Nosso Lance [M]

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Mariany Mazzaropi | 23 anos.

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Mary ✨

Olhei meu relógio e resmunguei mais uma vez.

Vini: Vaia muié, acorda, bixa! Tu vai se atrasar pro teu primeiro dia de residencia, doida. - me levantei resmungando tudo quanto é palavrão. Isso que dá morar com nordestino.

Ter que acordar cedo, é uó.

Odeio pra caralho. Se tem uma coisa que eu não suporto é isso.

Me dirigi ao banheiro com minha toalha e tomei um banho quente e bem rapidinho. Coloquei uma calça jeans rasgadinha, junto com uma blusinha bem simples e florida
e por fim, um tenis pretinho da puma.

Não passei muita maquiagem não, eu não gosto muito. O maximo que eu passo é um rimel e um gloss e olha lá!

Peguei minha mochila, junto com minhas coisas e desci com o vini pra portaria pra esperar nosso Uber.

Moro em um mini apartamento aqui no Rio junto com um Vini, um amigo meu des da época da escola. Meus pais são empresários e rodam pelo Brasil inteiro. Sou filha única. Minha mãe teve cancer no utero logo que me teve, e logo teve que retila-lo.

Na época por ser bebezinha eu não entendia o porque eu não podia ter irmãoszinhos. Pra minha mãe foi muito dificil, ela tinha acabado de completar 30 anos na epoca e planejava ter uma familia maior... Mais como dizem, "Deus tem um plano pra todo mundo".

Sai da minha transe quando o Uber parou no estúdio do Vine e ele desceu.

Vini: Se cuida viu amiga?? Sorte pra tu muié, arrasa mana. - olhei pra ele confiante e dei um sorriso.

Mary: Ai obrigada, bom trabalho migo. - ele fez bico e mostrou arminha com dedo, e logo saiu me fazendo rir.

- No hospital, San Tiago né, moça? - o motorista perguntou e eu assenti. Enfim ele deu partida e enquanto isso eu fiquei mexendo no meu cell.

Ao chegar no hospital eu desci, paguei e entrei lá mesmo. O primeiro passo de nós residentes era ir nos trocar nos vestiários pra depois irmos todos pra sala de reuniões do hospital. Me diriji ao vestiário que por sinal, era unissex e entrei. Muita gente conversava, outros arrumava o armário, mais nem dei bola. Achei meu armário e abri ele com a minha chave, coloquei minhas coisas lá dentro e vesti meu jaleco, logo fiz um coque simples no meu cabelo e por fim peguei minha toca e coloquei no seu bolso. Eu sei que o hospital mesmo oferece, e que as chances deu entrar em uma cirurgia no primeiro dia de residência são raras, porém nunca se sabe!

Fechei meu armário e fui me dirigir a porta porém senti meu corpo se chocar com outro.

- Olha pra onde anda, garota! - ouvi uma voz fina e irritante e olhei pra frente vendo uma mulher loira e bem bonita, ela me olhava com nojo mais nem liguei. Euhein.

Dei uma fitada nela, querendo dizer "se toca, fia" e acho que ela entendeu porque logo saiu bufando.

Continuei meu caminho, linda e plena. Eu que não ia arranjar treta no meu primeiro dia aqui, posso ser tudo menos barraqueira.