Não acredito mais no amor

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Oi há quanto tempo hein? Kkkkkkk eu sei que faz alguns dias que nao posto nada mas tive vários problemas e prometo que vou retomar e fazer um cronograma pra vcs ♥️

Na noite anterior

Os números vermelhos do despertador digital piscaram novamente: 3: 45 da madrugada. Isabela não havia conseguido dormir bem, as lembranças do acidente a atormentavam quase todos os dias mas naquela noite tudo foi diferente; era como se ela voltasse no tempo, como se estivesse revivendo tudo aquilo novamente e por Deus, como isso era agoniante e doloroso.
Após se revirar durante por uma hora, a brasileira enfim sentou - se em sua cama, tirando as pernas de debaixo das suas cobertas até os pés desnudos tocarem o carpete. Suas mãos tremiam enquanto ela encarava em silêncio seu quarto escuro. Por alguns minutos permaneceu sentada em silêncio, procurando controlar sua respiração que estava ofegante e suas emoções que estavam à flor da pele com os últimos acontecimentos. Então, cobriuo rosto com as mãos e começou a chorar. Por toda a noite sua mente trabalhou para encontrar respostas ao motivo pelo qual ela tinha se abalado tanto com a morte dos pais de Ana, talvez tenha sido porquê seus pais também morreram em um acidente ou talvez... porque ela via na mais nova o seu reflexo, uma garota que também vou a morte de perto mas que sobreviveu à ela. Mas ao contrário de Ana, Isabela não estava sozinha. Tinha seus amigos, sua família e já a pequena... bom, não tinha mais ninguém em sua vida.
Sentada num quarto escuro, a jovem ainda tentava pôr seus pensamentos em ordem, respirando fundo, saiu de sua cama e vestiu uma leg preta acompanhada por um suéter cinza. Trancou a porta de seu quarto e saiu de seu apartamento à passos largos. Isabela observou a rua que estava quase vazia, a não ser pelos trabalhadores que saiam de suas respectivas casas, observou atentamente as lâmpadas de sua rua que ofereciam um brilho amarelo, a cidade estava silenciosa e aquilo era bom, talvez fosse um ótimo dia para correr. E foi exatamente isso que ela fez.
Isabela corria pelas ruas sempre acompanhada pelo seu fone de ouvido, sua respiração ofegante estava dando sinal para que a jovem parasse e tomasse fôlego mas ela não o fez, ao contrário, continuou correndo. Caminhar a fazia bem, lhe trazia mais disposição e ânimo e quem sabe, talvez... a fizesse esquecer de seu sonho.
Não levou muito tempo para que seu sonho voltasse à sua mente, o carro capotando, caindo diretamente em um lago, a chuva que caia forte naquela noite e os gritos, as vozes gritando por socorro. A ambulância que chegava, cegando sua vista com a forte luz vermelha. Era inevitável. Por mais que quisesse, que desejasse esquecer daquela noite, sua mente a traía, a levando para o mesmo dia e lugar. Aquilo era torturador, agonizante.
Sua respiração estava arfante, seu corpo inteiro lhe pedia para parar nem que fosse por um minuto apenas, a jovem parou aos poucos, respirando e inspirando fundo. Olhou para os lados e sentiu lágrimas molharem seu rosto, lágrimas que pareciam nunca acabarem e seu choro sempre era pelo mesmo motivo: a morte de seus pais e a culpa por não ter conseguido fazer nada para os salvar. Suas mãos trêmulas suavam, sentiu sua garganta fechar e a falta de respiração a acompanhava no momento. Ela sabia o que esses sintomas significam. A brasileira desenvolvera crises de ansiedade e ataques de pânico, chegou até a entrar em depressão mas já havia a enfrentado e atualmente, estava fazendo terapia.
Aquilo era comum. Acontecia duas vezes por semana ou mais e isso sempre a asssutava, a jovem não tinha controle nenhum sob seu corpo e mente, seu maior medo era que Andrew presenciasse uma de suas crises, quando chovia forte, ela ficava totalmente petrificada, imóvel a qualquer ação. Era constrangedor quando acontecia, ela tentava se acalmar mas desde que seus pais morreram, suas emoções tomaram conta de si e ela queria e como queria que isso acabasse rapidamente.
Respirou fundo novamente e começou a correr mas dessa vez mais rápido. Sua mente almejava libertar - se de tudo que a fazia mal, que a asssutava constantemente. Isabela apenas conseguiu escutar as seguintes palavras em sua mente e em seu ouvido: " corre Isabela, corre"
E fez exatamente isso mas ao dobrar a seguinte esquina, sentiu seu corpo se chocar com alguém, perdendo o equilíbrio, caiu no chão.
Sentiu o corpo doer e principalmente sua bunda. Isabela ainda não havia se dado conta do homem em que esbarrara, ficou surpresa quando o mesmo se pôs de joelhos, seus olhos ainda não haviam feito contato mas quando levantou seu olhar, viu os olhos do garoto.
Garoto? Quantos anos ele tinha?
Ela não sabia mas notou a cor de seus olhos que eram verdes mas com um toque de castanho e sua pele era branca, como se nunca houvesse pegado sol, o que parecia impossível já que estavam no Brasil. Seus olhos percorriam seu rosto, notando seus lábios rosados. Afastou seus pensamentos e decidiu quebrar o silêncio de uma vez.
-- D - Desculpa... --- falou com a voz arrastada --- eu não te vi.
--- Eu que peço desculpa, foi minha culpa --- respondeu o garoto, e parecia estar um pouco nervoso.
--- Tudo bem --- sorriu --- eu preciso ir --- disse rapidamente, levantando - se logo após, o que fez com que o homem fizesse o mesmo e quando se puseram frente a frente, Isabela notou que era mais alto do que ela.
--- obrigada e desculpa por qualquer coisa --- disse ligeiramente, caminhando a passos largos, dobrando a esquina e fugindo daquele lugar e principalmente da pergunta do desconhecido.
--- Heyyyyyyy mas qual é o seu nome?

Dia seguinte


A mente de Isabela voava longe, sempre indo ao encontro da visão do desconhecido na noite anterior. Não conseguia parar de pensar no jovem, seu sotaque o entregava totalmente e notava - se de longe que não era brasileiro. Mas de onde era? Por que havia vindo ao Brasil?
Essas perguntas não teriam respostas nunca. E ela sabia disso perfeitamente mas não podia controlar sua mente.
Estava em seu ambiente de trabalho, por Deus ela precisava parar de pensar nele mas parecia impossível. A jovem foi pega de surpresa quando Giulia parou em sua frente, estalando seus dados e chamando seu nome e como a mesma não respondia, sua amiga optou por gritar.
--- Isabela Souza! --- gritou alto o bastante para que algumas das crianças voltassem seus olhares para ambas.
--- Por que diabos, você está gritando Giulia? --- perguntou.
--- A senhora não respondia e nem sequer piscava os olhos, então gritei mesmo --- respondeu, dando de ombros.
--- você é louca sabia?
--- fazer o quê? É o que me faz ser especial --- sorriu.
--- É, tem razão --- concordou.
--- Agora me fala, sobre o que estava pensando tanto que nem me viu chegar? --- perguntou a loira, curiosa.
--- Eu? Nada demais --- balançou a cabeça em sinal negativo.
--- Olha Isa você não me engana. Estava pensando em algo ou alguém --- a brasileira arregalou seus lindos olhos e isso foi o bastante para que a italiana tivesse certeza de que estava certa --- Isabela do céu em quem você estava pensando? --- questionou eufórica.
--- E - Em ninguém --- gaguejou, nervosa.
--- Olha aqui encarnação de Deus na terra, ou você me fala ou eu descubro por mim mesma e você já sabe o que acontece quando eu faço isso né? --- arqueiou suas sobrancelhas.
Isabela suspirou, derrotada pela ameaça da amiga. Ela sabia que quando Giulia insistia em algo, NADA e nem ninguém a fazia parar.
--- Tá, ok... hoje de madrugada, esbarrei em um rapaz.
--- O que você fazia na rua de madrugada? --- perguntou confusa.
--- Eu não consegui dormir bem ontem à noite, então fui caminhar --- deu de ombros.
--- e você fala isso nessa tranquilidade toda? E se você fosse assaltada ou sequestrada? --- falou rapidamente e pelo tom, estava preocupada.
--- Sempre saio à essa hora e nunca aconteceu nada.
--- não é todo dia que você tem sorte Isabela --- repreendeu.
--- Tá ok, foca na parte que eu disse que conheci alguém.
--- Qual é o nome dele?
--- Eu não sei
--- Pegou o número ?
--- Não
--- Sabe de onde é?
--- Também não
--- Droga Isabela, então você não sabe nada do homem garota!
--- Sei que era bonito --- disse suspirando.
--- como era?
--- Era alto, de olhos verdes com um pouco de castanho, magro mas forte e tinha pele branca.
--- uau --- Disse boquiaberta
--- e seus lábios tinham um tom rosado.
--- Decorou o homem todinho né, só faltou pegar o número sua vacilona --- zombou.
--- Eu tava nervosa tá?
--- Isa, você não acha que tá na hora de... --- antes que Giulia completasse sua fala, Isabela a interrompeu.
--- Não Giulia.
--- Mas Isa, já passou tanto tempo desde do Zac, tá na hora de você seguir com sua vida e encontrar um novo amor, casar, ter filhos. Você sabe que eu quero ser tia.
--- Giulia já disse que não, você sabe que eu não acredito mais no amor.
--- Mas Isa é por você.
--- Não. E por favor não vamos mais falar disso --- pediu.






Oieee, gostaram do capítulo? É pequeno mas eu prometo recompensar tá? É que tô MUITO ocupada msm, tenho terapia e ainda por cima, EAD, BIA está concorrendo a dois prêmios super reconhecidos e o Julio e a Isabela também estão concorrendo como ator e atriz favorito. Então vocês devem imaginar, o fandom tá se virando em mil pra gente conseguir esse prêmio pro nosso elenco e nossa série favorita 😍♥️
Nosotros podemos lograrlo todo!

Eu amei escrever esse capítulo e fiz o possível para que vcs tb gostassem. O começo me dóio o coração todo mas quando chega em Isulio aaaaaaaa 😍❤ morremos né queridos leitores?
Enfim... obg por tudo e até a próxima e atenção para os próximos capítulos, vou soltar um spoiler em breve 😊


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