Chap 17

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ZAYN

Harry ainda segurava minha mão, seus olhos verdes me pedindo pra ficar com ele assim como o pedido dito em alta voz. Segurei a mão dele de volta, dando um sorriso leve.

A real era que eu meio que esperava pra ele me impedir de ir. Já não era novidade alguma que eu queria mesmo ficar com ele. A outra extrema verdade era que eu me sentia apavorado por isso também. Mas eu sempre fui muito bom em em ignorar meus medos ou simplesmente mandá-los para a puta que pariu.

— Tá. Mas vai ser agora mesmo que a gente vai fazer aquela expedição. — abri um sorriso ansioso e sugestivo. Ele arregalou seus olhos e negou com a cabeça.

— Ah Zayn...— resmungou, soltando um muxoxo.

— Anda logo, malinha. Vai ser divertido. Vamos ficar juntos. — entrelacei nossos dedos, o puxando para ele se levantar e sair da barraca.

Bem relutante Harry acabou me seguindo. Mas antes peguei as duas lanternas que eu tinha conseguido. Nossos dedos ainda estavam entrelaçados e isso me causou um arrepio. Nunca tinha andado de mãos dadas com outra pessoa. Era bom... muito bom.

Passei a língua nos meus lábios, entrando no lugar bizarro que ficava mais assustador à noite mesmo. Harry apertou meus dedos e deixou seu corpo perto do meu. Isso me fez rir baixinho.  Ligamos as lanternas e começamos a caminhar pelos corredores bizarros. Algumas salas estavam trancadas e eu fiz questão de abaixar pra olhar por baixo, pela fresta que tinha embaixo.

— Você tá maluco? Não faz isso! — tentou me impedir, mas eu ri e fiz mesmo assim. Era uma sala abandonada. Não tinha nada. Só reformada e vazia. Harry estava aflito, me implorando pra levantar dali.

— Harry! Socorro! Algo entrou nos meus olhos! — fechei meus olhos e comecei a me debater no chão.

— Aí meu Deus! Zayn! — ele se ajoelhou, totalmente desesperado. Tentando segurar meu rosto. Sua respiração forte. — O que aconteceu? Meu Deus do céu, você tem que ficar bem!

Tentei não rir. Ainda continuei atuando como se estivesse com muita dor nos olhos. Choraminguei. Gemi de dor e abri bem levemente meus olhos e parei de brincar na hora que vi seus olhos com lágrimas.

— Ei, eu estou bem. Estava só brincando. Não precisa chorar! — toquei seu rosto, vendo ele respirar forte, praticamente sem ar.

— Não... não... — puxou o ar, deixando sair mais lágrimas. — Faz mais isso. — terminou se embolando nas palavras. Fiquei tocando seu rosto, sem saber o que fazer.

— Fica calmo. Respira! Eu estou bem, foi uma brincadeira idiota. — olhei em volta, tentando procurar o que fazer porque o garoto estava realmente sem ar.

Então ouvi ele gargalhar, jogando seu corpo pra trás. Estreitei meus olhos na direção dele e ele riu ainda mais.

Que malinha ridículo!

— Achando que era só você que sabe atuar aqui? — balançou as sobrancelhas em puro deboche, rindo ainda mais.

— Quem é você e o que você fez com o meu malinha? — cruzei meus braços. Harry foi parando de rir aos poucos, transformando sua risada em um sorriso tímido.

— Seu malinha? — perguntou baixinho.

Não respondi. Levantei dali, estendendo a mão para ele fazer o mesmo. Assim que ele segurou minha mão, entrelaçou nossos dedos de novo e prosseguimos com a expedição no lugar escuro. Era um lugar bem maneiro mesmo, digno de um filme de terror. Mas não vimos nada de bizarro, até ouvir grunhidos e coisas se arrastando. Nos entreolhamos no mesmo instante. Harry me puxou para longe do barulho, mas eu quis ver o que era. Então o puxei de volta, levando ele comigo até uma das últimas salas. No entanto, dei uma bela freada antes de chegar na porta.

Feel Me - ZARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora