Chap 05

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ZAYN


Peguei um livro da estante do Harry quando ele finalmente largou do meu pé e vazou. Seria meu final de semana perfeito, só não tão perfeito porque estava literalmente na prisão. Não podia mexer no celular, não podia fazer porra nenhuma que era bem provável que eu tomasse uma surra de um carcereiro.

Folheei aquele livro chato e decidi procurar outro nas coisas dele, acabando que olhando algumas fotos na prateleira. Vendo sempre ele com seu pai e um troféu cafona nas mãos. Medalhas. Mas em todas fotos que eu via algo me chamou severamente a atenção. Harry não sorria em nenhuma. Qual era a dele com sorrisos? Será que estava verdadeiramente feliz ganhando aquelas merdas todas? Estava ganhando para ele ou para o pai?

Achei outro livro mais escondido e me interessei de primeira por ver que teria um monte de tretas. Me joguei na minha cama e fiquei lendo pelo sábado todo. Continha apocalipse zumbi, muito sangue, uma treta absurda e um incesto gay no meio. O que me deixou bem surpreso por ser algo que não combinava nada com o Harry. Mas de fato era muito bom mesmo.

Estava no meio do livro quando do nada acabei virando para o lado e dormindo. Até me esquecendo que tinha a social do Payne. Não sabia nem onde seria e no estava nada afim de sair pelo castelo a procura também. Então quando finalmente relaxei na cama, ouvi batidas na porta que tiraram minha paz. Levantei no mesmo instante e quando abri vi o próprio Payne e o Louis. Tinha umas cinco meninas também, bebibas e uma caixa de som.

— Se teletransportaram de onde? Vou nem perguntar arranjaram essas coisas. — cocei minha nuca, pensando que uma festinha não seria nada mal mesmo. Dei passagem para eles entrarem.

— Não é pra fazer as perguntas, Malik. - o Payne se pronunciou. Soltei uma risada baixa pegando o livro na cama e o escondendo nas minhas coisas. Depois colocava nas coisas de Harry.

Louis já colocava o que parecia vodca em copos de plástico. Depois eles queimavam? Dei de ombros, pegando um que ele havia acabado de encher e me entregou. Virei uns goles vendo que era das boas ainda, sem dores de cabeça no dia seguinte.

Eles diziam que a vistoria nesses dias eram mais preguiçosas. Também me explicaram esquema de festas que sempre rolava no lugar abandonado. Uma das áreas das piscina que nunca fora reformada. Ninguém ia lá, era isso que todos pensavam quando claramente rolava altas festas malucas. Obviamente que aqueles jovens não eram robôs ou claramente todos teriam passado por lavagens cerebral.

— Você quer mesmo sair daqui, certo? — Payne começou, tragando o cigarro e soltando a fumaça para cima. Depois me jogou um que logo ascendi e traguei igual. Com mais lentidão até porque vai saber quando eu poderia fumar de novo. Estava tentando aproveitar ao máximo.

— Depois daqui meu pai vai me jogar em uma cobertura do outro lado do mundo e deixar que eu morra nas drogas. Melhor do que aqui, não é? — ergui uma sobrancelha, deixando meus lábios entreabertos para soltar a fumaça em formatos de círculos.

— Esse é seu plano de vida? Se drogar numa cobertura? — perguntou, rindo em seguida. Bebendo mais da vodca em seu copo, mas seus olhos estavam nas meninas que rebolavam em volta do Louis.

— Não. — levo o cigarro até meus lábios e volto meus olhos para o garoto ao meu lado. — Não vou me drogar só na cobertura. - pisco meu olho, tirando uma risada dele. Não era meu objetivo de vida, mas gostava de deixar as pessoas terem certeza absoluta que era esse mesmo, inclusive meu pai. Nem drogas eu usava, mas eu tinha mesmo aquela cara de quem fazia tanta merda que as pessoas bastava olhar pra mim e imaginavam altas coisas. O que custava alimentar um pouco mais a imaginação alheia?

Feel Me - ZARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora