13 - Perdoe-a

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— Filha? Eu posso entrar? – pede Lillian com apenas a cabeça aparecendo dentro do quarto de Lena. A menina a olha, acenando com a cabeça afirmativamente. A mulher entra e fecha a porta atrás de si, indo na direção em que a filha está – Será que nós podemos conversar? – sugere ela, arrumando alguns fios de cabelo da Luthor mais velha.

— Claro que sim, Dona Lillian – confirma Lena, indo para sua cama e sentando-se, logo chamando a mãe para sentar ao seu lado. Assim que a mulher se senta, passa a observar sua filha, reparando em cada traço delicado da garota. Lillian sempre fica admirada com a beleza que Lena tem e nem se dá conta, e ela não fala isso apenas porquê é mãe dela, mas sim, porquê é a pura verdade. Lena é linda, só que ela ainda não sabe.

— Então... O que você quer falar comigo? – pergunta a garota, começando a brincar com os dedos.

— Está tudo bem na escola? – começa ela, cautelosamente, observando a reação da menina.

— Sim... Por quê? – questiona Lena, não entendendo a preocupação na voz de sua mãe.

— É que você tem me parecido tão triste ultimamente... Há apenas algumas semanas você andava tão radiante, sorrindo até para o vento. Tem certeza que nada aconteceu?

— Sim... — responde ela, logo em seguida suspirando. Será que devo contar para ela? A garota se pergunta, ainda na dúvida.

— Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe? – fala Lillian, colocando a mão gentilmente no joelho da filha. Lena se assusta, pensando que agora sua mãe sabe ler pensamentos. Mas não é isso, é apenas o instinto materno falando mais alto, uma mãe sempre sabe quando tem algo de errado com sua cria, é instintivo. A mais nova sorri como confirmação, e a mulher ao seu lado sorri de volta carinhosamente. Lillian sabe que algo não está bem, mas também não quer forçar a filha a falar, não de uma vez. Sem pressão. Desde que Lena era apenas uma criancinha, ela agia dessa forma com ela – Por que a Kara não está mais vindo aqui? Vocês brigaram? – a garota de olhos verdes hesita antes de responder.

— Não... Bom, não tivemos bem uma briga... Mas, eu não sei, algo aconteceu...

— Algo? – pergunta Lillian, confusa com a explicação.

— Sim, algo. Eu não sei o que foi, mas algo que eu fiz é o motivo pelo qual a Kara não está mais falando comigo – ela explica olhando diretamente para a mãe.

— Você ao menos já tentou perguntar para ela o motivo?

— Eu tentei puxar assunto em uma aula, mas ela nem me olhou direito... – fala Lena com um tom de tristeza que está se tornando muito comum em sua voz.

— Entendo... E aquele menino que esteve aqui em casa ontem, quem é ele?

— Ah, é o Jack – ela revira os olhos – Ele está precisando de ajuda em Química.

— Vocês... Estão namorando? – pergunta a mulher com cautela. Lena arregala os olhos com a pergunta, negando veemente com a cabeça, e para reforçar, ainda diz – Claro que não, nem que ele fosse o último homem do mundo – Lillian dá risada com a resposta.

— O que ele te fez de tão ruim, ein? (NASCEU! ISSO JA FOI RUIM SUFICIENTE! ~Duda)

— Por enquanto, nada. O problema é o jeito dele de ser... Mimadinho, quer ter tudo e todos, nojentinho, falso, e muitos outros adjetivos desagradáveis. Acredite em mim, mãe, aquele ali não vale nada.

— E porque você está ajudando ele então? – Lena dá de ombros.

— Você não me deu educação à toa, Dona Lillian – a garota de olhos verdes nem pode imaginar o quanto a frase deixa a mulher orgulhosa, saber que sua filha põe a necessidade dos outros acima de suas preferências e antipatias é algo maravilhoso de ver.

Cupid In Love! | Supercorp AU • ©HuffeverOnde histórias criam vida. Descubra agora