Capítulo 49

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✨Bom dia, meus amores. Queria pedir desculpas mais uma vez pela demora, mas também falar que tô passando por um problema familiar então às vezes eu acabo ficando sem cabeça pra escrever✨

Mais um dia de muita gravação, agora era a Aline que implicava sobre eu trabalhar grávida, os enjôos continuam frequentes e eu não sei mais o que fazer, eu vomitava a todo momento e até o cheiro do meu perfume me dava ânsia, Fecho meu armário e ajeito a bolsa no meu ombro.

"Até que enfim"

"Ai que susto!" Falo quase sem ar, Victor fica imóvel e cruza os braços nem um pouco incomodado que ele tinha me assustado.

"Por que você tá sem blusa? Olha o frio, Pamela" Ele reclama e eu reviro os olhos.

"Começou"

"O que é? as outras estavam ocupadas hoje?" Pergunto ignorando o jeito mandão dele

"Não tem outras, você sabe disso" Ele responde e coloca a mão no bolso, Aline passa por nós e se despede.

"Ainda não vou com a sua cara" Ela fala pro Victor e eu arregalo os olhos, ela tem implicado com ele desde da primeira vez e eu não a culpo, o tanto que eu falei mal dele e depois fingi que nada aconteceu, mas eu não esperava que ela falasse isso.

Victor pisca várias vezes e eu começo a rir, Aline me dá um beijo na bochecha e sai.

"Eu também não gosto dela não" Ele diz sério e entramos no carro.

"Era só o que me faltava, a essa altura do campeonato vocês se estranharem"

"Eu não ligo" Ele responde e dá partida com o carro.

"Eu ligo, ela é minha melhor amiga e você..." Fico sem saber o que falar e faço uma careta "E você....é você..." Acabo falando a primeira coisa que vem na minha cabeça.

"Eu sou eu, fico lisonjeado" Ele fala ironicamente "Eu aposto que a Aline nunca foi expulsa"

Meu coração bate mais forte com ela me lembrando o que eu fiz na noite passada "Eu tive motivos né" dou de ombros, eu sei que talvez fui exagerada, eu não consigo colocar na minha cabeça que eu não posso cobrar essas coisas dele, nossa relação não é seria. Cruzo os braços e me perco nos meus pensamentos.

"Hein?" Ele chama minha atenção e sou tirada dos meus pensamentos.

"O que?"

"Eu perguntei se eu vou ser expulso hoje de novo"

"Se falar besteira, vai."

"Não fica brava que você perdeu no seu próprio joguinho, Pamela" Ele para no farol vermelho e me encara. Olho pra ele como se ele estivesse alucinando.

"Do que você tá falando?" Pergunto.

"Que você tentou me fazer ciúme e quando eu revidei, você quase me assassinou" Ele explica e os carros voltam a se mover novamente.

"Eu?" Me faço de besta e reviro os olhos "Eu tenho mais o que fazer. Eles são meus amigos, você que viajou aí pensando outra coisa" Como ele chegou nessa conclusão tão fácil? Eu já estava de saco cheio dessa enrolação, mas o medo de ser rejeitada é maior que eu sempre. Era fácil alguém me aconselhar pra eu falar o que eu sinto, é sempre mais fácil pra quem tá de fora.

"Tá bom, Pamela. Você quem sabe" Ele fala depois de soltar um suspiro e o silêncio toma conta do carro.

Por outro lado as palavras da Isis não saia da minha cabeça, a Isis é uma das pessoas mais pé no chão que eu conheço e sempre soube lidar muito bem com relacionamentos.

Mas eu? Eu sou outra história né, eu só estrago tudo.

Quando chegamos no apartamento, Jogi sai correndo pra cima do Victor e eu reviro os olhos novamente, cachorro falso.

"Você ainda tá com isso aqui?" Ele pergunta ao ver o arco e flecha jogado no sofá.

"Eu já falei que eu preciso" Murmuro jogando minha bolsa no sofá.

"Pra tentar matar alguém né?" Ele pergunta e eu não respondo.

Quando passo pelo espelho do meu quarto paro e fico me olhando. Fico paralisada, minha barriga estava bem sútil mas já dava pra botar, Victor para logo atrás de mim e fica olhando o que eu estou fazendo.

"Tá crescendo" Ele diz observando enquanto eu viro de lado.

"É, droga" resmungo.

"Você não decide o que você quer né"

"Agora tudo parece real mesmo" Falo e continuo me encarando no espelho.

"E antes era mentira?" Ele e coloca as mãos nos meus ombros.

"Não, é só que.....sei lá" mordo meu lábio inferior esquecendo o que eu estava pensando. É que enquanto a barriga não crescia, não tinha aquela sensação de que realmente tinha outra vida aqui dentro de mim, crescendo, se desenvolvendo. É muito louco saber que em meses vai sair alguém pequenininho daqui que vai me chamar de mãe.

+

"Eu não quero" Resmungo novamente, Victor revira os olhos, respira fundo e vai pra sala. Eu tenho que concordar que eu estava sendo bem dificultosa ultimamente e que ele tinha uma paciência enorme. Coisa que andava me faltando ultimamente "Victor, me traz água" Grito com a cara esmagada na almofada

"Levanta e vem buscar" Ele grita de volta.

"Eu não consigo. Minhas pernas estão doendo" Grito.

Ele entra de volta no quarto com uma expressão nada amigável "Você já tá nessa faz 3 dias, era você que vivia falando que você tava grávida não doente e agora nem quer levantar da cama"

"Ai que saco, você nunca me entende" me afundo entre as almofadas fazendo mais drama que o normal

"Eu não entendo mesmo, você só grita comigo e quando não tá gritando tá- olha aí, já tá chorando de novo" Ele solta um suspiro e senta na cama "O que foi agora?" Ele pergunta e coloca a mão no meu ombro.

"Você só me maltrata, você percebeu?" Falo me sentando e depois limpo minhas lágrimas, eu nem sabia porquê eu estava chorando, muito menos porquê eu estava dando esse show de drama

"Eu?" Ele levanta a voz ofendido "Pamela, que coisa mais baixa de ser dizer eu nunca te maltratei"

"Maltrata sim!" Falo mais alto e volto a chorar, ele coloca a mão no rosto sem saber o que fazer. "Eu te pedi um copo de água e você nem quis trazer, eu tô carregando esse bebê aqui por sua causa" falo enquanto choro.

"Ah, eu fiz sozinho. Entendi." Ele joga os cabelos pra trás e revira os olhos "eu não tô conseguindo te entender, ontem mesmo você não queria nem olhar pra minha cara e falou que minha voz tava te irritando e agora eu que te maltrato né?"

"Você não entende nada" cruzo os braços parecendo uma adolescente contrariada, Victor estreita seu olhar e balança a cabeça como se não pudesse acreditar no que eu estava falando. A verdade é que nem eu estava me aguentando, eu não conseguia nem ouvir meus pensamentos, a médica avisou que meus hormônios poderiam ficar alterados mas eu não sabia que era dessa maneira. "Tá, tá bom...desculpa, eu sou uma ridícula" Falo e faço bico, ele solta uma risada fraca.

"Vem aqui" Ele abre os braços e eu me ajoelho na cama enquanto ele me puxa pro colo dele, ele passa a mão nos fios de cabelo que estavam na frente do meu resto e nossos olhares se encontram, eu não conseguia mais esconder o quanto eu estava apaixonada por ele, acho que ele conseguia ver isso claramente. Encosto minha testa na dele e ele move sua cabeça alguns centímetros e une nossos lábios, o beijo começa lento e vai ficando mais acelerado, mais urgente, ele agarra minha camiseta com as mãos e aprofunda ainda mais o beijo. Pauso o beijo tentando recuperar o fôlego, eu sentia um frio na barriga imenso. Ele beija meu rosto diversas vezes e se afasta.

"Agora que você se mexeu" Ele diz e eu saio de cima dele ficando de pé. "Vamos arrumar esse cabelo, lavar o rosto.." Ele diz e me puxa pela cintura, fecho a cara e paro de andar

"Você tá me chamando de feia, Victor?" Lanço um olhar bravo pra ele.

"De novo isso, Pamela?"

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