A novata do FBI (Criminalminds)

Sua mãe

 Evy acorda com seu celular tocando.

_ Alô!

_ Evy... Evy Baker?

_ Sim, quem é?

_ Gostaria de falar com você sobre um desaparecimento...

_ Desculpe, mas só pode ser engano.

Evy desliga antes que a pessoa do outro lado falasse algo a mais. Volta a dormir e acorda com as lambida de Clooney no seu rosto.

_ Oi amorzinho, bom dia!

Se levanta.

Evy faz sua higiene pessoal e vai cuidar de Clooney, enquanto colocava água, escuta a campainha tocar.

Depois de olhar pelo olho mágico ela abre.

_ Em que posso ajuda-la?

_ Eu liguei para você ontem e acho que a ligação caiu.

_ Não caiu, eu desliguei.

Evy iria fechar a porta, mas a mulher impede.

_ Evy, eu só te peço cinco minutos do seu tempo, é só isso.

_ Tá, restam quatro.

Evy diz lhe dando passagem para que ela entrasse.

_ Sua casa é linda e esse cãozinho, é seu?

_ Sim.

_ Qual o nome dele? Espera, aposto que se chama Clooney.

_ Hum, é.

_ Todo animal do seu pai se chamava Clooney, já era de se esperar.

_ Acredito que a senhora não tenha vindo a minha casa, para falar de nomes que meu pai dava aos animais dele.

_ Evy, eu preciso da sua ajuda.

_ O quê quer, dinheiro?

_ Eu sou sua mãe, como pode falar dessa maneira?

_ Eu sei quem é você, mas perdeu o direito de me chamar de filha quando me abandonou.

_ Mas eu nunca te abandonei, eu sei que cometi um grande erro quando te dei para seu o pai, mas eu fui mãe muito nova, queria mais é curtir a vida. Seus avós, pais do Euler, eram rígidos demais e ficaram pior depois que você e o outro bebê nasceram. Eles me culpavam pela morte do outro bebê, sem contar às humilhações que eu sofria por eles, não aguentava mais aquilo e decidi sair. Eu havia acabado de sair do resguardo quando descobri que estava grávida, novamente. Seu pai vinha de uma família rica e seus avós não me davam um minuto de sossego, em um momento de desespero, eles me ofereceram uma pensão, em troca, era só eu da a tutela ao Euler. Eu aceitei com a condição de te ver sempre, no início minha entrada na casa era liberada, depois de um tempo os seguranças não deixavam mais. Seus avós mentiram para o seu pai, ele também não me deixava te ver mais, eu comecei a me prostituir, a pensão, eles também haviam suspendido. Eu fui burra, não li a cláusula que dizia que a pensão só era válida nos primeiros dois meses. Tinha um lugar que seu pai sempre ia com você, eu conhecia e sabia daquele lugar, era o único jeito de te ver. Depois que seu pai foi morto, sua avó também não aguentou a dor do luto. Você foi morar no Brasil com a Milu, eu demorei até descobrir onde vocês estavam, tinha a sua irmã também, era mais difícil me locomover. Até que depois de alguns anos sem te ver, eu te vi, saindo da escola. A Milu me conhecia e me deixou conversar com você, naquele dia você tinha começado na escola, me lembro como se fosse ontem. Você usava um coque, meias brancas de renda e o uniforme da escola, azul escuro. Nós estávamos conversando, você não sabia quem eu era e eu não achei justo dizer, não seria justo com a Milu. Seu avô já era ruim, se tornou pior depois que sua avó faleceu, quando ele me viu conversando com você, depois daquele dia você nunca mais quis falar comigo. Eu te escrevia, sempre, mas depois que às cartas começaram a voltar, eu parei. Você não às leu?

_ Não, meu avô tinha dito coisas horríveis sobre você e eu acabei te desdenhando como o monstro da história.

_ Nas cartas, em todas elas eu sempre mencionava algo que eu sabia sobre você, algo que eu via em você apenas lhe observando. Para você, eu posso ser uma estranha, mas eu te conheço, Evy.

_ Em que, você quer a minha ajuda?

_ Essa é a sua irmã, Evellyne, ela saiu para uma consulta e não voltou.

_ Eu não trabalho mais no FBI e além do mais, quem escolhe os casos é a J.J.

_ Você não desistiu até prender quem matou seu pai, faz isso pela sua irmã, ela pode ter a bebê a qualquer momento. Não tem ninguém procurando por ela, eu te imploro.

_ Espera eu me trocar, na UAC veremos o que eles podem fazer.

Evy veste, solta os cabelos, pega sua bolsa e saí. Mas volta para pegar suas credenciais.

_ Vamos!

Diz ao abrir a porta para Andra passar.

Ao chegarem na UAC, Evy pede a mãe para esperar em uma sala, enquanto ela ia falar com  J.J e Aaron.

_ Lamento, mas nós precisamos ser convidados e não comparecer assim. Você sabe disso, Evy.

Aaron diz.

_ Eu sei, mas às autoridades de lá não acreditam que ela tenha sido sequestrada.

_ E você, acredita?

_ Sim, comparei a última ligação dela com a ligação de um caso arquivado. Foram às mesmas palavras, como se ela estivesse lendo.

J.J diz.

_ Quanto tempo faz que ela desapareceu?

_ A cinco dias.

_ Vamos reunir a equipe.

Evy agradece ao Hotch e vai avisar a mãe.

_ Eles aceitaram o caso.

_ Strauss quer você na sala dela

Garcia avisa.

Evy se vira para ela ao ouvir.

_ Evy, você voltou. Está linda, diferente de cabelos soltos, quase não te reconheci.

Elas se abraçam e Evy vai até a sala de Strauss.

_ Com licença!

Pede ao abrir a porta.

_ Senhorita Baker, sabia que voltaria.

_ Acho que todos sabiam, ninguém parece surpreso com a minha volta. Garcia disse que a senhora queria falar comigo.

_ Sim, deseja fazer parte da equipe, novamente?