Vovô?

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_ Marvin Douls, FBI.

_ Abre a porta.

Gideon pede, após inúmeras batidas sem respostas, ele positiva a um policial para arrombar a porta.

Ao entrarem, não o encontram em parte alguma.

_ Tentando se livrar das vozes, ele isolou tudo acusticamente.

_ Ele arrancou os auto-falantes da TV e do rádio e aqui tem um xeque de duzentos e cinquenta mil dólares, do seguro de vida a dois anos atrás, ele não descontou.

_ Não aceita dinheiro de sangue.

_ Aqui, uma caixa cheia de facas de cilitrix.

_ Gente! Da uma olhada nisso aqui, uma máquina de taquigafria, olha às teclas, estão gastas.

_ É como se tentasse transcrever às vozes da cabeça, mas não conseguisse.

_ Parecem ieroglofos.

_ Chama-se isteno, é basicamente a fonética das sílabas, nenhum relator anota do mesmo jeito, então ninguém consegue traduzir, só o próprio.

_ Estão pagando hora extra para ele estudar, possíveis vítimas.

_ Ele sabe que estamos nos aproximando e está fugindo.

_ Alguém nessas caixas está marcado para morrer, temos que entrar na cabeça dele e descobrir quem é, para dete-lo, vamos começar a busca.

Gideon diz pegando uma caixa com arquivos, os outros fazem o mesmo.

_ Tem caixa demais, como vamos reduzir a busca?

_ Veja às que acabou em absolvição, se não descarte.

_ Nós estamos procurando um caso notório, ele está piorando, quanto mais brutal, melhor.

_ Por quê não pegar um mais recente?

_ Pelo elaborado sistema de arquivamento, é claro que o Douls tem transtorno obsessivo compulsivo, pessoas com toque, terminam às tarefas e voltam isso para recomeçar.

_ Ele reler às transcrições e a primeira que acionar o gatilho, vira a próxima vítima.

_ Olha essa, dona de uma loja de bebida que se atingiu com a própria arma.

_ Veja na resposta da defesa, o réu já foi ouvido?

_ Não!

_ Se atentem aquelas que o acusado vem depois, é pessoal, ele ouve as vozes.

_ Todas às vítimas do Douls, foram vítimas delas mesmas, às duas  primeiras pediram clemência ao tribunal, alegando dependência a álcool e drogas, e o padre disse que foi vítima de uma esteria recente.

_ Procurem a palavra: Vítima, clemência, qualquer coisa que esente o réu de achar que é culpado pelo crime.

_ Posso ter achado uma, Ted Houmoy, atirou nos pais e depois alegou legima defesa por anos de maltratos.

_ Douls perdeu os pais, saber que alguém se safou disso o assombraria.

Diz e em seguida liga para o telefone da suposta, próxima vítima.

_ Alô!

Uma voz feminina diz ao atender.

_ Ted Houmoy está?

_ No momento não, quer deixar recado?

_ Quem fala?

_ É a esposa dele, quem é?

_ Meu nome é Jason Gideon, eu sou do FBI.

"Amor, alguém do FBI, quer falar com você."

Gideon ouve ela dizer em seguida um disparo é ouvido.

_ Senhora Houmoy! Senhora!

Gideon desliga, por não obter respostas, e vão ao local.

_ Tá lá dentro.

Comenta a detetive.

_ Acho que o convenço a sair.

Gideon afirma.

_ Tenho atiradores em posição, se tiver um alvo, tenho ordem para atirar.

_ Deve da para convencer, nós apressamos ele, ele não quer usar um inocente como refém, ele tem um sentido exagerado de justiça.

_ E eu também.

_ Vale a pena conversar com ele.

_ Hum!

_ Eu vou com você.

Aaron e Gideon entram no prédio.

_ Conta que você mentiu, conta que você matou os seus pais e você fingiu que eles partiram e você...

Eles escutam o descon falando.

_ Eles me batiam.

Gideon entra primeiro, em silêncio com a arma apontada para o descon.

_ Vão matar ele?

Douls pergunta.

_ Daí não vai ouvir a verdade, se ele admitir a verdade, às vozes param, certo?

_ Eles sempre mentem.

_ Nos deixe interroga-lo, abaixa essa arma, somos do FBI, só queremos a verdade.

_ Marvin, eu vou abaixar a minha arma, vamos fazer isso juntos.

Gideon guarda a arma, Aaron lhe da cobertura enquanto ele se aproxima do descon para conversar.

_ Diga a ele a verdade, diga a ele que você mentiu no julgamento.

Gideon pede.

_ Eles me batiam.

_ Não dê ouvidos a elas, Marvin.

_ Se ele morrer, às vozes param.

_ E você acha que elas não vão voltar?Iwoa, mil novecentos e noventa e nove, um homem mata dois meninos, ele é inocentado e mata mais um.

_ Pare!

_ Raique Geórgia, ano passado, três brancos matam um adolescente negro, quatro testemunhas vêem e o júri os inocenta.

_ É, os dois primeiros tinham quatorze anos de idade e o terceiro, tinha só doze.

_ Cala a boca.

_ Elas não vão parar.

_ Você não vai matar todos, a tempo.

_ Eles mataram meus pais.

_ Eu sei.

_ Eu estou muito cansado.

_ Marvin, me escuta. Porquê não me da sua arma, eu prometo que consigo um lugar pra você, descansar.

Marvin coloca a vítima de lado e decide entregar a arma ao agente Gideon, ele estava próximo de entregar quando um disparo é ouvido, ele é atingido no coração, por um dos atiradores, causando instantâneamente sua morte.

No avião eles assistiram às últimas notícias, opiniões se dividiam, uns diziam que ele teve o que merecia, outros se sentiam seguros com ele vivo e outros diziam que só o mataram porquê ele fazia o trabalho da polícia, melhor do que eles mesmos.

"É melhor ser violento, se existe violência em seu coração, do que vestir o manto da não-violência para disfarçar impotência." [Gandhi ]

Ao desembarcarem, Evy se despede de todos e vai pra casa.

_ Vovô?

Diz surpresa ao abrir a porta e se deparar com o mesmo em sua sala.

A novata do FBI (Criminalminds)Onde histórias criam vida. Descubra agora