14 - Não se Preocupe!

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Assim que Kara entra em casa, vai correndo a procura de sua família para poder contar a novidade. Ela encontra todos na sala, assistindo a um programa qualquer de show de talentos que está passando.

— Vocês nunca vão adivinhar quem eu encontrei no cinema hoje! – ela diz completamente feliz. Seus pais e os irmãos a olham, esperando a resposta.

— Vamos gente, adivinhem – Kara pede, agitando as mãos no ar.

— Um passarinho verde? Porque só isso para te deixar tão feliz assim – fala Alex enquanto observa a irmã, ela está contente por ver um sorriso estampado no rosto de Kara.

— Não. Ah, esqueçam, eu mesma conto – a loira vai para a frente da tv, tampando seja lá quem for que está fazendo um cover de uma música muito agradável... kiss me like you wanna be loved, wanna be loved (...) A tv canta, enquanto Kara faz uma pausa dramática para finalmente dar a notícia – Eu encontrei Diana e Bruce!

O entusiasmo de todos não é tão grande quanto a garota esperava. Bom, eles fazem uma cara de surpresa e alguns 'Oh', 'Ah' e dizem 'Que legal' e 'Como foi?', 'Sobre o que vocês conversaram?', mas Kara os conhece bem demais para saber que todos ali na sala estão fingindo toda essa surpresa.

Eles já sabiam, sabiam que eles estavam aqui e não me contaram nada.

Decepcionada, ela responde à todas as perguntas com apenas um balançar de cabeça, indicando que sim ou não.

Passado algum tempo, Kara já não aguenta mais ficar naquele ambiente. Não quando todos estão mentindo para ela. Pedindo licença, ela sai da sala e vai para seu quarto, jogando-se na cama sem ao menos trocar de roupa.

Olhando para o teto, Kara se lembra da frase que Diana disse para ela, antes de ir embora.

'— Kara, perdoe-a.'

Mas espere... Ela está se referindo a quem? Lena?

Não pode ser Lena, como diabos Diana está sabendo que Lena e Kara estão brigadas?

A garota de olhos azuis bufa, é demais para cabeça dela. Muita confusão, decepções, ela não sabe mais em quem pode confiar. Estressada, ela tira a camisa e abre seu par de asas, a sensação é libertadora, gostosa e aconchegante. Ela tenta movimenta-las um pouco. Será que consigo voar com elas? Ela se pergunta, curiosa. Quem sabe um dia... Um dia eu tento.

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— Diana, aquilo que você fez foi errado, muito errado – fala Bruce, advertindo a esposa.

— Eu... Eu sei, mas eu não consegui me segurar – explica a mulher, olhando para o marido aflita. Não foi certo, nessa parte Bruce está correto em repreendê-la, mas seu amor por Kara falou mais alto no momento – Me desculpe – o homem afaga seu rosto carinhosamente. Ele nem consegue culpá-la. O que ela sente por aqueles jovens, Bruce sente o mesmo, eles são seus filhos, não de sangue, mas de alma.

— Está tudo bem. Mas da próxima vez, tente controlar a língua – ele brinca, apertando levemente o delicado nariz da mulher. Diana sorri enquanto assente para o marido. Não pode cometer mais um erro desses.

— Ei, Bruce – chama ela, o homem se vira novamente em sua direção, arqueando a sobrancelhas num sinal para que ela continue a falar – Nós ainda poderemos visitá-los, né? – pergunta a mulher com um esperançoso na voz. Não suportaria que um deslize dela os impedisse de ter contato com seus pupilos.

— Claro que vamos. O que você fez não está exatamente contra as regras – explica Bruce, aliviando a preocupação de sua mulher. Ele sorri e eles se deitam se aconchegando um no outro, caindo no sono assim que suas costas entram em contato com o colchão.

Cupid In Love! | Supercorp AU • ©HuffeverOnde histórias criam vida. Descubra agora