About letters, champagne and crossing stars

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Notas iniciais: E chegamos ao fim!!! Tô ligeiramente chorosa, porque amei demais escrever essa fic, então vamos logo pra leitura. Vejo vocês nas notas finais!

2 de agosto

Potter,

Se ao menos tivesse me esperado no dia da formatura dos setimanistas, saberia que Slughorn me deu um crédito extra mesmo eu não tendo tirado Excede Expectativas no exame, o que acabou me deixando com a nota que eu precisava para passar. No fim das contas passar incontáveis e torturantes tardes com você não foi de tão ruim, afinal, já que me livrou de um castigo.

Na verdade, o que meus pais estão me obrigando a fazer nessa carta pode ser considerado um castigo, assim como o que está por vir. A pedido totalmente deles, você deve vir ao meu aniversário. Achei um completo absurdo, já que em duas semanas será o aniversário de casamento deles e olhar para sua cara por mais que uma vez durante as férias já é sofrimento o bastante depois de tantas aulas extras, além do mais que eles mesmos poderiam fazer o convite pessoalmente, mas acharam de bom tom que eu lhe enviasse uma carta. De qualquer forma, esteja aqui no dia 16 e também no dia 21. Mas se você colocar um terno aceitável ou uma de suas camisas que dizem "eu sou um sonserino extremamente sério" talvez a situação fique menos intragável.

Se não vier estará fazendo um enorme favor à mim, mas estará desrespeitando totalmente os meus pais. Espero que sua consciência lhe diga o que fazer.

P.S: Acredito que você esteja com um livro meu há um bom tempo. Seria de bom tom devolvê-lo. Não acredito que você seja tão devagar que precisa de meses para ler duas míseras linhas...

Thomas-Finnigan.

A carta transbordava todo o sarcasmo que fora ocultado pela concentração e dedicação de Rigel nos últimos meses. Não contive um sorriso enquanto a lia, além de várias reviradas de olhos. Eu sabia a qual camisa ele se referia, pois toda vez que eu usava a peça verde-musgo que minha mãe havia me dado ele revirava os olhos, como grifinório nato que era, e dizia que o orgulho que tínhamos de nossa casa era quase como um patriotismo exacerbado. Eu não precisava tecer comentários sobre como ele era um tremendo hipócrita, já que, apesar de não ligar para ter um vestuário vermelho e dourado, sempre se exaltava demais nas partidas de quadribol. E bem, sendo um leonino, era inevitável que ele não se gabasse sempre que possível.

A questão em si estava no final da carta. Me senti mal por não ter lido a página que ele havia marcado e de repente eu não conseguia encontrar o livro em lugar algum. Revirei a casa inteira atrás do maldito livro, perguntei para meus pais e nada, até que James apareceu com ele, encostado no batente da minha porta.

— Eu o peguei emprestado depois que Alice disse que eu deveria ser um pouco menos libriano. Eu não fazia ideia do que aquilo significava e afanei seu livro no Natal. Acho que finalmente entendi porque ela preferiu ficar com o Malfoy do que comigo. Ou até mesmo do que com Rose, estranhamente. — comentou enquanto folheava o livro.

— Scorpius não é a pessoa mais decidida do mundo, acredite. — ri sem emoção pelo nariz e James cruzou os braços. — E eles não estão juntos faz um tempo.

— E mesmo assim ela recusa sair comigo.

Ele balançou a cabeça, fazendo os cachos caírem sobre os olhos.

— Você merece uma pessoa muito melhor, se quer saber. Sei que não falamos muito sobre essas coisas... Ou sobre qualquer outra, na verdade. — ele arregalou os olhos em realização e nós dois rimos ao mesmo tempo. — Eu não sou bom com as palavras como Lily ou você, então só vou te dizer pra ler a página 125. Quando vi a marcação não entendi muito bem, mas depois desse ano e de ver você surtando procurando o livro pela casa assim que recebeu aquela carta...

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