Capítulo 2

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ENQUANTO GEOFF IA EMBORA COM os outros, Blake conversava baixinho com alguém

pela porta aberta. Me apoiei na mesa, esperando que ele voltasse. Ele fechou

a porta e veio até mim.

— Enfim, sós.

Mordi o lábio.

— Como me saí?

Ele reduziu a velocidade na minha frente e enrolou um braço na minha

cintura, me puxando para perto.

— Você me deixou orgulhoso. Como sempre.

— Você me pôs em uma sinuca de bico. Está tentando bater algum tipo de

recorde do número de vezes que você consegue me deixar louca nesta sala?

Blake deu um sorriso malicioso.

— Você esperava menos de mim?

— Não, claro que não. Mas me diga o que você realmente achou da ideia

dele. Estou completamente equivocada?

— É promissora. Eu imaginei que você morderia a isca.

Escorreguei as mãos pelo pescoço dele, deslizando-as pelos cabelos que se

estendiam até pouco abaixo do colarinho da camisa.

— E se você odiar algo que eu amar? É nosso investimento. Não devíamos

concordar um com o outro?

— Suponho que sim, na teoria. Mas se você gostar de alguma coisa, agarre-

a e vá com tudo. Assim como fez hoje.

Ele deslizou um dedo pela parte da frente do meu vestido, subindo e

descendo, segurando meu seio por cima do tecido. Me inclinei na direção do

toque. A prova incontestável de seu desejo era dura e fazia pressão no meu

quadril.

— Pelo visto você gosta quando sou decidida.

Ele jogou os quadris para frente, me prendendo entre a mesa e seu corpo

rijo.

— Não sou como a maioria dos homens, que ficam de pau mole diante de

uma mulher que tem opinião própria.

Ele levou os lábios até meu pescoço, traçando um caminho até minha

clavícula. Minha pele se arrepiou toda e meus mamilos enrijeceram,

pressionados contra o vestido. Me curvei na direção de Blake, desesperada

por dar algum alívio a eles, mas quanto mais nossos corpos se tocavam, mais

fora de controle eu me sentia.

— Você percebe que isso vai totalmente na contramão da sua necessidade

compulsiva de tomar conta de mim, certo?

Segurando minha nuca com a mão, ele me fitou. Seu olhar, agora sério, me

deixou sem ar.

— Não quero controlar a sua vida, Erica. Quero fazer parte dela e quero

que você faça parte da minha. Mas não vou deixar que só você tome as

decisões por nós dois, especialmente quando se trata de vida e morte.

Fiquei olhando fixamente para ele, sem fala e sem ar — por causa da

POTÊNCIA EXTREMAOnde histórias criam vida. Descubra agora