Capítulo 5 ●

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Mystic falls, dias depois...

Josh Wytheblood estava atônito, a cabeça parecia estar em outro lugar criando as mais confusas teorias, que claro pareciam fazer todo sentido no cérebro sagaz do vampiro.

O sujeito estava sentado sob a superfície da própria cama, a coluna ereta perfeitamente encostada na parede de pedras. Josh se encontrava em um momento de esclarecimento em seu humilde quarto. Enquanto seu colega Jubs Lion dormia como uma pedra, ele roncava baixo, cansado.

Josh não dormia, oras era um vampiro. Mas ele adoraria conseguir fechar os olhos e se desligar do mundo por algum tempo, acreditava veemente que a experiência deveria ser em sua essência agradável. Contudo, infelizmente o jovem deveria viver no mundo real.

Era engraçado encararar o melhor amigo dormindo, uma vez que Jubs transmitia um ar angelical quase etéreo, algo diferente de seu estado quando acordado. Josh não sorrio, ele queria sorrir. Mas bem, não era algo que conseguia com deveras facilidade.
O Whyteblood revirou os olhos com delicadeza, tentando se concentrar apenas em suas dúvidas.

Josh tinha quase certeza que Billie Léo Amstrong estava mentido ou melhor tinha mentido. O Amstrong tentava ser enigmático, mas as tentativas eram muito explícitas. Principalmente para alguém como o vampiro.

Desse modo, o eterno adolescente tentou pensar mais a fundo, calculando hipóteses plausíveis para Billie omitir algo. Deduziu que o pirata havia mentido por mentir, e assim não sabia de absolutamente nada, uma vez que não estava sóbrio naquela noite no hospital, na verdade ele estava prestes a desmaiar, o que tornava impossível a chance de Léo saber o que aconteceu.

Josh encarou a janela fechada, imaginado o sol nascendo do outro lado da madeira. Era difícil pensar em toda a vivacidade da estrela em constraste com a própria mórbides. O vampiro sentia falta do o nascer do sol, precisamente da imagem serena que o evento transmitia. Quando ainda era humano costumava deitar no telhado da própria casa onde se deleitava com a mistura sutil de cores do amanhecer. Agora essa era uma memória distante, era praticamente outra vida...

Josh tinha certeza que deveria fazer alguma coisa. Mas deixaria para pensar nisso sem precipitações. Ele poderia passar horas analisando a situação de diferentes pontos de vista, apenas pelo prazer da atividade, o que a longa data ajudaria-lhe a compreender com propriedade a situação em questão.

(...)

Jorge Wincheitorn se sentia estranhamente sobrecarregado. Ele andava preocupado, os passos normalmente suaves estavam duros. O jovem conseguia ouvir o barulho da sola de seu sapato em atrito com o chão. Estava preocupado, mas o Wincheitorn não sabia ao certo com o que.

Estava próximo ao horário da terceira aula e Jorge estava levemente atrasado, demonstrando uma atitude oposta ao seu estereótipo de representante da sala. Mas era normal para o adolescente se atrasar, não era uma pessoa ligada em horários e sempre privilegiava seu sono, isso quando não haviam festas.

O lobisomem carregava seu diário próximo ao peito, como se quisesse guarda-lo, ele queria preservar seus pensamentos mais profundos, que certamente para alguém como Josh Whyteblood seriam superficiais, bobos e desnecessários. Mas Jorge não pensaria nisso, admirava Josh, mas deveria declarar,  ele era complexo e parecia insensível.

- Jorgey, você está indo para aula de história?  - questionou Rufos Romanoff. Mesmo  ambos sendo colegas de quarto, Rufos não havia voltado para o quarto na noite anterior. Não que Jorge tenha estranhado, mas era fato que considerava falar com amigo pela manhã uma experiência agradável, e também um bom presságio. Na verdade falar com Rufos em qualquer momento disponível era agradável.

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