Dipper acordou assustado. Outra vez o maldito pesadelo com o demônio... e novamente, não tivera o cavaleiro dourado para lhe resgatar. Como das outras vezes, ele fora perseguido e torturado pelo Doritos caolho. E dessa vez, não tivera Mabel para lhe acordar... Ele estava na cidade há três dias e toda noite tivera os mesmos pesadelos. Decidiu conversar com tivô Ford sobre isso.
"Você diz que tem tido esse pesadelo desde o seu desaparecimento. E, é sempre o mesmo sonho ruim..." – refletiu Ford, ao ouvir a narrativa de Dipper.
"Quase sempre... houve uma vez que um cavaleiro dourado apareceu, quando Bill me torturava e me salvou. Ele me levou para um lugar e a Mabel estava lá, colhendo flores. No meu sonho, Bill a havia matado antes de começar a me torturar."
"E esse cavaleiro dourado... não apareceu mais?"
"Não... só daquela vez! Foi pouco antes de eu ser libertado. Lembro que quem me acordou foi o próprio Bill..."
"Não acha que aquele maldito demônio entrava em seus sonhos somente para lhe atormentar?" – indagou Ford.
"Se foi isso, porque eu continuo sonhando? Bill deve estar morto agora..."
"É difícil saber... pelo que Jack Caolho disse, Bill não escaparia de ser condenado. Ou ele teve a sua existência apagada ou foi enviado para à Prisão do Tempo por alguns milênios. De qualquer modo, está definitivamente fora de ação."
"Eu falei sobre isso com o psicólogo e ele me disse que era resultado do trauma do sequestro. Claro que não falei tudo... a parte mais cabeluda eu omiti. Ninguém acreditaria nessa história de demônio e fim do mundo, mesmo!"
"Fez bem, Dipper! Vou tentar te ajudar... vou pesquisar um modo de acabar com esses pesadelos ou pelo menos, um modo de você se defender."
"Obrigado, tivô Ford..." – Dipper o abraçou. "Agora, se não se importar eu gostaria de dar uma volta na cidade."
"Tenha cuidado, Dipper..." – Ford disse meio receoso. "Espere, você tem carteira de motorista, não? Então leve o jipe... é mais seguro e mais rápido." – Jogou um chaveiro de pinheiro para Dipper.
"Obrigado, tivô Ford! Pode deixar, que eu terei cuidado. Até mais tarde!" - Dipper agradeceu e saiu em direção à cidade.
Ford o observou sair devagar... Seu sobrinho não era mais o garoto indefeso de dois anos atrás. Ele havia crescido e se fortalecido. Porém, Ford temia que Dipper jamais se libertasse de seu passado.
Dipper dirigia com cuidado pelas ruas da cidade. Apesar de ter feito carteira, ele tivera poucas chances de pegar em um volante. Somente quando era necessário. Ele decidiu estacionar perto de um shopping e caminhar pelas ruas. Ele sabia que havia uma boa livraria por perto. Talvez uns livros novos fossem uma boa ideia... Ao chegar perto viu um cartaz anunciando a venda do novo livro O Carvalho e a Estrela.
Ele se distraiu um instante e acabou por colidir com um homem que estava entrando, naquele momento, no local. A colisão não foi forte, mas alguns livros acabaram caindo no chão. Dipper se abaixou para recolher depressa e se desculpar por seu descuido.
"Desculpe-me, senhor! Eu estava distraído..." – Dipper falou, entregando os livros.
Ao olhar melhor, surpreendeu-se com a aparência do mesmo. Era um homem alto e magro, cerca de trinta anos. Tinha cabelos dourados e pele bronzeada. Não podia ver seus olhos porque usava óculos escuros. O homem sorriu amistosamente e respondeu:
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Mestre ou Escravo?
FanfictionE, se o Estranhagedon tivesse ocorrido quando os gêmeos Dipper e Mabel tivessem 15 anos e não 13 anos. Seria durante o segundo verão deles na cidade que aconteceria tudo. Eles lutaram e derrotaram o demônio... Mas, o preço da vitória seria um pouco...