Capítulo 1

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Era uma manhã de sábado quando decidi sair pra pedalar no parque, fazer um caminho novo, só pra variar um pouco, durante a semana me levanto bem cedo para caminhar perto de minha casa antes de pegar a bicicleta e ir ao trabalho que fica no centro da cidade.
Levantei cedo, tomei um café da manhã leve, peguei o celular e coloquei a lista de reprodução com as músicas mais dançantes pra dar aquela energia pra atividade física. Peguei a bicicleta e saí pelas ruas em direção ao parque, com uma sensação de que hoje será um dia muito bom.
Chegando ao parque, desci da bicicleta e tranquei-a com o cadeado na cerca do lago e fui caminhando ao redor do parque. As arvores frondosas erguiam-se poderosas fazendo sombra em boa parte do local, que àquela hora da manhã tinha pouquíssimos freqüentadores.
As músicas estavam bem altas tocando no meu fone de ouvido enquanto eu caminhava distraída sentindo aquela brisa fresca e curtindo o céu azul. Como não estava prestando muita atenção no caminho, não vi o cão vira-lata que vinha correndo a toda velocidade em minha direção.
Quando dei por mim, já estava estirada ao chão com um cão enorme deitado em cima de mim lambendo meu rosto, a única reação que tive foi uma crise de risos, não poderia nem ficar brava com o bicho, ele só estava brincando. Tirei os fones, e comecei a fazer carinho no cachorro e conversar com ele:
- E aí amigão? Vai me deixar levantar ou não?
Pelo canto do olho pude ver uma moça aproximando-se rapidamente e segurando alguma coisa nas mãos, parecia ser uma coleira.
- Spencer seu sem vergonha, finalmente te achei seu malandrinho. E ai meu Deus, o que você fez?
Só agora a moça percebeu que o Spencer, estava deitado em cima de mim, ela estava meio descabelada e ofegante por ter corrido atrás cachorro, mas mesmo assim ela estava linda. Eu disse:
- Agora que sei seu nome Spencer, você pode se levantar amigão? É que tipo assim, você é um tanto pesado cara, e moça pode ficar tranqüila, estou bem, só preciso levantar.
- Spencer, seu monstrinho, venha aqui, me deixa por sua coleira e ajudar a moça a se levantar, desculpe pelo o ocorrido, ele escapou da coleira e não consegui impedir que ele saísse correndo, eu não esperava que ele fosse pular em alguém.
Enquanto ela falava, ajudei-a a colocar a coleira no fujão e me levantei do chão, ainda bem que caí sobre a grama, então por sorte, não me machuquei. E depois da confusão toda me apresentei:
- Olá moça, meu nome é Juliana, sei que o rapazinho aqui é o Spencer e o seu nome é?
- Ana Clara, mas pode me chamar de Clara.

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