adopтιng a ғerreт

6.3K 634 464
                                    

Harry revirou os olhos ao observar Duda pedir mais uma coisa, na qual ele, provavelmente, já deveria ter dois ou três em casa.

"Oh! Mãe, mãe, por favooor! Eu queria um desses há anos!" ele exclamou, apontando para um ou outro dos figure action de plástico em cores vivas, alinhados em fileira numa prateleira da loja.

Duda usara a voz que sempre funcionava com Petúnia; ela compraria tudo o que o filho pedisse. Isso fez Harry engasgar, se tivesse sido ele quem houvesse usado esse tipo de voz, certamente seria "devidamente castigado", para depois ser mandado esperar no carro com as janelas abertas ou algo assim.

Na verdade, Harry nem tinha certeza do porquê ter sido trazido ao pequeno passeio às compras, para começar. Foi no início do recesso de verão, depois de seu sexto ano, três dias depois, para ser mais preciso.

Pelo que sabia, era para que pudessem ficar de olho nele, já que provavelmente estavam com medo de que o garoto arruinasse a casa ou algo igualmente ridículo antes que tia Marge fosse visitá-los naquele fim de semana.

Se ao menos tivesse a chance de trocar alguns galeões por libras, a viagem poderia ter sido um pouco mais agradável. Entretanto, essa provavelmente não seria a melhor das ideias, já que os Dursley o confrontariam sobre onde ele havia conseguido o dinheiro.

Harry suspirou e enfiou as mãos nos bolsos, enquanto saíam da loja de brinquedos e andavam pelo shopping.

A próxima parada que fizeram foi, estranhamente, uma loja de animais. Ao que parecia, Duda tinha visto algo na vitrine que o interessou e logo, a estranha família entrou naquela loja também.

Na verdade, Harry tinha certeza de que não havia nenhum lugar naquele shopping onde já não tivessem entrado.

Com um aceno de cabeça, ele começou a vagar sem rumo pelos corredores e exibições de animais de estimação, enquanto sua tia e seu tio seguiam Duda.

Harry tinha acabado de passar pelos répteis, aos quais prontamente não olhou (não seria nada bom ser expulso da loja), quando ouviu um grande barulho vindo de uma gaiola de vidro à sua direita. Muitos chiados, na verdade.

Com um sobressalto por ser tirado de suas reflexões, rapidamente se voltou para o barulho, um pouco surpreso ao ver que estava diante da seção de furões. Havia cerca de cinco deles na gaiola, mas foi o da frente que lhe chamou a atenção. Ele fazia muito barulho e corria em círculos, batendo frequentemente com as patas dianteiras com toda a força no vidro transparente.

Harry olhou ao redor curiosamente por um segundo, se perguntando se esse era um comportamento normal do animal, até que se ajoelhou na frente da gaiola. "Ei garotão", ele sussurrou, pressionando os dedos contra a gaiola. "O que há de errado com você?"

E foi então que o furão olhou para ele. Harry quase caiu para trás no chão. Era um furão completamente branco e seus olhos eram de uma coloração cinza com um brilho prateado e tom azulado. Ele reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar. "Malfoy?" perguntou incrédulo, começando a duvidar seriamente de sua sanidade.

O furão deu um pulo, colocando as patas contra a gaiola e assentiu. Harry sentiu seu queixo cair. O que diabos Malfoy, de todas as pessoas, estava fazendo em Surrey? E por que, em nome de Merlin, ele estava na forma de furão mais uma vez?

Harry rapidamente virou a cabeça para os dois lados, perguntando-se se isso era algum tipo de piada. Contudo, nenhuma câmera foi apontada para ele, e não havia ninguém rindo. Que loucura.

Ele se virou para o furão, que parecia gravemente preocupado àquele ponto, e disse: "Espere um pouco" antes de se virar para encontrar seus parentes.

Ele não precisou caminhar muito, na verdade, só deu dois passos antes dos Dursley aparecerem na ponta de uma ilha de brinquedos para animais de estimação próxima. Limpando a garganta nervosamente, Harry se aproximou de seu tio, não acreditando no que estava prestes a perguntar. "Tio Vernon..."

Ferret In My ShoeOnde histórias criam vida. Descubra agora