14- Nem tudo, se resume em expectativas.

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Demorou um tempo até que Kihyun juntasse o resto de sanidade que havia encontrado durante aquela manhã, para que ele levantasse da cama e tomasse iniciativa para ir a escola. Os pensamentos voavam entre o que a mãe disse e o desconforto que sentira após aquela conversa.

Queria se sentir bem, mas não conseguia, a mãe nunca havia desabafado para nenhum dos dois daquele jeito e muito menos falando tão amorosamente sobre si, e se ela chegou a fazê-lo, significa que estava em seu limite. Quando ele desceu, ainda aéreo pela conversa, procurou a mãe para que pudesse ter uma noção de como ela estava, mas a mesma não estava mais em casa, e segundo uma das funcionárias da mansão, ela havia saído faziam alguns minutos.

Kihyun suspirou triste, algo dentro do seu coração dizia que tinha algo estranho naquilo, e ele tava torcendo para que não fosse o que ele estava imaginando que era. Não se demorou tomando café, pela primeira vez naquela semana, ou desde que assumiu o papel do irmão, estava sozinho na mesa e aquilo o incomodava como nunca havia o incomodado desde que se acostumara a comer só a muito tempo.

Após a refeição, caminhou até o carro que o esperava no lado de fora da mansão.O motorista estava sorridente ao ver o mais baixo, mas percebeu que o garoto não estava bem ao ver a carinha tão tristonha passando em sua frente e lhe dando um bom dia quase inaudível.

Ao chegarem nas proximidades da escola, como se estivesse sido despertado de seus dramas familiares, lembrara de Hyungwon e o que havia acontecido com eles na noite anterior, percebeu que depois que o beijo aconteceu, ainda não tinham falado sobre aquilo e era mais do que claro que iria perguntar se o garoto estava bem e pedir desculpas por ter sumido e não conversar com ele após o ocorrido. Só torcia para que Hyungwon fosse à escola também. O motorista estacionou na frente da instituição e Yoo o agradeceu antes de descer. O carro foi embora e Kihyun colocou seus óculos de grau antes de começar a caminhar até a escadaria da porta de entrada.

Ao pisar no pátio, notou que muitas pessoas o olhavam de forma curiosa, pensou ser fruto de sua imaginação, não estava com muito ânimo para discutir com alguns bocós naquela manhã que já se apresentava exaustiva, no entanto, não eram apenas olhares esquisitos mas também cochichos que começaram a incomodar, algumas pessoas não disfarçavam as risadinhas, parecia ainda pior do que o dia em que retornou após a semana em que ocorreu o enterro do irmão.

Com o cenho franzido, tentou entender o porquê de estarem com os olhares focados em si, e a medida que caminhava em direção à sua sala, seu coração começava a bater forte, tinha acontecido algo errado, ele estava tentando advinhar o quê, seria algo relacionado a conversa que teve com a mãe logo cedo?

Começou a caminhar em passos rápidos indo em direção à sua sala, Kihyun não percebeu que alguém vinha andando tão rápido e tão nervoso quanto ele, sendo assim, os corpos se esbarraram. O Yoo urrou por ter batido a cabeça e logo focou o olhar no garoto esguio a sua frente, percebendo se tratar de Hyungwon.
Os dois se espantaram e de uma forma rápida Hyungwon puxou o amigo pela mão até o banheiro masculino que ficava perto dali.

Como entraram as pressas, os dois acabaram esbarrando em um dos professores que acabara de sair de uma das cabines do banheiro. Hyungwon perdeu a fala e mal conseguiu respirar, quando notou que se tratava do professor Wonho, este que focou nas mãos juntas e desviou o olhar para o rosto dos mais novos, foi inevitável não perceber que Hyungwon havia corado.

- Yoo,Chae, Bom dia.- tentou falar de uma forma gentil, entretanto sua voz carregava um tom de quem não estava muito feliz naquela manhã e os mais novos perceberam isso.

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