Terceiro Arco: Dúvidas

3 0 0
                                    

Quando acaba o período de aula, todos esperam ir para casa e descansar, porém, hoje não será assim. Chamei a doutora Sarah e sua equipe para nos ajudar nessa investigação.

– Muito obrigada por nos convidar, Comandante.

– O prazer é nosso. Por favor, sentem-se.

Logo atrás, vinha Levi e os outros Capitães convidados.

– Espero que o Capitão Kirigaya tenha explicado para vocês a situação.

– Sim, ele já nos explicou.

– Certo. Durante o pequeno caos que tivemos nessa sala, surgiram ideias de que eles têm uma hierarquia militar, uma sociedade, uma língua e um objetivo.

– Imagino o mesmo. Esse observador também age como um observador humano. Após adquirir a informação que necessita, ele se retira. O interessante é que o senhor comentou sobre um objetivo. Será que eles invadiram a Terra em busca de algo.

– Acredito que não, já que eles estão lá sozinhos durante todos esses anos. Aposto em um novo lar.

– Como assim?

– Assim como nós, eles devem ter procurado habitação em outros planetas.

– Mas a invasão foi tão repentina e desorganizada... não acredito muito nesse ponto.

– Doutora, os humanos não tinham capacidade de luta naquela época – o Capitão Levi se posiciona – Provavelmente eles já estavam nos observando e atacaram do jeito que acharam melhor.

– Faz sentido. Será que o ataque na lua também foi para erradicar os humanos?

– Visto que havia pessoas morando lá, acredito que sim.

– Por que eles não atacaram a Lost Star?

– Nessa época, a Lost Star funcionava como uma base militar. Ela ficava mais afastada da Terra, por isso ela foi ignorada – a Capitão Yui complementa.

– Muito obrigado, Capitã Yui – o Comandante agradece – Agora vamos ao ponto central. O que será que ele foi reportar?

– Eu estava observando a equipe no momento. Foi no retorno que isso ocorreu, após pegar o objeto.

– Será que eles estavam observando o que era o objeto? Se eles têm inteligência, com certeza estranharam o objeto que caiu do céu. Provavelmente queriam descobrir o que era, mas não acharam a localização exata. E após ver, ele saiu e reportou a ação – Letícia mostra a sua análise.

– Mas por que isso não aconteceu nas outras vezes?

– Em todas as excursões nós só os matamos. Nunca levamos algum objeto ou algo do tipo. Como eles não recebem nenhuma informação, ficam estáticos. Analisando desse jeito, acredito que eles são tipo uma câmera, mas na hora de enviar a informação, ele mesmo vai.

– Bem pensado, Letícia – Yui fala com sua voz sonolenta.

– Comandante, o que iremos fazer? – com as mãos no bolso e olhando para a mesa, o Capitão Levi pergunta.

– Talvez esse seja o início de um passo para entendermos mais sobre esses seres, a invasão repentina e o sentido disso tudo – ele olha para a mesa – Doutora, é errado arriscar algumas vidas?

– Desde que elas aceitem, não. O que pretende fazer?

– Por que nunca tentamos conversar com eles? – o Comandante parece motivado.

– Talvez por que não dá para se aproximar deles sem se queimar – Levi responde.

– Comandante, não acho uma boa ideia arriscar vidas humanas... – Sarah continua o assunto.

Projeto Imersão TotalOnde histórias criam vida. Descubra agora