E porque não beija?

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Camila Cabello's point of view

Assim que Lauren abriu a porta do seu quarto eu me surpreendi. Não parecia nada com um quarto de uma adolescente. O quarto dela era bem mais infantil que o da Sofi. Em uma parede havia varias Barbie's, e vários ursos espalhados pelo chão. Era um quarto bem organizado, mas bem infantil. Na verdade era muito fofo, mas o que me chamou mais atenção foi a estante com vários livros que eu suponho ser de autores ingleses. Ela já tinha me falado que era fascinada por literatura inglesa.

- Eu sei que... - Disse Lauren chamando minha atenção. - ... Meu quarto é mesmo meio infantil. Mas será só por enquanto.

- Como? - Perguntei confusa.

- Nada não! - Afirmou ela indo sentar na sua cama.  - Pode sentar na minha poltrona! - Disse ela apontando pra uma poltrona no canto do quarto, perto das suas Barbie's.

- Eu gostei do seu quarto! - Disse olhando em volta. - Ele transmite a nossa criança interior. - Falei e ela começou a rir. Ela tinha a risada mais linda do mundo. Se eu pudesse, eu escutaria esse som a minha vida toda. Eu nem sei quanto tempo eu fiquei encarando aqueles olhos esmeraldas.

- Mas então Camila... - Lauren disse depois de um tempo. - O que exatamente você veio fazer aqui? - Perguntou ela se ajeitando pra ficar com a coluna reta.

- Você não gostou da minha visita? - Franzi o cenho.

- gostei, claro. - Disse ela com um sorriso brincado no seu rosto. - E só que...  Você era a última pessoa que eu esperava uma visita.

- Minha mãe vinha pra cá. Então resolvi vim ver você também. - falei dando de ombros. - Eu gosto da sua companhia.

- Eu também gosto da sua companhia! -  Ela falou e eu sorrir igual uma boba. Talvez, ou só talvez eu já estivesse trouxa por ela.

Ficamos conversando e gargalhando sobre tudo. Eu tinha o riso muito fácil, e Lauren não ajudava em nada. Qualquer coisa que ela dissesse eu já estava rindo. Lauren me contou como era sua vida quando morava na Espanha, ela tinha o sotaque espanhol. E falava muito bem. Eu também falava espanhol, pois minha mãe era cubana e ela me ensinou sua língua nativa. Só que o sotaque da Lauren era bem mais fofinho. Ela também me falou sobre sua amiga Veronica, e que ela sentia muita saudades dela. Lauren também me contou sobre o fato de que ela iria ganhar um irmão. Na verdade a escola toda já sabia que o diretor ia ser pai de novo. Mas eu vi que Lauren não se sentia a vontade pra falar sobre isso, então mudei de assunto.

Agora estávamos sentadas na frete do computador, Lauren estava me mostrando as fotos de quando ela tinha ido passar o natal na casa dos pais da sua amiga Veronica, em Paris. Ela disse que foi o natal mais doido da vida dela. Mas também foi o mais próximo de uma família que ela sentiu.

Lauren contava como tinha sido sua vida durante esses 9 anos, e por alguma razão eu senti a necessidade de está ainda mais perto dela.

- Essa foto aqui eu tinha acabado de sair da piscina. - Ela disse apontando pra uma foto no computador. Era uma foto na qual ela estava com um biquíni rosa, mas na foto não pegava da cintura pra baixo.

- Sua cara tá engraçada nessa - Falei rindo, apontando pra um queima dela.

- Tá mesmo. - Lauren virou o rosto pra mim olhar, eu estava rindo igual uma doida. Eu só sabia rir. No mesmo instante eu virei meu rosto também, fazendo nossos olhos se cruzarem. Seu rosto estava bem próximo ao meu. E eu conseguia sentir sua respiração descompassada. Eu logo deixei de lhe encarar e meu olhar caiu pro seus lábios chamativos que necessitavam dos meus.

- Eu quero te beijar. - Falou Lauren me surpreendendo com sua fala.

- E porque não beija. - Foi questão de um segundo até sentir seus lábios colados aos meus. De início era um beijo lento e sem língua. Lauren colocou uma de suas mãos na minha nuca e pediu passagem com a língua, e eu logo a cedi. Sua língua passava pela minha boca fazendo eu sentir o seu gosto doce. Sua outra mão desceu até minha cintura e começou a apertar o local fazendo eu arfar com o seu contato. Um gemido da minha boca escapou quando Lauren chupou a minha língua. 

- Lolo. - A porta foi aberta por uma miniatura, fazendo eu e Lauren se afastar imediatamente. Minha respiração estava desregular, e a de Lauren não ficava atrás.

- Christian! - Lauren repreendeu a pequena criança que nos olhava com um olhar assustado. - O que eu disse sobre bater nessa porta?

- Desculpa lolo - Disse ele cabisbaixo. - E que a mãe da Camila tá chamado ela pra ir embora! - Disse ele com beicinho encarando Lauren. Fofo!

- Você deve ser o Chris, amigo da minha irmã Sofi! - Disse com um sorriso me aproximando dele.

- Você é a Kaki? - Perguntou ele com um sorriso.

- Sou sim! - Falei bagunçando seus cabelos. - E você deve ser o irmão dessa chata! - disse com um sorriso cúmplice pra ele, e vi pelo canto de olho quando Lauren revirou os olhos, e o Chris riu. - Eu já vou indo. - Me virei pra Lauren.

- Eu te levo até lá em baixo.

(...)

Lauren Jauregui's point of view.

Acompanhei Camila até aonde sua mãe já a esperava. Me despedi dela com um beijo na bochecha, mas eu queria em outro lugar.

Depois voltei pro meu quarto, Pra pensar no quanto aquela latina era linda.

Eu não sabia ao certo o que a mãe dela estava resolvendo com meu pai. Mas acho que era relacionado a o desvio de dinheiro que estava acontecendo no colégio.

Eu estava subindo as escadas, quando vejo pela vidraça, a minha madrasta conversando com o Mathew lá no jardim. Ela parecia um pouco nervosa, mas eu não dei a mínima pra isso. Devia ser mais um dos seus surtos, pelo os funcionários não estarem fazendo seus trabalhos direito.

Continuei subido as escadas, até escutar uma voz gritar meu nome, fazendo eu parar no meio da escada.

- Me espera! - Disse o Chris meio afobado, subindo as escadas correndo.

- Não correr Carinha. - Disse quando ele já estava perto de mim. - Você pode cair! - Falei pegando ele no colo e voltando a subir as escadas.

Fui com ele até seu quarto. O quarto dele era incrívelmente maravilhoso. A sua cama era lá em cima e tinha um escorregador conectado na mesma. Sem contar que quando se descia no escorrega, a gente caia em uma mini piscina de bolinha.

Tirei ele do meu colo e o arremessei em cima do sofá que tinha lá, fazendo o mesmo começar a gargalhar. Eu gritei um " Guerra de cosquinha" e o ataquei, fazendo ele gargalhar ainda mais.

- Lolo para. - Disse ele sem fôlego.

Eu parei, pois ele estava realmente sem fôlego, depois de alguns minutos, ele controlou a respiração e me olhou.

- O que foi Carinha? - Perguntei lhe olhando de canto de olho. Ele estava me encarando com aquelas jabuticabas.

- A irmã da Sofi é sua namorada? - Perguntou ele simples com um meio sorriso e eu arregalei os olhos

- Na-não. - Lhe olhei incrédula. - Claro que não!

- Mas você tava beijando ela! - Falou ele com um sorriso brincado no seu rosto.

- E você é um enxerido. - Disse com um sorriso e comecei a fazer cócegas nele novamente.

Eu queria proteger o Chris de tudo. Ele só tinha a mim, e eu só tinha a ele. E provavelmente depois do bebê, estaríamos ainda mais só.

(...)

Lost. (Camren G!P) 1°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora