Festa no terraço

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- Você pode me explicando agora mesmo o que foi aquilo Athena! Porque acho que o bonitão grego estava tentando te agradar, achar é pouco, ele com toda a certeza desse mundo estava sorrindo pra nossa mesa enquanto preparava aquele seu prato especial.

A morena não soube o que responder, ela mesma não acreditou no grego quando o mesmo disse que faria um prato especialmente para ela.
Nicolas a surpreendeu, e para completar esteve a todo momento sorrindo e olhando para sua mesa. Ele havia preparado um prato maravilhoso para ela, cordeiro ao molho de laranja e uma salada totalmente fora do comum que a levou ao céu com aquelas explosões de sabores.

- Foi nele em que eu esbarrei hoje mais cedo no aeroporto e por coincidência acabamos nos encontrando aqui novamente- A loira parece surpresa- Seu nome é Nicolas e ele é grego e chef  de cozinha, ele deve ter me dado aquele prato especial para poder me compensar pelos esbarrões de hoje, não é estranho que eu tenha trombado justamente com ele quando fomos desembarcar? Parece até coisa do destino.

Ártemis conhecia o olhar que sua irmã estava nesse exato momento e sentia no ar o interesse da outra em saber quem era o grego charmoso

- Só tome cuidado, acho suspeito você encontrar justo um grego. Mama sempre disse que seu destino era se encontrar na descendência dela. As vezes é se encontrar literalmente na cama dele

-"pfff" ela queria dizer que acreditava que eu sempre iria me identificar mais com a cultura grega e não que eu iria literalmente me encontrar em um grego, muito menos na cama de um. Deuses Ártemis! Eu só fiquei curiosa pra saber quem ele é, não quero ir pra cama com ele.

Sorrindo a gêmea mais nova traz sua irmã para perto colocando o braço em seus ombros.

- Mas temos que admitir que não seria nada mal você se divertir um pouco pra variar- Athena então dá um beliscão nas costelas de Art- Ai! Sua vaca, não precisava disso.

Rindo e se sentindo vingada pelo comentário anterior a morena começa a caminhar em direção a recepção para descobrir como que entrariam na festa de Henrico.

- Vamos, a festinha do italiano é no terraço.

Ártemis só conseguia pensar em qual momento as duas tinham combinado de ir nessa coisa que o Tal Henrico galinha propôs

- E desde quando eu dei indícios que iria? Não. Vamos em algum bar pelo amor dos deuses- Para a mais velha era engraçado ver Ártemis correndo de algum homem, a mais nova sempre fora adepta a conhecer novas pessoas- Eu não aguento mais cantadas absurdas daquele galanteador de araque.

E apesar de já saber que era uma batalha perdida, não queria admitir que estava na verdade era fugindo do italiano por que algo nele chamou sua atenção mais do que qualquer outro cara já havia chamado.

- Vem, tenta ver pelo lado bom, vamos comer e beber de graça!

Enquanto era arrastada por Nena, a loira pensava no quanto sua irmã- apesar de sensata na maioria das vezes- não tinha noção de nada mesmo

- Nós acabamos de comer uns 5 pratos diferentes e tomar no mínimo umas 4 taças de vinho cada. Você não me convence Athena Orsini. Só vou porque quero ver se seu grego magia vai estar lá.

Já no elevador Nena tenta se convencer que Nicolas é só mais uma pessoa interessante para se entrevistar e descobrir pontos turísticos que ele mais gostava no país dele, porque querendo ou não, a opinião de alguém que nasceu na Grécia era bem mais interessante para ela que sites de viagens. Seu objetivo era inovar, e tinha grandes ideias para conseguir mais leitores viciados em sua viagem.

- Aliás Ártemis, ele não é meu grego magia- responde tardiamente sua irmã- Nicolas só foi educado, e eu não estou interessada em dormir com ele.

- Sim, continue repetindo isso pra ver se você se convence- assim que a porta do elevador se abre Ártemis é a primeira a sair, ficando do lado de fora encarando sua irmã que a olhava com um olhar nada bom- Eu te conheço Nena, não adianta fingir, não tem porque você se sentir desconfortável com isso, aproveita sua vida e curte o que Roma pode te dar de melhor.

Enquanto andam a caminho da porta de entrada do que mais tarde seria o estopim para toda a bagunça de suas aventuras Athena só conseguia pensar que a loira estava redondamente errada. Mas tudo isso foi abaixo quando avistou aquele homem de um metro e noventa, com uma roupa que não ajudava em nada a parar seus pensamentos pecaminosos a respeito dele e um sorriso que ofuscava as outras pessoas ao redor.

- Bom... quem sabe eu realmente me encontre enrolada em um grego amanhã de manhã.

Mas para a sua irmã ao seu lado esquerdo o pensamento era um pouco mais mortal, e totalmente voltado a um certo loiro que a poucos segundos gritara seu nome chamando a atenção de todos a sua volta  e caminhando em sua direção com uma taça de vinho. Art não conseguia entender por que ele achava que tinha essa liberdade com ela.

- E eu vou jogar um Italiano do 20º andar. Será que eu consigo alegar legítima defesa?

- Nunca te vi assim com raiva de ninguém mana, será que não é porque ele mexe com você? Ou deve ser porque ele é exatamente igualzinho a você- disse Athena cochichando no ouvido da loira segundos antes de Henrico alcançá-las na entrada do terraço- Eu vou indo ali pegar uma bebida e volto daqui uns 30 minutos.

Revirando os olhos e pedindo aos deuses força para não surtar Ártemis encara sua gêmea

- Precisa de trinta minutos para fisgar o grego irmã?- disse alfinetando a morena para poder dar o troco pela outra ter a deixada sem graça- Pensei que você fosse mais rápida

- Esses trinta minutos são para você aceitar que quer esse Italiano irmã- sorri se afastando- Pra conquistar o Grego eu só preciso de um simples "oi" e você sabe que eu já disse isso para ele.

Panaca. Pensou Ártemis, ela queria mesmo ir embora. Mas Henrico a encarava esperando que ela aceitasse a taça de vinho.

A Viagem de Art e NenaOnde histórias criam vida. Descubra agora