Naquela manhã, ao acordar tive uma sensação diferente. Apesar da dor insuportável que sentia na cabeça, a vontade de comer pastel e tomar caldo de cana, meu corpo estava relaxado e quentinho. Não sentia nenhuma vontade de levantar da cama e encarar a vida lá fora.
Não me lembro de um dia sequer na minha vida em que eu tenha dormido tão confortavelmente, e eu simplesmente não sei o porque disso, já que não me sentia tão bem assim a anos.Afundei meu rosto no travesseiro macio ao meu lado -não lembrava dele ser tão macio assim, na verdade. Mas não vou reclamar, já que o universo me proporcionou um sono e um despertar tão gostoso assim, somente tenho que aproveitar- e o cheiro gostoso que invadiu meu olfato me fez suspirar em êxtase.
Apalpei um pouco mais o travesseiro, ele era tão macio e gostoso que me deu vontade de ter mais contato. Arrastei minha mão para cima, e foi no momento exato em que meu travesseiro soltou um suspiro. Eu travei, travei porque travesseiros não suspiram. Não suspiram, não te abraçam arrastando o nariz pelo seu pescoço, não apertam a sua bunda e não esfregam um ereção em você.
Mas foi exatamente isso que o meu travesseiro fez.
E foi por isso que eu dei um dos gritos mais escandalosos que eu já dei em toda a minha vida.
Abri meus olhos enquanto eu gritava, sem ao menos olhar para o tal travesseiro levantei da cama correndo e quando eu olhei para os lados percebi que eu não estava no meu quarto, na minha casa e eu estava fodido.
— Puta que pariu.— O travesseiro gritou ao mesmo tempo que eu gritava, também se levantando da cama mais rápido que Satanás corre de Jesus. E foi quando tudo parou.
— É sério isso, Deus?— Perguntei olhando para o céu verdadeiramente frustrado.— Ele?— Apontei para o moreno de cabelos ruivos que me encarava com os olhos arregalados.
— Yoongi?...
— Não, a Ana Paula Valadão!— Respondi irônico. Essa porra só podia ser uma brincadeira, uma das mais desgraçadas ainda por cima.
— Então a gente... Transou?— Meu maior inimigo perguntou ainda em choque, e pela primeira vez desde o prézinho eu consigo compreender esse retardado. Eu também estava em choque, meus cabelos estavam em pé e nem era por ter acabado de acordar. Olhei pra baixo e percebi meu corpo nu cheio das diversas marcas e ao olhar para Hoseok percebi que ele era bem gostos- quer dizer, estava da mesma forma que eu. Então respirei fundo antes de responder calmamente para o ser na minha frente:
— Claro que sim, idiota. Tá achando que 'tô peladão assim porque? Praia de nudismo?— como eu disse... Calmamente!
— Não acredito que te comi!— disse se sentando na casa se lamentando. Co-mo se fos-se mui-to ru-im me co-mer. Esse cachorro.
— 'Tá insinuando que sou ruim de cama?— perguntei muito puto da vida, e pasmem, ELE RIU DEBOXADO.
— Não estou insinuando, mas já que você tocou no assunto, não posso mentir e dizer que uma coisa que foi tão, tao, tão ruim, foi boa.— esse cachorro tem a cara de pau de dizer essa calunia na minha cara.
— Pois saiba que tudo que eu fui ruim, você foi pior.— menti, porque na verdade eu nem me lembrava de nada. Só me lembro de ir para a festa da faculdade -por livre e espontânea ameaça do meus doguinhos/amigos- e depois afogar toda a minha tristeza por ter pegado o amor da minha vida/ Taehyung dando uns pegas nesse trambolho/Hoseok. Depois disse eu tenho breves lembranças, tipo de eu dançando Macarena com o Jimin, depois ele me deixando pra se pegar com o moleque com dente de coelho, que é do mesmo grupinho dessa gentalha... Me lembro de dançar sozinho, até alguém chegar por trás me embalando numa dança gostosa, com direito a sarrada e mãozinha boba, lembro de rebolar e dar uns pegas gostoso com esse tal Zé aí... Da gente indo pra um cantinho escuro e dando uns amassos hard. Lembro dele... Me cha-man...do prairpracasadele! Era a porra do Hoseok! O HOSEOK!— A culpa é sua seu meia boca do capeta!— acusei apontando na direção dele que já estava vestido -fiquei pensando por tanto tempo assim que nem percebi.— Tu chegou sarrando em mim.
— Se você está aqui é porque você gostou!— ele pontuou e eu não tinha nada pra rebater sobre aquilo, porque ele não estava errado.
— Eu estava fora de mim!— Ele rolou os olhos catando minhas roupas no chão, andou até mim e me entregou/ tacou elas na minha cara.
— Você estava fora de si, e agora eu quero você fora da minha casa.— me expulsou na maior cara de pau. Olhei pra ele descrente, nem parecia que tinha me dado um trato ontem.— Vaza!— apontou para a porta do quarto.
— Vai me expulsar assim?
— O que foi, quer que eu te pague?— Ah, mas esse desgraçado precisa de uma boa surra!
— Não precisa. Fica por conta da casa, já que da última vez sua mãe fez um trabalho tão bom que me levou até as estrelas.— ele rosnou. Aquela frase era mais ou menos verdade, já que a mãe dele realmente era uma prostituta, a mentira é que eu só nunca requisitei seus serviços.
— Some da minha casa.— Me levou gentilmente até a porta -lê-se me arrastou pelos cabelos- e eu tentei me vestir rapidamente e pulando em um pé só, porque eu tinha certeza de que ele não se importaria nem um pouco de me arrastar pelado pra fora da casa.— Se você contar pra alguém, eu juro que arranco suas bolas!— Ameaçou antes de abrir a porta e me empurrar pra fora.
— Até parece que eu quero ter minha reputação rebaixadas a esse nível. Resmunguei mesmo sabendo que ele não iria ouvir, já que ele tinha fechado a porta na minha cara.
E foi assim que começou o meu belo dia...
Humilhado, sendo expulso da casa de um macho escroto, depois de uma transa que eu sequer me lembro.
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KOESNOOY EPOS - SOPE
أدب الهواة[...] - Fala na minha cara que você não se lembra de nada.- sussurrei rente à sua boca e senti todo seu corpo se arrepiar com aquilo. Mas ele negou e disse verdadeiramente: - Eu não me lembro, Hoseok.- sua voz saia baixa e desestabilizada. E ele sus...