🄼🅄🅂🄸🄲🄸🅂 🄰🄵🄵🄴🄲🅃🅄🅂; Bruce Wayne

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"Pois depois de todos esses anos

Eu ainda sinto tudo quando você está por perto
E foi apenas um rápido "olá"
E você teve que ir
E você provavelmente nunca vai saber
Que você é o único
Pra mim depois de todos esses anos."

All these years - Camila Cabello

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FLASHBACK

Blue heaven coffe - Blüdhaven
23:46PM

Dois meses como Batman

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Não é como se Bruce Wayne fosse capaz de se afastar. Não de você, quem estava lá pra ele por toda uma vida.

Mas você não sabia disso.

Ou melhor, não imaginava. E continuou sem saber por três anos depois de sumir, até que o morcego passasse pelas portas embaçadas com o frio da chuva que caia em Bludhaven, o lugar onde você resolveu fugir depois de tudo.

—Droga—Você disse baixa e energeticamente depois de ouvir o barulho da pancada de chuva inesperada atingindo a cidade.

Aquilo era uma droga, tinha certeza que sua única jaqueta limpa estava repousava dentro do armário, próximo a sua blusa favorita.

Blüdhaven lembrava tanto Gotham que era insuportável.

A distraindo de seus devaneios, o sino agradável que pendia na porta de vidro badalou quando ele a empurrou, gentilmente.
O homem que passou a seguir a fez ter leves tremidas de pálpebra.
Seu sobretudo não estava molhado, mas deveria ser difícil dizer, considerando que ele estava todo vestido de preto, como sempre.
Óbvio, era o Batman.
Você revirou os olhos, amaldiçoando sua própria ingenuidade.

O cavaleiro das trevas aparecia novamente a suas portas.

Você suspirou, atendendo a chamada da garçonete mais velha, Olga, que te entregou a bandeja com os próximos pedidos e o bloquinho com a caneta vermelha, sussurrando que você deveria tentar falar com o bonitão recém chegado.
—Ah Olga—Você respondeu, rindo sem graça.— Somos velhos amigos, dou conta dele.

Até mesmo seu coração doeu com a mentira. Você não daria conta dele, nunca deu.
Depois de tomar coragem e entregar os hambúrgueres e batatas fritas do casal grudento da mesa sete, você tentou se aproximar.

Bruce esperava, pacientemente em silêncio, as mãos cruzadas em cima da mesa, desviando os olhos para o saleiro quando viu que você também o examinava minuciosamente.
Com uma respiração rápida, você resolve deixar seus pés andarem sozinhos.

O coturno é um diferencial no uniforme. Um toque pessoal que contrasta com a saia preta, camisa branca e avental vermelho.
Os cabelos soltos e baixos ao ombro, meio presos em uma trança elaborada.

Você para a meio metro, o suficiente para ouvir a voz do maior.

— Seu cabelo cresceu...— Você diz em choque, enquanto ele sorri minimamente— E seus braços parecem bem, bem maiores.

Depois de uma balançada de cabeça, volta até ao balcão, pegando o bule de vidro cheio, tentando se lembrar de como ele gosta do café.
Duplo, sem açúcar.
Novamente se aproxima dele com cautela, alisando a saia preta em busca de vincos inexistentes enquanto enche a xícara de café com a outra mão.