Ratos

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_ Aí minha cabeça..

_ É efeito colateral, daqui a pouco passa.

_ Quem é você?

_ Como você cresceu, com certeza não se lembra de mim, quando te vi pela última vez, era um bebê.

_ O quê? Como... Você, quer saber, só me solta daqui, se não eu juro que vai passar o resto dos seus dias em uma prisão.

_ Evy, seu nome foi eu que escolhi.. Esse seria o nome da minha filha, mas o Euler sempre, ele sempre, atrapalhava meus planos.

_ Você, você matou o meu pai..

Os olhos de Evy se enchem de lágrimas.

_ Foi um acidente, não chore. Me deixe explicar, ele sempre tinha tudo o que queria, ele era sempre o queridinho, enquanto eu.. Quer saber, não vamos falar de mim.

_ O que tem você?

_ Meus pais me batiam, sempre, nada que eu fazia estava bom. Quando fui passar uns dias na casa do Euler, eu vi como ele era tratado, parecia aquelas famílias de filme, tudo perfeito. Quando crescemos, eu gostava da Andra, mas ela não me quis, afinal eu era um pobretão, como ela disse na época e preferiu ele, todas às garotas sempre preferiam ele. Até quando eu passei a morar com a Mildred, ela sempre falava dele, que estava com saudades e isso e aquilo.. Eu tive que suportar eles se casando, mesmo depois do término, ela deu o melhor presente a ele, ser seu pai. Ele tinha tudo, e eu nada.

_ Por quê matou a dona Mildred?

_ Quando ela disse que você tinha ido até lá, eu sabia que era para descobrir algo a respeito. Eu não poderia deixar que ela me entregasse a polícia.

_ Você fala de um jeito, como se não tivesse sentimentos.

_ E não tenho.

_ Então por quê me trouxe aqui, poderia ter me matado também.

_ Cedo ou tarde você iria me descobrir, não quero correr o risco de ter meus planos atrapalhados por você.

_ Você não pode me manter presa aqui, pra sempre.

_ Não pra sempre, só até eu está embaixo da terra, mas acho difícil os seus colegas do FBI te encontrarem aqui, bem-vinda ao seu novo lar.

_ Espera!

_ O que foi?

_ Você se arrepende de ter matado meu pai?

_ Não, eu o mataria de novo pelo simples prazer de vê-lo sofrer, posso chamar isso de um alívio emocional.

Ao sair e trancar a porta, vai até a cozinha, depois volta com leite e alguns biscoitos para Evy.

_ Como eu vou comer com o corpo todo acorrentado?

_ Você é tão perigosa quanto eu..

Diz ao pegar uma cadeira e se sentar de frente para Evy.

_ Abre a boca!

_ Eu estou sem fome.

Sem insistir, ele se levanta e saí do quarto.

Evy estava dormindo quando acorda com barulhos vindo do lado de fora do quarto.

_ Trouxe uma companhia pra você, mas é uma pena que mais tarde irei mata-lo, então não se apegue.

Diz jogando o homem amarrado a uma cadeira no chão do sótão, junto a Evy.

Após ouvir o carro saindo, Evy decide chama-lo.

_ Ei.. psiu!

_ Quem é você?

A novata do FBI (Criminalminds)Onde histórias criam vida. Descubra agora