O Manezão

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Notas do Autor


Olá meus queridos, queria me desculpar pela demora, eu nunca tive um bloqueio tão grande com um capítulo atualmente, mas acho que vinha me cobrando demais. Estou bem exausta, minhas crises de insônia estão bem piores de forma que passo o dia um caco humano... Fora todas as outras obrigações que possuo.

Enfim, espero que gostem do capítulo, eu estou tendo que tomar certo cuidado, pois algumas coisas começam a se amarrar daqui então não posso escrever de qualquer forma.

Boa leitura a todos!!!


~***~


Capítulo 13 - O Manezão


Era pra ter sido fácil, não era?! Ou pelo menos era assim que achava que seria, era bruta o suficiente para achar que poderia governar qualquer tipo de sentimento que nutria; como estava errada, como havia se iludido com a possibilidade de que tudo poderia retroceder ao ponto onde ela era apenas uma semideusa ignorada, onde suas maiores preocupações se resumiam em se manter viva dos treinos aplicados por Mark.

Seria aquela bagunça em seu peito algum tipo de maldição de Afrodite? Não duvidava que tivesse poderes para tal, ela sentira na própria pele o que a singela presença da deusa causava, poderia facilmente levar um mortal a loucura por simples capricho, se assim desejasse. Por mais que merecesse, lá no fundo La Rue acreditava que a divindade não era a real causadora de suas inquietações sentimentais, afinal deixara que seu sangue subisse até a cabeça e de forma nada controlada, despejara palavras em tom duro e cheio de ira dentro do templo da deusa do amor. Não era assim que filhos de Ares se comportavam? Como imbecis levados pela raiva?! Mesmo que quaisquer uns de seus irmãos agissem daquela forma normalmente, ela não queria se ver assim, sabia que era melhor que isso.

Seu coração estava destroçado de uma forma que preferiria nunca ter experimentado. Silena tentou amenizar com palavras de conforto naquele mesmo dia, até mesmo aquele cheiro peculiar das rosas indicava que "talvez" a mãe divina de Beauregard também não estivesse tão irritada com a sua atitude, mas aquilo não era o suficiente.

Tinha mais emoções do que conseguia gerir e isso não era bom; sua mágoa disparava em diversas direções. Sentia-se culpada por aquilo tudo, culpada por ter acreditado que poderia ter dado certo; culpada por ter correspondido aos sentimentos da conselheira do chalé 10 mesmo que ambas supostamente soubessem que as possibilidades futuras poderiam não ser das melhores; culpada por se sentir cada vez mais atraída por Annabeth Chase.

Como... Como aquilo era possível? Como ela poderia ser tão idiota ao ponto de se deixar atrair pela loira daquela forma? A dor de perder Silena se misturava com todo o receio de nunca poder ser feliz plenamente por causa da filha de Athena. Não era justo... A loira de olhos cinzentos não lhe dava a mínima atenção, podia senti-la cada vez mais distante enquanto aquele sentimento estúpido apenas se espalhava e tomava conta dela de forma irracional.

Tinha de ser "coisa" de Afrodite, não havia outra explicação, ela não era a deusa do amor?! Aquela que unia e desfazia laços como uma criança escolhendo um doce ou trocando um brinquedo velho por um novo?! Mas também estava cansada de procurar por explicações, desde que chegara ao acampamento ela tinha aquele fio, aquela amarra impensada que não pertencia à deusa do amor.

Fez o que fazia de melhor, procurou esquecer com base nos seus treinamentos, se treinasse o suficiente, se mostrasse que era melhor, talvez ela tivesse alguma chance de voltar ao mundo "real", de esquecer o par de olhos cinzentos que debilmente vasculhava com os seus sempre que compartilhavam algum momento em comum. Era disso que precisava... Uma missão, a mais perigosa e suicida possível, só assim ela colocaria a cabeça no lugar, mas suas esperanças minguaram ainda mais desde que Luke Castellan não obtivera sucesso na sua, os campistas estavam a quase dois anos sem missões oficiais.

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