Não Me Chame Pelo Meu Nome

Prólogo

Ele fechou os olhos no mesmo momento em que o coração perdeu o total controle de suas batidas. O resto do corpo também cedeu ao sentir a língua deslizar para dentro de sua boca de maneira eufórica e impaciente; as pernas perderam as forças quando sua cintura foi segurada com um aperto exagerado, trazendo-o para mais perto com certa violência. Os lábios foram impedidos de soltarem o ofego que aprovava o contato, mas Izuku não se importou ao tombar a cabeça para o lado para corresponder ao necessitado beijo.

As mãos subiram pelo peitoral do colega de classe, apertando-o levemente no caminho, até chegar nos cabelos loiros. A caricia na nuca causou arrepios em Katsuki, que o pressionou contra parede ao sentir o membro reagir com o contato.

O ofego finalmente escapou quando ambos os quadris se esfregaram de uma maneira que os fizeram perder os sentidos por um breve momento, mas a lucidez veio tão rápido quanto os movimentos impensados que os levaram àquela posição. Os olhos se arregalaram ao se encararem, e Bakugou rapidamente se afastou, tocando os lábios com o antebraço.

A maneira assustada com que era encarado surpreendeu Izuku, mesmo estando de uma forma parecida com a do outro, segundos atrás. Mas o sentimento foi cortado rapidamente, assim como o seu coração, largado em pedaços ao vê-lo limpar os lábios com o a manga do casaco escolar enquanto dava as costas, iniciando a corrida que o fez sumir de suas vistas em segundos.

Izuku levou a mão trêmula até o peito, segurando a camisa com força enquanto sentia todo o calor que Bakugou havia trazido ir embora rapidamente. O sentimento se tornou gelado e amargo, assim como as lágrimas que escorreram pelas sardas do rosto entristecido.

Ele havia acabado de descobrir o que realmente sentia por quem dizia que seria o herói número um, e já se despedia de seu amor no mesmo instante.