colo de Cristal que sorriu pegando minha filha no colo.

Din piscou pra mim e eu revirei os olhos, palhaço, eu sabia exatamente no que ele estava pensando.

Nossa história - CriseddyOnde histórias criam vida. Descubra agora