Capítulo 5

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> Bill e Harry boiolas é sinônimo de eu boiola, é isso.🥺👉🏽👈🏽

> Demorei mas postei kk

> Imagem na mídia é uma representação do Harry.

> Revisado em: 21/07/24

Boa leitura babys 🏵️🌌

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Bill havia acabado de fazer a massa para as panquecas quando percebeu que Harry não havia falado nada desde que fora abrir a porta. Estranho, pensou. Harry estava tão falante hoje, ele estava radiante desde que acordara. Secou as mãos em uma toalha e deixou a massa de lado, andando para fora da cozinha e franzindo as sobrancelhas ao ver Harry parado estático entre a fresta da porta. Andou até ele e entendeu o motivo, Dumbledore. O homem olhava fixamente para o garoto, desejo e luxúria rodopeavam por seus olhos azuis enquanto levava a mão direita até a altura de sua virilha e ajeitava a calça por trás da túnica. Bill sentiu sua bile subir e fechou a porta, não dando atenção para as palavras incompletas do homem.

O ruivo abraçou Harry, deixando-o chorar quando o choque e o medo o deixaram. Bill acariciou suas costas e guiou-o até o sofá amaldiçoando Dumbledore com tudo o que havia em seu vocabulário. Harry não dissera nenhuma palavra enquanto deitava no colo de Bill, sem nem ao menos se importar com a posição, ou se incomodar o suficiente para se constranger. Harry não era tão inocente quanto os outros gostavam de achar, eles o subestimavam completamente. Ele já havia percebido como Albus o olhava, ele já havia visto o modo como lambia os lábios famintamente quando Harry era obrigado a ir ao seu escritório. Ele sabia as intenções absurdas que passavam por sua mente quando o tentava empurrar doces de limão. Harry sabia o que Dumbledore pensava sobre ele. Mmas não adiantava ele falar com ninguém sobre isso, ninguém ouviria a súplica de um órfão carente.

Harry sabia que não adiantaria dizer ou pedir ajuda, ninguém o daria ouvidos, ninguém acreditaria em si. Ele já havia tentado. Ele contou ao seus tios e eles o disseram que a culpa era sua. Que ele não deveria provocar as pessoas assim. Mas ele não provocava! Ele só era Harry! Ele também havia tentado contar a Minerva, mas ficou com medo de que ela o ignorasse e contasse a Dumbledore. Ele tinha medo que o homem passasse de desejos para ações, ele tinha medo que ele parasse de olhar e resolvesse o tocar. Ele tinha medo de seus amigos o abandonarem por isso e agora, ele tinha medo de perder Bill. O que Bill pensaria das atitudes de Dumbledore e da reação de Harry? Ele nem ao menos deve ter percebido e agora deve estar achando que Harry estava apenas exagerando, como Snape sempre o dizia.

— Harry. Ele não vai te tocar. Nunca.— disse, Bill, firme enquanto abraçava o homem aterrorizado em seu colo.

Harry levantou a cabeça do peito de Bill e o encarou enquanto tentava secar as lágrimas. Bill beijou sua testa, arrumando os fios de cabelo que caíam por seu rosto, atrás de sua orelha. Ele continuou o olhando com as sobrancelhas franzidas não entendendo o que Bill estava querendo dizer, ou talvez evitando entender com medo de criar esperanças e depois perceber que interpretara errado. Como Bill poderia saber o real motivo do seu medo?

— O-o que você quer dizer com isso?— perguntou, analisando as nuances compreensivas nos olhos azuis de Bill. Azuis como um céu cheio estrelas. Azuis como o brilho de Sirius, a estrela mais brilhante do céu.

— Eu vi o olhar dele Harry. Eu sei qual é a origem do seu medo e eu jamais deixaria ele tocar em você.— respondeu, secando as novas lágrimas que desciam dos olhos vermelhos e inchados do homem.

— Eu tentei contar.— sussurrou, abaixando o olhar e fitando suas mãos apoiadas em suas coxas. Bill o olhou com as sobrancelhas franzidas, levando a mão ao seu queixo e fazendo-o encara-lo.— Tentei contar desde os onze anos, não me ouviam ou diziam que é minha culpa.— explicou, desviando o olhar para todo e qualquer canto da sala, menos para os olhos de Bill.

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