Cheguei na faculdade já em mente que eu tinha que procurá-lo de imediato, não havia outra pessoa que pudesse me ajudar nisso se não ele. Fui em direção ao fundão, onde a maioria dos meus amigos ficava e lá estava ele, surpreendendo a todos com sua mágica e ilusionismo, ele é mestre nessas coisas. Não perdi muito tempo, chamei ele pra conversar.
- E aí cara, diga o que precisa (Disse ele)
- Então cara, você é o único que realmente manja de tecnologia e invasão de sistema. Eu preciso que você desbloqueie a senha desse aplicativo para eu ver as mensagens.
- Esse é o telefone do Bruno? Como você conseguiu? (Perguntou)
- Eu peguei na antiga casa dele.Não questionou e parecia bem interessado em saber também o que havia ali, então pegou o telefone e foi em direção a mochila dele e guardou no bolso direito, onde guardava somente as coisas mais importantes pra ele. Me disse que desbloquearia em torno de 2 horas e logo me entregaria. Saiu da faculdade e foi embora, esboçando uma expressão séria e de curiosidade, como se fosse bastante próximo ou como se fosse algum ente querido próximo.
Me distrai durante as horas restantes até que tocou o sinal avisando que já era hora de ir pra aula. Entrei em sala e fui para o fundo, como sempre faço, e esperei o professor entrar. Logo, Mariana entrou e sentou do meu lado, sem dizer nada. Estranhei, pois sempre conversa comigo sobre como foi o dia ou algo parecido, então a cutuquei e perguntei se ela estava bem.- Sim, eu só ainda tô me recuperando. (Disse ela)
Fiquei despreocupado, porém desconfiado de que poderia estar havendo algo. Não falei mais nada durante o resto da aula e prestei atenção no que o professor estava falando. As horas se passaram e o alarme soou para avisar que já era hora do intervalo, aproveitei e chamei ela pra conversar, perguntando já diretamente o que houve. Ela disse que não podia me falar ainda e que seria melhor por enquanto eu não saber. Algo estava realmente acontecendo e eu estava por fora, mas pra ela ter ido parar no hospital, creio que poderia ter sido algo sério, mas pra ter vindo para a aula, acho que não.
Voltei para o pátio, vi o Wesley passando! Ele não falou comigo desde aquele dia na colina, quando pegou as coisas dele e foi embora, me dando a entender que realmente eu escolhi o lado errado. Comecei a pensar um pouco mais na Mariana e especulando se ela realmente estaria bem, e de um jeito um pouco confuso, eu poderia até achar que estaria sentindo algo a mais por ela do que só uma amizade. Sei bem que deveria ter dito isso pra ela quando comecei a sentir, até porque, fazia um tempo que já estava com esse sentimento em mim. Eu vou me adaptar do modo que eu puder e no meu tempo, mas até lá, todos os sentimentos que eu deveria ter sentido de início vão sair só agora, por mais que eu queira guardá-los. Cogitei a ideia de falar a respeito disso com ela, mas acho que ainda não seria a hora certa pra agir ou pensar em dizer algo assim, ela acabou de sair do hospital e tals, então não acho que seja a hora certa.
Ela apareceu alguns minutos e se sentou do meu lado, perguntando se eu estava bem e se eu queria alguma coisa, e mesmo que eu quisesse dizer tudo que eu sentia por ela ali e agora, eu não disse. Apenas falei que estava tudo bem e que não precisava de nada. Ela se levantou e disse que já estava indo embora porque precisava voltar ao hospital ainda hoje, me deu um beijo na bochecha e foi embora, sem dizer mais nada. Não fiquei muito tempo no colégio, então só me levantei para lanchar e fui para casa. A chuva começava a cair, o que me impediria de andar de skate. Só que não!
A estrada estava bastante molhada, os carros pareciam apostar corrida de tão rápidos que passavam do meu lado, jogando água em cima de mim se já não bastasse a chuva. Cheguei em casa encharcado, com o material escolar molhado, meu skate cheio de terra e água e minha roupa úmida. Subi para o meu quarto e taquei tudo no chão. Tirei minhas roupas e fui tomar um banho quente, para retirar a tensão e aquecer o corpo. Não demorei muito e ja havia colocado roupas secas e me deitei para descansar, e nem se passaram alguns minutos e meu celular apitou, avisando que haviam novas mensagens. Bruce havia enviado uma mensagem:
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ANTISSOCIAIS
ActionApós os acontecimentos de "Depressivos", acompanhamos a história de Gustavo, que precisa se adaptar a como tudo ficou e seguir com sua vida. O que ele não espera é que uma série de reviravoltas irá acontecer que precisarão colocar a prova sua integr...