Notas da autora: Ao comentar não se esqueçam de colocar essa 🦋, beijos e boa leitura.
...
Você já se perguntou qual é o papel de Deus na sua vida?
Creio que muita gente pode até se questionar sobre, mas não intensamente. Afinal, mesmo quando dizemos que Ele é a nossa base e nosso suporte..., será que fazemos Dele é a nossa primazia?
Será que não colocamos mesmo inconscientemente outras coisas ou pessoas no lugar que deveria ser Dele?Certamente, você já fez isso! Vou reformular: nós já fizemos isso. É algo triste saber que não nos doamos completamente como Ele faz e fez por nós!
Quem você está colocando no lugar de Cristo na sua vida?
Amélia, mesmo sem saber colocou uma pessoa na frente de tudo e todos, sua filha.[...]
— O que eles disseram sobre ela? — Pergunta dona Aurora a filha.
Amélia levanta o rosto e diz:
— Ela está em cirurgia, mãe. — Sua voz quase trava, porém ela continua. — Estou com medo, ela é tudo o que tenho mãe.
— Filha, não tema! Deus vai protegê-la.
Amélia nada diz. Na realidade seu coração estava frio, sempre foi. Ainda mais quando ela perdeu os movimentos das pernas. Ela se questionava toda vez qual era o sentido de acreditar em um alguém que permitiu tantas tragédias em sua vida, em seus sonhos. Qual era o sentido?
Ela não sabia que Ele não precisava da sua crença. Pois Ele era e é..., mas, era ela quem precisava Dele!Do outro lado do corredor estava o jovem Miguel, com suas mãos trêmulas e o coração acelerado. Ele não fazia ideia de como iria falar com aquela família, e com a sua também. Sua mãe teria um ataque do coração quando descobrisse que ele se envolveu em um acidente de carro justamente no primeiro dia como motorista. Se ele acreditasse em sorte, certamente ele diria que era um tremendo de um azarado..., mas no caso ele não acredita, então algum propósito havia nisso tudo, ele sabia.
Miguel vai até o banheiro e se ajoelha lá dentro. Era mais confortável e certo na visão dele orar no secreto.
Então ele diz:
"Meu Pai! Eu estou assustado e não compreendo o porquê disso tudo está acontecendo, já que eu fiz de tudo Senhor para ser o mais prudente possível. Ó Deus salva essa menina, Pai. Que ela saia daquela sala em segurança. Que o Senhor tenha misericórdia dessa garotinha e de sua família..., mas que se cumpra a sua vontade. Me dê coragem Pai para falar com aquela mãe.
Amém"O jovem saí do banheiro com o coração mais tranquilo, aquela pequena oração à Deus o trouxe uma paz e uma certeza que ele sabia que não vinham dele, certamente não vinham. Miguel se aproxima das mulheres e sem pestanejar diz:
— Com licença, me desculpem por toda essa situação. Eu tentei parar o carro antes, mas não deu tempo, por favor me perdoem! Irei ajudá-las em tudo que for necessário.
O olhar de Amélia o fita com remorso, ela não consegue dizer nada, então sua mãe se prontifica:
— Moço como você não viu uma criança na sua frente? Estava embriagado por acaso?
— Não senhora, eu não bebo! A polícia já até fez os exames em mim. Obviamente terei que prestar depoimento novamente. Mas, senhora eu não consegui frear antes, me perdoem de verdade.
Dona Aurora nada diz, então ele continua:
— A menina ficará bem, eu sei que ficará. Deus é justo e bom, ainda mais para os pequenos. Quero que saibam que estou aqui para o que vocês precisarem, de coração eu peço perdão novamente pelo mau que causei.
Ele se afasta e caminha até os dois policiais que estavam prestando notas.
— Ousado esse moço, atropela a Camélia e ainda diz com tamanha autoridade de que a minha filha ficará bem?! — ela encara a sua mãe com os olhos encharcados. — Como ele pode saber?
— Filha ele parece ser um jovem temente a Deus, vamos fazer o mesmo, confiar Naquele que tudo pode.
Amélia só balança a cabeça e nada diz.
O médico finalmente sai para falar com os familiares de Camélia. O coração da mãe e da avó estão quase que saltando pela boca.
— Familiares de Camélia?
— Aqui, doutor! — elas dizem juntas.
— Pois bem, a menina passou por cirurgia e já foi encaminhada para o quarto. O estado dela é estável, uma pessoa só da família pode vê-la por enquanto. Quem irá vê-la?
— Eu! — Diz Amélia ao médico.
— Me acompanhe então, por favor.
Ela começa a movimentar a cadeira ainda com um pouco de dificuldade por conta do chão, mas logo consegue se guiar de forma contínua.
Seus olhos ainda estão inchados pelas lágrimas de terror que a envolviam à umas horas atrás. E a todo momento ela se questionava do que seria dela caso perdesse sua filha. Ela morreria, ela tinha certeza disso.
Amélia entra no quarto e vê sua menina deitada toda enfaixada, com os olhinhos fechados, dormindo tranquilamente.
— Mamãe tá aqui meu benzinho, mamãe tá aqui minha filha. Logo você irá para casa, tá bom? Ela passa as mãos pelos cabelos da sua pequena e nem por um segundo desvia o olhar dela.
[...]
Miguel resolve ligar para sua mãe, já que teria que contatar um advogado também. Seu coração está eufórico só de imaginar o susto que sua mãe irá tomar... pois bem, pelo menos era ele quem daria a notícia e não um oficial da polícia.
"Até nas piores horas tem alguma coisa boa, eita nois.", ele pensa.
O telefone chama uma, duas, três vezes, até que ele que alguém o tira do gancho. Ele ouve a respiração ofegante do outro lado da linha que não dura nem dois segundos antes de dizer: "Alô?".
— Mãe... sou eu Miguel!
— Oi meu filho, já chegou no congresso? Me mande as fotos pelo zap zap viu?!
Miguel, soa levemente, mas ele não poderia atrasar ainda mais a "tragédia", teria que contar a ela de forma objetiva.
— Mãe eu não pude ir ao congresso. A senhora tá bem e sentada?
— O que houve Miguel, para você me perguntar isso? — A voz da mulher se acelera, talvez tenha sido uma péssima ideia perguntar se ela estava sentada e calma ainda por cima.
— Me envolvi em um acidente de carro mãe, tô aqui no hospital, mas eu estou bem, tá bom?
— O QUÊ? Como isso foi acontecer, meu Deus! Em que hospital você está?
— Calma mãe eu não me feri, não precisa vir aqui, ok!? Mas estou no hospital municipal.
— Estou indo ai!
— Mãe, não...
O telefone para, sem dúvidas dona Clara não havia perdido tempo e já devia estar na porta de sai de sua casa. Mães, não importa o que podem acontecer ou não elas sempre estarão ali mesmo a contragosto dos filhos.
*Olá amados, como vão?
Esse é mais um capítulo desse livro cheio de borboletas, o que estão achando dele? E do nosso atrapalhado Miguel?
🦋 Antes de ir gostaria de lembrar vocês de sempreee colocarem essa borboletinha fofa ao comentar, certo?!
Beijinhos e até o próximo capítulo.
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Doce Camélia
Romance"O medo consumia Amélia. Afinal, ela era uma mulher grávida, mas ela estava em uma condição que traz mais inseguranças que para outras mulheres: ela era paraplégica." Amélia sempre questionou suas capacidades como pessoa, sua autoestima sempre fora...