E la estávamos nós,na maior viagem que já fizemos na nossa vida,cerca de duas semanas dentro do vagão, sendo que a previsão era de cerca de cinco dias,mas conforme o inverno se fortalecia,e a temperatura caia,mais as dificuldades encontrávamos em nosso caminho.
Certo dia estava enrolando em um cobertor que minha avó tinha tricotado para mim, observando a bela floresta de coníferas,as grandes taigas que enfeitavam a paisagem fria,cheia de neve e rios congelados,com poucas casas ao redor, poucos se aventuram em viver nos extremos do globo,longe das metrópoles, não queriam se arriscar novamente em uma fábrica,preferiam viver a base de uma agricultura que garantisse a sua própria sub-existência.
De repente um som estridente vindo no frear da locomotiva,fez meu corpo ser atirado para frente, caindo no chão,assim como todos os utensílios de mesa.
Rapidamente me recompûs e corri imediatamente pra fora do vagão para ver o que estava acontecendo.
Estava muito frio fora do vagão, acredito que menos de trinta graus, muito mais muito frio mesmo. Fui atrás do maquinista perguntar o que havia acontecido, porém o indivíduo não estava na cabine,mas sim fora observando, irritado:
- SÓ FALTAVA ESSA,AAAAAHHHHHH!TRILHOS COM NEVE!
- Mas e ai,o trem não passa?- perguntei
- Claro que NÃO!AHH!Vamos ter que esperar até amanhã para ver se existem condições de prosseguir! Se não vamos ter que cavar!Amanheceu um pouco quente mas não o suficiente, muito pelo contrário,os trilhos percorridos agora também estavam cheios de neve:
Como dito ontem,nos pomos a cavar,eu,o maquinista,meu irmão mais velho e alguns passageiros. Horas e horas cavando "- PAC,PAC"- a pá fazia na neve; cavamos,cavamos e pouco saia, realmente não estava fácil,ainda mais pelo fri,mas o importante era nunca desistir,ou cavava e aguentava o frio insuportável ou morria no trem de fome. Acredito que cavamos cerca de 10km, até finalmente chegarmos a uma estação,onde foi instalado limpa-neve na locomotiva:
Com isso podemos seguir em frente,eu resfriado devido ao frio,com o rosto todo rachado, e câimbra nos ossos e músculos,e a minha irmã que mal se moveu do banco, ficou todo esse tempo quentinha aqui dentro,longe do frio e da neve.
Passaram se cerca de um dia e meio,e finalmente chegamos em Moscou:Já podia ver pessoas nas ruas, carros e lojas, mais a frente já pude avistar a MOSKVA OKTIABRSKAIA
O gigante de ferro parou,e pela janela já avistei meu tio com minhas primas...
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Der Sowjet
Historical Fiction1934, início da guerra civil espanhola, Di Rosarón Санчес é um jovem espanhol que depois da morte de seus pais, teve que se mudar para casa de seus primos, em Moscou,na União soviética,onde finalmente terá a oportunidade de se tornar um militar. M...