Prólogo ●

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Cidade de Mystic falls
Dormitório em Mystic high...

As férias de verão chegavam ao temido fim e muitos não queriam pensar no início das aulas. Jorge Wincheitorn encarava o teto de seu quarto sem ânimo. Estava pensativo, e sua cabeça não parecia funcionar como normalmente. Sentia um pesar em suas costas mesmo não tendo nada.

Após respirar profundamente, liberando o ar preso em seus pulmões, manifestou um sorriso. Logo levando as mãos compridas até a cabeça, organizando minimamente os fios acastanhados com pequenas mechas coloridas com seus dedos longos. Jorge poderia ser considerando esquisito, pelo menos por seu fiel amigo Rufos (um sujeito ainda mais... peculiar). Mas para qualquer um, Jorginho era o garoto perfeito, o sonho de consumo de todos. O número um. Dono de uma personalidade apaixonante e representante do terceiro A do ensino médio de mystic falls.

"Devo pintar meu cabelo de novo?" resmungou para si pensativo. Fazia tempo que não renovava a aparência e talvez assim ele (crush de anos de Jorge) o notasse.

O barulho forte que ecoou pela porta fora o suficiente para tirá-lo do transe, assustando-se no mesmo instante. Jorge franziu o cenho, enrugando levemente as sobrancelhas.

Rufos Romanoff estava parado, a estrutura física apoiava-se na porta de madeira audaciosamente, enquanto um sorriso ladino estampava sua face angelical. Os braços por sua vez torneados mantinham-se cruzados. O garoto estava pronto para falar algo.

- Que depressão toda é essa, gay? - disse de uma vez, esticando os lábios afim de expandir o sorriso. Jorge bufou irritado, rindo em seguida.

- Nada não, só não estou animado. As aulas vão começar e minha alergia vai piorar. - indagou angustiado. Rufos soltou um riso anasalado. A escola nunca foi algo emocionante.

- Mas você não sabe, eu até comprei cadernos brilhantes e roupas novas. Vai ser tão legal! - o tom animado permanecia em sua voz. As palavras fluíam energéticas em fluxo rápido. Isso mudava as coisas.

Os olhos dos dois garotos adquiriram um tom brilhante, ambos ficaram excessivamente animados. Rufos por tudo no geral (afinal, o Romanoff estava sempre extremamente radiante) e Jorge sentia-se ansioso para olhar as novas aquisições do melhor amigo.

Quando Rufos, em um gesto rápido, retirou o caderno de brilhos de sua mochila colorida, Jorge ousou aproximar-se do mais alto, puxando o objeto da mão do amigo, completamente encantado com a mistura estonteante de brilho e tons rosados sobre a superfície do caderno.

- Ai, tão lindo! - O Wincheitorn exclamou. - Eu quero. - completou resmungando com uma criança mimada, deixando os lábios relativamente finos se curvarem em formato de bico.

Rufos conhecia bem seu melhor amigo, por isso apenas retirou um caderno exatamente igual de sua mochila, só que esse continha o nome Jorge na capa. O garoto estendeu para seu amigo, fazendo uma reverência ao entregar nas mãos do outro.

- Gay, você me conhece tão bem. - Jorge afirmou orgulhoso antes de manifestar um pequeno coração com os dedos.

(...)
Casa de ***
Esquina T.Y 95 com St.louis...

Rufos Romanoff movia-se dinamicamente com a melodia da música. Sentia as ondas sonoras perfurarem seu corpo esguio enquanto entusiasmadamente ousava dançar, sentindo os pés deslizarem pela pista de dança sem vergonha.

O garoto mantinha a expressão serena enquanto desfrutava do combo do barulho extremamente alto e do cheiro forte que se expandia pelo cômodo com urgência. A mistura doce e azeda só poderia ser uma coisa: drogas místicas... Rufos não era o fã número um do cheiro, mas também não o desgostava. Achava o contraste da festa de verão e da substância um tanto agradáveis.

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