Enquanto estávamos na estrada para nossa nova cidade, Hoseok e eu nos enchíamos de porcarias. Assim como ele falou, nós compramos mais comida, e claro, minhas balas de ursinho. Ele dirigia em seu carro velho que conseguiu comprar com muito esforço e trabalhos de verão, e no rádio tocava algumas de suas músicas favoritas. No caso, não eram as minhas também, mas só de ouvir ele cantando eu cogitava a gostar.
— Está feliz com suas balas de ursinho, Yoonsweet? – ele perguntou dando uma olhada enquanto estava parado no sinal vermelho.
Eu respondi como achei que deveria: coloquei várias das gomas na mão, ergui e sorri. Acho que ele entendeu que sim.
— É – ele disse –, Você está!
Voltando para a estrada, nós dois conversamos sobre o que faríamos quando colocássemos nossos pés em Busan, onde viveríamos agora. Eu disse que nós poderíamos apenas olhar a cidade, mas Hoseok queria mais. Não podia discutir, não com Hoseok. Quem discute com Jung Hoseok quando ele está totalmente empolgado? Eu não faço uma coisa dessas. Então eu disse que iríamos parar na primeira sorveteria que víssemos na nossa frente, e ele aceitou.
— Acha que Busan é um lugar legal? – perguntei abrindo uma bala de maçã verde e colocando na boca dele.
— Não tenho dúvidas! Mas também não tenho certezas. – nós rimos da piadinha. — Mas certamente, será uma nova vida, Sweet.
— Eu espero encontrar um emprego. Sei lá, me encontrar em alguma coisa. Assim como você se encontra na dança. Eu não sei fazer nada.
— Yoongi, já te falei, vai dar tudo certo. Eu posso dar conta de nós dois, não precisa se preocupar.
— Mas eu quero. Quero ajudar em alguma coisa.
— Tudo bem. – ele se rendeu muito fácil. Então eu sabia o que vinha logo depois: — Mas você só vai trabalhar se gostar do que for fazer e não se prender por obrigação. Me prometa.
Fiquei calado. Eu ia trabalhar onde achasse uma vaga. Quero poder dar o que ele merece também.
— Eu não ouvi. Você disse alguma coisa?
— Hum. – me virei para a janela e encarei a paisagem. Não vou. Não vou prometer.
— Pode repetir, por favor, senhor Min Yoongi? Sabe, Brother Louie está muito alto, não consegui ouvir.
Mas que droga.
— Tá bem, Hoseok! Eu prometo.
— Ótimo. Estamos chegando! Onde será que tem uma boa sorveteria?
— Quer que eu olhe no Google maps? – ele deu uma longa risada. — O que foi? – perguntei também rindo.
— Estamos parecendo ótimos recém chegados, não acha?
— Acho sim. Mas olha – falei olhando as opções dos mapas do celular — Podemos ir nesta mesma rua e virar à...hum, esquerda. Tem uma logo ali.
— Então está certo.
Hoseok dirigiu até o local. Nós deixamos seu velho Chevrolet preto estacionando na rua e atravessamos para o outro lado. Estava segurando o dedo mindinho de Hoseok e então entramos. Era um lugar muito bonito e com cores pastéis astral. Havia algumas pessoas, apesar de já ser quase noite, o ar de Busan ainda era fresco. Nós esperamos na fila e enquanto isso observei as pessoas e tentei me adaptar a nossa situação.
— Oi, bem vindos. No que posso ajudar? – um garoto era o atendente. Ele tinha uma aparência muito boa e um belo sorriso. Gentil e educado, ele nos mostrou as opções e nos serviu. — Fiquem à vontade se quiserem! Tenham um bom final de dia.
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°Antonímia° Yoonseok
FanficHoseok elogia Yoongi com seus antônimos, mas Yoongi os contraria com seus sinônimos. Min Yoongi lida com seus demônios internos todos os dias, e o pior de tudo é saber que sua família é a base para que se odeie. Mas dentro de todas as coisas ruins...