DEZOITO

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Sentada sobre sua toalha cor de rosa na proa do barco, Bianca se perde na imensidão azul de céu e mar à sua frente.

Sente-se infinitamente grata a Paco por ter a oportunidade de encarar de perto tanta beleza.
Mas ela não consegue sentir plenamente o prazer da nova aventura. Não quando sabe que Paco está sozinho, lamentando-se pela injustiça de ter que se esconder na própria vida.

Hugo se aproxima dela, entregando-lhe uma taça de champanhe. Quantos litros de champanhe esse povo bebe?, Bianca se pergunta.

— Vocês brigaram? — ela pode perceber que a pergunta escapa. Hugo está mesmo muito curioso. E desconfiado. — Desculpe... pela indiscrição. Mas... o Paco não parece bem. Aquele não é meu irmão.

Bianca gela. Mas não é sua história para contar. Não é seu segredo para entregar.

— Tudo bem. — ele diz, observando seu silêncio. — Eu entendo que você não queira me contar. Mas, se for alguma coisa séria, não vou conseguir perdoar vocês por estarem escondendo.

Bianca morde o lábio inferior, tensa, quase coagida.

— Não é nada sério. — mente. O que pode ser mais sério do que o que Paco está sentindo?


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