Uma Noite de Tempestade

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             Stan estava na cozinha quando Ford entrou e perguntou por Dipper. Stan terminou de beber seu café e respondeu:

             "Deve estar na floresta... sabe como o garoto adora andar por lá!"

             "Espero que não demore pra voltar. Além disso, uma tempestade está chegando. Sabe como é perigoso ficar na floresta durante um temporal." – Ford olhou para o céu, através da janela. O ronco de um trovão ecoou ao longe.

              "Ei, Ford! O garoto sabe se cuidar... se a tempestade o alcançar, ele pode se abrigar em uma caverna. Ou chegar aqui antes dela!"

              "Não sei, Stan... só ficarei tranquilo quando ele estiver aqui! Não quero que nada de mal lhe aconteça... de novo!"

               "Pare de se preocupar, Ford! Ele não é mais um bebê! Já tem dezoito anos, portanto sabe se cuidar! Você parece uma ursa defendendo a cria, mesmo quando a cria já é adulta!" – Stan zombou.

               Ford não respondeu e foi até a varanda para olhar o céu que ficava cada vez mais escuro. Ele estava torcendo para que Dipper voltasse logo...



              A tempestade desabou sobre a floresta, surpreendendo Dipper. Por um momento, ele pensou em voltar para a Cabana do Mistério. Mas a casa do escritor era mais perto, então, ele decidiu ir até lá e pedir abrigo. Só esperava que o mesmo estivesse em casa. Cuidando para não tropeçar nas raízes e rochas, Dipper correu até lá, ficando encharcado no percurso.

              Ao chegar bateu à porta e aguardou ansiosamente. Felizmente, o escritor estava em casa e ficou surpreso ao ver Dipper.

             "Desculpe-me por chegar assim, sem avisar! Eu estava na floresta e a tempestade me surpreendeu..." – começou a falar.

              "Você é o jovem da livraria... Dipper Pines, não?" – perguntou. Ele abriu a porta mais um pouco e o deixou entrar. "Entre, jovem... você está encharcado! Precisa tirar essas roupas molhadas e se aquecer, antes que pegue uma pneumonia!"

            Dipper assentiu, tremendo de frio. O escritor o levou ao banheiro para que tomasse um banho. Ele deu-lhe uma camiseta e um roupão felpudo para que se aquecesse. As roupas de Dipper, ele colocou para secar perto da estufa. Enquanto Dipper se lavava e se aquecia, ele fez um café fresco e acendeu a lareira para aquecer o ambiente.

             Logo depois eles estavam na sala, bebendo o café e Dipper se desculpou novamente pelo transtorno. O escritor sorriu e respondeu:

             "Não se desculpe, jovem Dipper... você não encomendou a tempestade!" – Bebeu outro gole.

              "Eu me distraí e quando percebi era tarde demais. Mas estava mesmo querendo falar com o senhor... é sobre os seus livros!"

              "Por favor, chame-me de Billiam, apenas..." – Ele respondeu. "O que tem os meus livros? Não gostou deles?"

               "A história é boa... realmente empolgante!" – Dipper começou a falar, escolhendo com cuidado as palavras. "Mas, parece que estou lendo outra versão da minha própria história! O que acontece em seus livros é parecido demais com o que aconteceu com a cidade e comigo, há três anos..."

               "Sua história?"

               "Deve ter ouvido falar do que aconteceu em Gravity Falls, há três anos... A cidade foi praticamente destruída!"

Mestre ou Escravo?Onde histórias criam vida. Descubra agora