Capítulo 2 - O encontro

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Hoje era o dia!

Hoje eu finalmente conheceria Dimitri.

E pensar nisso me deixava muito eufórica e ansiosa, pois não tinha sido tão rápido ou tão fácil como pensávamos.

Tomei mais um gole da minha bebida enquanto olhava para o relógio que marcava apenas mais três minutos desde a última vez em que o chequei.

A hora nunca passa quando precisamos!

Combinamos em nos encontrar em um restaurante/bar que era bem aconchegante. Sônia e seu marido eram os donos. Ela tinha sido minha professora por muito tempo e acabou virando meio que uma tia. A ideia tinha sido de Dimitri. Ele estava se esforçando para me passar a confiança necessária.

Até este dia, quatro meses tinha passado. O vírus estava sobre controle e todas as atividades tinham voltado ao normal, dentro do novo normal.

Marcamos algumas vezes, mas não tinha dado certo.

Entre ele pegar covid e depois eu pegar - sendo todos assintomáticos - aconteceram diversas coisas que não nos permitiram estar juntos.

Minha amiga Lissa já tinha voltado de viagem, mas passava mais tempo na casa de Cristhian - seu namorado. Então durante minha quarentena ela quem trazia algo se eu precisasse. Ela já sabia de tudo sobre eu e Dimitri. Estava preocupada com a minha segurança, mas disse que estaria sempre comigo.

Dimitri Belikov.
Ele tinha me falado seu nome completo, depois de uma conversa muito sincera que tivemos há um mês.
Foi basicamente sobre confiança, de que nós dois estávamos seguros em nos conhecermos.

Porque o que tem de casos que dão errado, de encontros com pessoas em que só podemos confiar nas palavras, não está escrito.

Ele me disse seu nome completo, onde morava e me enviou uma foto.

E puta que me pariu! Ele era lindo e nada do que imaginei. Não vou negar, eu o imaginei bonito, mas não tanto, e ver aquela foto, porra, tinha me dado muito material para meus sonhos eróticos.

Então aqui estava eu, meia hora adiantada - o que era uma grande coisa, pois eu só vivia atrasada.

Olhei novamente para o relógio. Droga de hora que não passava. Então para matar o tempo instalei um jogo no meu celular e comecei a jogar. Estava tão intertida que nem notei alguém se aproximar.

- Roza?

Levei um breve susto e pondo a mão no peito levantei meu olhar para aquele homem. Ele vestia uma camisa social escura com mangas dobradas até os cotovelos e calças jeans. Seus cabelos estavam soltos. Seus olhos eram de um castanho chocolate que nunca tinha visto antes. Ele tinha um sorriso discreto em seu rosto, enquanto me olhava intensamente.

A foto não fazia jus. Ele muito bonito, mas em pé na minha frente ele parecia muito mais atraente.

E eu simplesmente não resisti.
Apesar de ter falado para mim mesmo durante toda a semana, que primeiramente eu ia conversar e sondar se tudo era verdade antes de demonstrar quaisquer sentimentos. Não foi isso que fiz.

É mais fácil falar do que fazer, não é mesmo?!

Levantei e dei-lhe um abraço, praticamente me jogando nele.
A princípio ele não correspondeu e me senti insegura.

Droga! Será que tinha sido muito invasiva? E, olha que eu nunca fui de abraços.

- Roza - ele disse enquanto me envolvia em seus braços, antes que eu pudesse me afastar.

Foi o abraço mais gostoso e mais esperado. Seu perfume me envolveu e também aquela velha sensação de felicidade por ver uma pessoa que gostamos muito depois de um logo tempo. Eu queria falar tantas coisas, mas nenhuma conseguia expressar o que sentia.
Passei as mãos por suas costas e tive que me conter para não o apertar demais.

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