[課] ❛oneshot

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Chaves chacoalhando, a porta batendo, tudo num borrão de visão que eles possuíam. Talvez tivessem bebido um pouco mais que o recomendado e talvez estivessem chapados. Apenas talvez, eles não podiam ter certeza de nada do que não conseguiam se lembrar, e naquele exato momento, a única coisa que tinham na mente era o calor que os corpos exerciam um contra o outro, enquanto as mãos seguravam firmemente a roupa alheia.

Era noite de sexta, e todos sabemos que nas noites de sexta fazemos coisas que iremos nos arrepender durante o final de semana.

Terminaram o beijo, ofegantes, olhando fixamente um para o outro. Gerard então afagava os cabelos alheio, começando a guiar o outro pelo quarto barato de motel até a cama, sentindo a pressão dos dedos pela sua cintura. Tropeçaram nos próprios pés algumas vezes, antes de caírem na cama.

— Essa camiseta. — A frase desconexa saiu da boca de Frank, que tentava arrancar a roupa de Way.

Eles já estavam cansados de tanto tecido, que agora era totalmente inútil e irrelevante, sendo jogados no chão e na beira da cama conforme se despiram. E finalmente as peles já úmidas pelo suor se encostaram, dando um rápido choque pelo estômago dos dois.

As bocas se movimentavam juntas de novo, com os corpos enroscados um no outro, e mãos possessivas que os deixavam ainda mais perto. Frank rolou a si e a Gerard, ficando por cima enquanto encerrava outro beijo. Ele tentava entender como alguém podia ser tão lindo, o encarando fixamente por alguns segundos, quando sentiu as mãos de Way em sua cintura, o girando novamente para baixo, e ele não tinha motivos algum para reclamar.

Os lábios do mais velho percorreram devagar a derme sensível do pescoço de Frank, mordendo e puxando levemente. As mentes pareciam ter saído dos próprios corpos, se movimentavam quase num piloto automático, levados pelo prazer que envolvia seus pensamentos.

Iero sentiu a mão morna tocar sua quase-ereção, contraindo o corpo como reação, e logo deixando um gemido rouco escapar-lhe os lábios, forçando os olhos abertos para encarar a expressão perversa que Gerard tinha em seu rosto, mordendo os lábios inferiores enquanto mantinha a mão num vai-e-vem constante.

— Caralho. — Iero gemeu baixo, movendo os quadris para cima, fodendo a mão do outro. — Por que você não me chupa? — Gerard sorriu com o pedido. Falando a verdade? Ele estava salivando para chupar Frank Iero, era tudo o que se passava em sua cabeça enquanto assistia a palma de sua mão ser fodida.

Frank ajeitou melhor o corpo na cama, assistindo Way abaixar sua cabeça vagarosamente, fazendo questão de ficar com a cabeça parada ao lado da ereção do mais novo, deixando sua respiração quente bater contra ela, aumentando a ansiedade dos dois por aquilo. Olhou fixamente para Iero, que não conseguia desviar o olhar das íris verdes de Gerard.

Ele fechou os olhos rapidamente e reprimiu um gemido no fundo da garganta, que soou como um grunhido abafado. Gerard era uma puta por completo. Ele chupava sem nem lacrimejar, ainda com os olhos vidrados em Frank, não enrolando para fazer uma garganta profunda, sentindo os pêlos do outro tocarem seu nariz. Ele ainda fazia aquele negócio com a língua que fazia Frank pensar exclusivamente no quanto ele gostaria de morrer ali mesmo, com seu pau enterrado na boca quente do mais velho, pois essa seria a melhor forma de morrer que ele conseguia imaginar.

— Cacete, Gerard. — Disse em alto em bom som, finalmente cerrando os olhos e deixando a cabeça cair para trás. Sentia o quadril ser pressionado para baixo, sem que pudesse ter controle sobre o boquete que recebia, suas pernas se reviraram, tentando fechar por impulso alguma vezes, mas sendo impedidas pelo corpo de Gerard.

Frank levou sua mão aos cabelos alheios, apertando fortemente, e puxando algumas vezes. Aquilo era fantástico. Gerard podia sentir o prazer correr por cada centímetro de si a cada puxão que recebia nas suas mechas, e cada vez mais, Iero emaranhava seus dedos ali. O mais novo sentia sua respiração tão rarefeita, que ele começou a questionar se não seria melhor segurar o ar de uma vez.

HOTEL ROOM, frerard.Onde histórias criam vida. Descubra agora