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Ouvi um som de bipe e me neguei acreditar no que era. Porra logo agora?

Emergência.

Eu sei que ser medica e sempre muito difícil, principalmente eu que estou em residência e tenho sempre que estar ativa, mais cara são 20:31 da noite, sacanagem.

Me levantei correndo e coloquei uma calça jeans junto com um moletom, afinal quando eu chegasse lá eu teria que trocar mesmo. Fui correndo pra portaria deu nem tempo de pegar meu celular. 

***

Corri até a parte onde a ambulância entrava e avistei os carros vindo.

- Ocorreu um confronto no morro do complexo da Maré junto com o Jacarézinho. - uma medica falou e eu tremi na base. Ke? - 3 inocentes baleados, e mais 5 bandidos feridos. Tomem cuidado, não enfrentem ninguém, não afrotem e nem provoquem eles são perigosos. - ela disse por fim quando as ambulâncias pararam na nossa frente. 

4 primeiros desceram na maca com as mãos acorrentadas eles foram levados e eu esperei o outro carro.

- Bruna Melo Pereira, 18 anos, moradora do complexo da Maré, levou bala no peito e outra na perna, alérgica a dipirona. - a enfermeira foi tirando ela da ambulância e eu fui acompanhando.

- por favor...n-não me deixa morrerr... - a menina susurrou com a mão no peito que sangrava horrores. 

Olhei pra ela sem reação, seus olhos estavam cheios de lagrimas e ela tremia, tremia muito.

Eu senti uma dor bem no fundo no fundo, ela parece ser um boa menina.

- DOUTORA MARIANY! - ouvi um grito e sai da minha transe. Apliquei a morfina nela e depois fui tentando limpar todo aquele sangue, logo a Doutora Larissa da cardiologia chegou e examinou ela.

Dr.Larissa: Dr.Mariany reserve um sala de cirurgia de emergência! - ela disse e eu assenti.

Onde eu passava me vinha uma sensação ruim, era gente saindo e entrando pra todo lado, foi como se eu estivesse pela primeira vez na sala de emergências...

***

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Nosso Lance [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora