Fagulha

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Notas do Autor


Olá meus semidivos, tudo bem com vocês! Estão se cuidando direitinho? Ufa, finalmente consegui concluir esse cap. por isso que Fios do Destino teve algum atraso, sinto muito... Na verdade vou ter que postar um cap. mais cedo, pois esse aqui anda atrasado com relação a FdD e preciso deles dois em conjunto - por enquanto.

Boa leitura a todos!!!


~***~

Capítulo 6 - Fagulha


"Tudo era apenas uma brincadeira

E foi crescendo, crescendo, me absorvendo

E de repente eu me vi assim

Completamente seu"

~***~

Se havia uma prática sua que já fora criticada diversas vezes, mas que ela pouco se importava era a de sair por aí à surdina e dessa vez ela realmente se arrependera do registro captado por seus olhos. Se Mark estivesse por perto ele lhe sorriria daquela forma desagradável que só ele conseguia e diria um sonoro "Eu te avisei!", mas não por ser um bom irmão e querer lhe alertar, mas por ter o prazer de ser desprezível. Franziu o cenho só de pensar naquele estúpido conselheiro do chalé, mas se manteve quieta, seria ainda mais embaraçoso se, além disso, fosse pega pelas outras duas pessoas... Só de pensar na possibilidade preferia morrer.

O que ela havia visto? Bem, além de ser algo completamente intragável, era óbvio demais que se referia a Annabeth Chase. Para ser mais específica ainda, a loira do chalé de Athena estava "escondida" com um garoto estúpido do chalé de Apolo cujo nome não lhe vinha à memória e sinceramente agradecia por isso, assim as chances de matá-lo depois seriam menores.

Ela não deveria estar incomodada com aquilo, afinal Chase era livre e como tal poderia sair beijando meio acampamento que ainda assim não seria da sua conta, mas ver aquilo com os próprios olhos lhe trazia certo desconforto, ela deveria estar doente, é isso. Os dois se beijaram de forma breve até e continuaram ali a conversar apenas, mesmo assim La Rue desviou os olhos. Uma confusão que não entendia começava a lhe corroer e ela só sentia vontade de socar alguém pra variar.

Seu humor andava dos piores e ultimamente ela não vinha fazendo muita questão de se controlar... Era filha de Ares, não era? Então não deveria se sentir como um ser de outro mundo toda vez que aquela sensação de frenesi vinha à tona. Os filhos de Athena viviam de nariz empinado, trabalhando em seus projetos, de um lado para o outro com livros como se fossem os seres mais intelectuais e perfeitos da terra - e por um lado eles realmente eram; os filhos de Afrodite viviam se divertindo com picuinhas que eles mesmos causavam graças ao poder de persuasão e charme; os filhos de Hefesto viviam vesgos nas forjas de tanto trabalharem em armamentos, bugigangas, consertando e melhorando itens de outros semideuses... Então porque ela e outros de seu chalé tinham sempre de se manter sob controle? Ou pelo menos eles tentavam - um pouco.

Ela não poderia deixar o local sem ser notada, não agora que eles haviam se aproximado um pouco mais do seu ponto de observação então tentou se manter tranquila, até que uma ideia lhe veio à mente... Aquilo lhe parecia bem melhor e lhe daria a "tranquilidade" que queria.

-Eu acho melhor voltarmos. - a voz de Annabeth saiu no tom de leve advertência.

Clarisse deixou seu plano A de lado e estreitou os olhos para a cena que se seguia, sua mão levemente trêmula... Ah, os instintos! Ela poderia fingir que não estava ali, mas acidentalmente sua mão alcançou a bainha da sua faca.

Quem lhe ensinou a amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora