Mary's theory

Introdução

Primeiramente, acho importante falar um pouco sobre mim, para que tudo que eu contar faça sentido de como cheguei em tais pensamentos.
Me chamo Mariana Martins Fonseca, tenho 21 anos, cresci numa família (pai e mãe) espírita, a outra parte da minha família é evangélica.Durante a infância eu sempre me questionei sobre o que era a vida e por muito tempo não me encontrei em nenhuma religião, por mais que tivesse a intuição de que realmente existe um ser supremo.
Eu me culpava por não me encontrar 100% nas religiões, chegava a pensar até "será que pra crer em Deus eu preciso de uma religião? será que é uma lei universal?", das religiões nas quais tive contato, eu conseguia agregar algumas virtudes, mas eu achava que você só poderia pertencer a uma religião se você fosse totalmente fiel a ela, algo que eu não era!
Desde cedo, meus pais tiveram dificuldades na vida para chegarem até aqui, já passaram fome, não conseguiam focar nos estudos. Por conta disso, meu pai sempre me ensinou a dar valor ao conhecimento, a sempre questionar as coisas, a filosofar sobre tudo, e acho que por conta disso eu sou quem sou, sinto uma ânsia muito grande em saber o porquê das coisas, tornou-se um hobbie pensar e refletir sobre a vida.
Algo sobre mim que é super importante é a missão de vida que sinto. Minha vida se baseia em ajudar as pessoas com seus problemas, não tratando sintomas, mas sim a raiz. Como eu poderia fazer isso?
Desde criança gostava de ver historias de desenhos, filmes, series sobre: super-heróis, misticismo, fantasia. Acho que por conta disso passei a acreditar em coisas que os olhos não podem ver e a ciência não consegue explicar.
Sempre quis ser uma super-heroína, porém quando criança eu me prendia muito ao fato de apenas salvar os animais, pois o ser humano não merecia piedade, por conta de ser como são, cruéis muitas vezes, e isso me fez ter um certo repulso por eles (apesar de ser um também).
Na adolescência eu acreditava em reencarnação, em ciência e em Deus, mas era muito superficial ainda, eu apenas cria que aquelas coisas existiam.
Eu era muito careta até os 17 anos, sempre me senti como um ser diferente, por conta de ver na família pessoas bebendo e fazendo besteira, fumando e não percebendo o quão mal faz a fumaça, pessoas fugindo de sí mesmas pra la e pra cá, essa experiencia me tornou uma pessoa muito fechada a esse assunto, então nunca experimentei nada até então, e tentava fazer a cabeça de meus próximos a pararem de se torturar inconscientemente.
Então finalmente chega aquela época de crises existenciais, na qual o adolescente que está migrando para a fase "adulta" se questiona sobre a vida, e começa a sentir medo sobre isso, automaticamente questionava até a minha própria fé e filosofia. Foi então quando me abri às experiências, começando com bebidas alcoólicas (na qual eu odiei pois me impedia de pensar sobre as coisas, algo que eu amava fazer), então migrei para a Canabis, na qual busquei saber tudo sobre essa substância antes de utiliza-la (com substâncias não se brinca), decidi experimentar pois li que ajudava com estresse, depressão e ansiedade (na qual hoje sabemos que isso é relativo, então dependendo do indivíduo, seu organismo pode ser diferente, e ao invés de ajudar, pode intensificar os problemas). No meu caso eu tive muita sorte de nunca ter tido problema com essa substância (apesar da dependência psicológica). Então conheci a substância perfeita, me ajudava a relaxar o corpo e ao mesmo tempo estimulava meus pensamentos, me dando toda a energia que precisava pra gastar pensando em tudo que existe (que loucura né? eu sempre imagino que as pessoas devem achar estranho saber que existem pessoas que amam pensar, algumas pessoas queriam poder escolher não pensar em nada, e outras amam isso. Simplesmente, me fascino muito com a relatividade das coisas)... Voltando ao assunto (ignorem meus pensamentos espontâneos, isso sempre acontece). Após um tempo, tive contato com Ayahuaska (vinho das almas), chá feito pela cultura Xamânica, no qual o intuito do uso é se conectar com a Divindade que habita dentro de cada um (até então eu me sentia ainda uma pessoa muito duvidosa e materialista nas questões sobre Deus), essa experiência mudou a minha vida para sempre, parece que uma porta se abriu e eu consegui ter percepção de tudo a minha volta, eu não tinha mais um olhar ignorante para as coisas, eu conseguia enxergar a sublimidade delas. Eu passei para um estágio de iluminação mental, na qual eu fui de um robô sem propósito para um ser celestial que tem uma missão na vida. Mas isso levou um tempo, meus primeiros rituais pareciam confusos para mim, me mostrou muito sobre a família, mas eu não conseguia compreender, apenas após 1 ano indo em vários rituais, eu comecei a entender os primeiros. Isso foi fundamental para o meu pensamento sobre as famílias (vou abordar esse assunto com mais fundamentos num próximo capítulo).
Mas não estou aqui contando minha história para que todos façam igual, pelo contrário, eu acredito sim que se pode chegar na mesma percepção divina, sem usar quaisquer substância externa além de sua própria mente, as substâncias na minha vida foram como pontes mas não quero que pensem que usa-las te fará mais divino. O divino habita apenas dentro de nós, é tudo uma questão do que você tem dentro do coração. Se você for luz, sob efeito delas você será luz, e com as trevas funciona da mesma forma , ter contato com essas substâncias é muito perigoso para muitas pessoas que desconhecem seu quadro fisiológico. Foquem em querer evoluir a mente, sem precisar usar nada para conquistar isso.
Eu quero justamente com esse relato dizer com propriedade que você pode sim se iluminar sozinho, afinal, como ja disse, a luz vem de dentro.
Após essas experiências comecei a repensar sobre os seres humanos, passei por um processo de purificação onde não conseguia mais sentir ódio pelas coisas, apenas compreensão e aceitação. Acreditava agora que se nasci como um ser humano, é porquê deveria aprimorar minha compreensão por essa espécie (não dou tratamento especial para nossa espécie, apenas agora vejo o dom que herdamos , a mente é uma ferramenta riquíssima, capaz de compreender se assim desejarmos, somos todos parte de Deus, então herdamos seus genes, somos co-criadores, não é fascinante?).
Voltando de novo... Então me peguei pensando agora que meu trabalho na Terra é ajudar principalmente os seres humanos, por serem a espécie que mais necessita de ajuda sem nem perceberem (mesmo tendo essa mente brilhante em suas cabeças). Percebi que há muitos elementos no nosso plano material que nos desvia da essência da vida, e esses mesmos elementos são capazes de fazer as pessoas se perderem e não acharem mais uma saída (pelo menos é assim que pensam).
Não quero tomar o mérito da evolução de ninguém, meu trabalho aqui é apenas relembrar as pessoas de quem elas são realmente, o que é a vida realmente. Somos cegos a vida inteira se ninguém se manifestar, então meu intuito é fazer vocês se manifestarem também e ajudarem o mundo se tornar um lugar melhor, no qual evoluímos sem precisar passar pela dor. Mas como fazer isso?...