Capítulo 28

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Ângela e Felipe acordaram tarde na manhã seguinte, eles fizeram questão de comemorar o emprego que ele conseguiu no Karalhokê graças a Juliana e Laura.

Como era domingo nem se preocuparam de levantar perto do meio dia, ao se levantarem, Felipe foi até a cozinha preparar o almoço, já pulando o café da manhã, ele usava apenas uma cueca box preta.

Ângela por sua vez, ainda estava na cama, morrendo de preguiça depois de uma noite de sexo com Felipe, ele é muito bom nisso, e realmente o trabalho como stripper parece perfeito para ele.

Ela levantou- se e foi ao banheiro fazer sua higiene matinal e tomar um belo banho morno para relaxar. Minutos depois foi para a cozinha usando apenas um roupão macio, abraçou Felipe por trás, enquanto o mesmo preparava uma macarronada ao molho bolonhesa.

- Eu já disse que sou uma mulher sortuda por ter te atropelado?

- É mesmo? Me explica o porque é sortuda por me atropelar? - pediu ele com um sorriso e curioso para saber.

Ela parou por um momento para escolher bem as palavras, e por fim disse:

- Bom, se eu não tivesse te atropelado, eu ainda seria a solteirona das minhas amigas, não teria achado um cara tão bom de cama, que soubesse cozinhar maravilhosamente bem, e que ainda por cima, saiba dançar tão sensualmente. E caramba, você é tudo isso e muito mais, tipo, carinhoso, romântico, safado, tudo na medida cert...

Felipe não deixou ela continuar, a interrompendo com um beijo, calmo e cheio de amor.

Eles se abraçaram por alguns momentos, Felipe a afastou o suficiente para que pudesse olhar em seus olhos enquanto diz:

- Você me atropelando, por mais incrível que pareça, salvou minha vida, eu sendo um morador de rua, sem teto, não poderia lhe oferecer nada além do melhor, em forma de gratidão, mas saiba também, que eu me apaixonei por você no momento em que nossos olhares se encontraram, instantes antes do acidente.

Agora foi a vez de Ângela interromper com um beijo, os sentimentos de ambos estavam visíveis, era quase palpável o amor que os envolvia, tudo era lindo, até que o cheiro de algo queimando chamou atenção de ambos.

- O macarrão! - disseram em uníssono.

Felipe conseguiu recuperar o almoço e foram comer, como sempre o masterchefe arrasou na comida. Depois de almoçarem, deitaram no sofá para assistirem o que passava na TV.

Enquanto isso, do outro lado da cidade Fernando havia decidido visitar Rodrigo de surpresa, e ele não estava preparado para o que viu, chocado ao entrar na casa de Rodrigo e ver roupas de mulher jogadas pela sala.

Rodrigo havia se esquecido de guardar aquelas coisas na noite passada, ficou tão empolgado ao ouvir a voz de Fernando o chamando que nem se lembrou de esconder as peças de roupas.

- É por isso que não quis sair com a gente ontem? - disse Fernando indignado e magoado. - Ela ainda está aqui? Quer saber, não importa, achei que você fosse gay e estava afim de mim, mas pelo visto, me enganei.

Virou as costas e saiu andando antes mesmo de Rodrigo conseguir dizer qualquer coisa, Fernando apenas foi embora de coração partido, e Rodrigo tentando processar o que estava acontecendo.

Assim que Rodrigo finalmente entendeu, ele saiu correndo em direção a Fernando chamando- o, mas o mesmo não ouviu ou não fez questão de virar- se, como ele estava de cabeça baixa, não viu o ônibus aproximando em alta velocidade.

Por sorte, Rodrigo chegou a tempo e o puxou pelo braço, evitando assim uma morte certeira. Ele o abraçou forte, Fernando apenas tremia, com todas aquelas emoções dentro de si.

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