Uma Pequena Esperança

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               Ford chegou ao local indicado pela mensagem. O bilhete dizia para aguardar perto de um velho poço seco no meio da floresta de árvores petrificadas. Ele olhou em volta, mas não viu nada de suspeito. Ele apertou o cabo da arma alienígena e sentou-se em uma pedra. Agora era esperar...

             Algum tempo depois, ele sentiu que não estava sozinho. Sacando a arma, Ford olhou em volta e indagou:

            "Quem está aí? Apareça!"

            "Ei, abaixe essa arma, Stanford! Isso é jeito de receber os velhos amigos?" - um anão corcunda saiu de trás de uma rocha.

             "Jack Caolho!? O que faz aqui?" – perguntou Ford surpreso. "Não me lembro de ser seu amigo!"

              "Isso lá é verdade... mas temos algo em comum: nós dois odiamos Bill Cipher! Portanto, somos amigos por uma razão comum."

              "O inimigo de meu inimigo é meu amigo..." – murmurou Ford.

               "Quando soube o que aconteceu, percebi que era a chance perfeita de dar o troco naquele demônio... acionei meus contatos e descobri onde ele está. E que o garoto está com ele, ainda..."

              "Sabe mesmo?" – Espantou-se Ford. "O que você quer por essa informação?"

              "De você, absolutamente nada!" – retrucou o anão, piscando o único olho vermelho. "Pode-se dizer que ter o prazer de ver o maldito Cipher ser humilhado é o meu pagamento..."

              "E onde eles estão? Pode dizer ou isso ainda é segredo?"

               "O problema não é esse..." – explicou Jack Caolho. "Primeiro, preciso marcar uma audiência com o governante de lá... Não será fácil conseguir, porque Lorde Scanor não costuma receber a ralé!"

              "Ou seja, tipos como você..."

              "Ou você, Ford!" - respondeu ele, devolvendo a alfinetada. "De qualquer forma, preciso falar com o Lorde para denunciar o Bill e solicitar a devolução do garoto. O problema é que ele e Bill Cipher são aliados, o que pode ser um problema... e somente Lorde Scanor pode comunicar-se com o Conselho do Tempo sobre o crime do demônio."

              "Conselho do Tempo? Acho que já ouvi falar deles..." – meditou Ford.

               "Poucas pessoas humanas sabem disso... mas entre as criaturas místicas, são bem conhecidos. São um grupo de seres, de diversas espécies e liderados pelo Senhor do Tempo – Baby Time. Eles agem como um tribunal e fiscalizam todas as criaturas do universo. Existem certas regras que são comuns para todos. E a função do Conselho é garantir o equilíbrio entre as forças do Bem e do Mal."

                "Os humanos também estão sujeitos a esse Conselho?"

               "Não, pelo simples fato que a grande maioria ignora a magia e as estranhezas... você e seu irmão são umas poucas exceções em seu mundo."

              "Estendo... mas voltando a falar de Lorde Scanor. Você disse que ele e Bill são aliados. Quer dizer que são amigos também e o Lorde pode não querer ir contra um amigo."

              "Apenas aliados... é um acordo de cooperação mútua, entende. Bill pode morar no reino e Lorde Scanor tem um demônio poderoso sob sua proteção. Mas, mesmo ele está sujeito às regras e não iria ficar contra o Conselho. Seria tolice!"

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