ꕥ Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ III ꕥ

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Tʜᴇ Vɪʟʟᴀɪɴ Oғ Pʀɪɴᴄᴇ

Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ III

 "ᴬ ᵘ́ᶰᶤᶜᵃ ᵈᶤᶠᵉʳᵉᶰᶜ̧ᵃ ᵉᶰᵗʳᵉ ᵒ ᵛᶤˡᵃ̃ᵒ ᵉ ᵒ ᵐᵒᶜᶤᶰʰᵒ ᵉ́ ᵃ ᶜᵒᵇᵉʳᵗᵘʳᵃ ᵈᵃ ᵐᶤ́ᵈᶤᵃˑ" ᴸᵉᵉ ᴰᵒᵇᵉʳᶰᵃᶰ ᴿᵒᵇˢᵒᶰ

 "ᴬ ᵘ́ᶰᶤᶜᵃ ᵈᶤᶠᵉʳᵉᶰᶜ̧ᵃ ᵉᶰᵗʳᵉ ᵒ ᵛᶤˡᵃ̃ᵒ ᵉ ᵒ ᵐᵒᶜᶤᶰʰᵒ ᵉ́ ᵃ ᶜᵒᵇᵉʳᵗᵘʳᵃ ᵈᵃ ᵐᶤ́ᵈᶤᵃˑ"  ᴸᵉᵉ ᴰᵒᵇᵉʳᶰᵃᶰ ᴿᵒᵇˢᵒᶰ

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Sorri ao me despedir de Martha e Arilana Robbson, não havia me demorado naquela residência. Após entregar as roupas para a irmã da minha mais nova dama, saímos de lá. Uns dos primeiros movimentos para o xeque-mate foi dado, quanto mais pessoas jurarem lealdade a mim e não a Dominic Vllamir, mais chances eu irei ter de tirá-lo do comando da família. Era certo que muitos não iriam se aliar a uma garota de quinze anos que quer se rebelar contra o pai. Mas ao verem o que essa garotinha pode fazer, suas opiniões mudarão rapidamente. Vanda Vllamir não é uma garota mimada, mas uma mulher empoderada que vai estraçalhar tudo em seu caminho.

Analise me guiava de volta para a rua principal e ela havia adquirido um bom humor depois que aceitou ser minha dama de companhia. Aceitar, era fazer sua família ter mais oportunidades na vida e ela não iria perder uma chance dessas. Torci o nariz, eu, na minha outra vida, também não perderia uma oportunidade dessa. Ajudar minha família sempre foi minha prioridade, tanto que antes de morrer eu havia largado o trabalho para acudir minha irmã caçula. Tento não pensar no que pode ter acontecido com ela quando não cheguei em casa.

Estávamos quase entrando na rua principal quando meus olhos passaram pela entrada de uma viela e focaram-se em uma jaula enorme, portando vários seres algemados. Parei de andar e virei-me para olhar melhor aquilo, eram escravos. Neste país, neste mundo e nesta realidade adquirir um escravo não era ilegal. O comércio de escravos era grande e lucrativo, porém, mal visto pelas massas. Por isso que ocorriam leilões de escravos em lugares fechados, onde os nobres podiam ir disfarçados sem serem julgados. Apesar de ser contra a escravidão, eu, neste corpo, não me importava muito com aquilo. Mas um deles, um dos escravos me chamou a atenção.

O escravo em questão rugia e mostrava os dentes pontudos contra o capataz que usava um chicote contra ele. E algo então me fascinou, não foi o fato dele ter um par de orelhas pontudas na cabeça ou por ter uma longa cauda balançando por entre suas vestes, mas sim pelos olhos selvagens e verdes que brilhavam de ódio pelo humano. Foram seus olhos que me chamaram atenção, olhos que mostravam claramente que sofria com aquilo, mas mesmo assim, tentava sobreviver. E para sobreviver, despedaçava tudo.

— A senhorita está bem? — Analise perguntou ao notar que não me movia. Ela olhou então para o mesmo lugar que eu observava com fascínio. — Ah, trouxeram uma nova remessa de escravos. Parece que esses são do Ocidente, nota-se pelo tom da pele.

Eu mal havia reparado nisso, a cor da pele daquele escravo era de caramelo. Mais escura do que qualquer cidadão comum deste reino, ele se destacaria entre todos e assim saberiam que aquele era um escravo do Ocidente. Aquele escravo certamente seria comprado facilmente. Era alto, forte e não aparentava estar doente. Serviria bem em fazendas ou com trabalhos pesados. Mordi o lábio e apertei a alça da bolsa, meu fascínio não diminuía. Então, me pus a caminhar em direção a jaula com diversos escravos.

A Vilã do Príncipe || Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora