Parte 5 - Alex

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Eu estava exausto, cheio de dor, mas estava completo e satisfeito. Nunca imaginei que pudesse haver prazer ao sentir dor. Pela primeira vez havia sentido o que seria uma submissão.

Estava deitado lembrando de cada tapa, cada aperto e cada palavrão dito por ele. Eu ainda estava excitado. Não tinha gozado ainda. Então comecei a me masturbar lembrando do quanto fui esfolado por ele. Cheguei a tocar meu ânus para verificar o estrago e realmente não estava bem. Eu estava sangrando e tinha gostado daquilo. Gozei como nunca aquela tarde.

Mas algo não se encaixava. Diego começou a demorar para voltar pra casa. Tentei ligar pra ele, mas só estava dando caixa postal. Ele não visualizava minhas mensagens e nem meus áudios. Tinha alguma coisa de errado.

Comecei a ficar preocupado quando deu umas oito da noite. Eu não sabia exatamente o que fazer, só sabia que precisava fazer alguma coisa. Então, liguei pra minha mãe curiosamente para saber como estavam, fingindo ter ligado para a faxineira e aviando que ela limparia a casa no dia seguinte, quando na verdade era pra saber se Diego havia dado sinal de vida.

_ Falei com Diego hoje pela manhã e ele saiu avisando que ia assistir futebol. Ele está por aí? -perguntei fingindo uma preocupação boba.

_ Ele ligou pro Marcos, perguntou se podia dormir aqui essa noite. Aconteceu alguma coisa entre vocês? -ela perguntou um tanto preocupada.

_ Acho que não mãe. Ele deve ter esquecido de avisar. Fiquei preocupado, porque vou sair com a Maia mais tarde. Queria saber se ele levou a chave. Pode passar o telefone pra ele, por favor?

Eu estava suando frio. Tremendo de nervoso na realidade. Como ele saiu assim do nada e não voltou mais? O que eu havia feito de errado? O que aconteceu de tão maluco que o fez desligar o telefone e nem se quer mandar uma mensagem.

_ Filho, ele disse que tá com a chave. Falou que veio dormir aqui porque que quando aparecemos ele ficou meio triste e disse tava com saudades de casa. Você podia ter vindo também. -ela me disse e eu não conseguia acreditar em nada do que ele estava falando.

Olhei pra cima do balcão e a chave dele estava comigo. Ele só havia levado a chave do portão. Não tive como saber mais informações com a minha mãe, então me despedi e encerrei a ligação.

Deixei algumas mensagens no celular dele, algumas preocupado, algumas irritado e por último uma bem malcriada dizendo que me arrependia de ter ficado com ele.

Acabei ligando pra Maia e fomos até um barzinho pra conversarmos. Foi aí que eu havia reparado em como meu corpo estava completamente marcado.
Maia se assustou ao ver minha cara vermelha com marcas de tapa, meus punhos roxos juntamente com meus braços.

_ O que aconteceu com você? -ela repetia essa frase que ficava ecoando na minha cabeça.

_ Não foi nada, Maia. -eu dizia envergonhado.

_ Foi o babaca do seu irmão?

_ Ele não é meu irmão. Mas não foi ele quem fez. -eu disse totalmente sem graça.

_ Não minta pra mim, Alex. Você sabe que eu sou sua melhor amiga e você pode me contar qualquer coisa.

Ela estava cansada, não queria tomar nada em pé. Então fomos até uma mesa para conversamos melhor. No instante que eu sentei na cadeira, a dor foi inevitável. Eu estava machucado. Soltei um gemido de dor e ela me olhou diferente.

_ Amigo, o que tá acontecendo?

_ Não é nada, Maia. Vamos beber e distrair um pouco a cabeça.

_ Você foi violentado? Alguém te machucou?

Era óbvio que aquelas palavras eram fortes demais para se comparar ao que tivemos naquela manhã. Eu tinha gostado de tudo que a gente tinha feito, ao menos a maior parte das coisas. Não tinha nada haver com violência sexual.

Me apaixonei por um idiota (CONTO GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora