Passadas algumas semanas, Cheryl acabou por perceber que ela era a errada, em maior parte, da situação, e porque? Bem, como ela pôde exigir algo de Toni sendo que ela não havia exposto seus próprios sentimentos antes? Como ela poderia ter xingado o estilo de vida sexual de Toni sendo que ela mesma havia concordo com os termos impostos por Topaz? E pior, como pôde ter falado de sentimentos quando ela mesma proibiu Toni de ter qualquer sentimentos por ela? Quer dizer, ela era no mínimo uma idiota contraditória, ou ao menos era o que achava.
Por isso, ela tomou a decisão de que naquela segunda-feira chamaria Toni para conversar e pediria sinceras desculpas por seu comportamento anterior. E foi o que fez.
Ao chegar na escola naquele dia, encontrou Toni no mesmo lugar de sempre, na entrada da escola olhando seu celular, tão distraída com o aparelho que nem percebeu a recente aproximação de Cheryl
— Bom dia Toni. - A voz de Cheryl soou nos ouvidos de Toni com tanta melodia que a morena ficou alguns segundos estática, apenas apreciando aquela rouquidão matinal de Cheryl.
— Bom dia majorie. - Foi a vez de Cheryl resfolegar, seu peito se apertou, sentira tanta falta de Toni! Tanta falta que não conseguiu conter sua felicidade e alívio.
— Nós podemos conversar?
— Claro! - Toni respondeu guardando o celular. — Que tal as arquibancadas? Lá me parece ser um bom lugar.
— Por mim tudo bem!
E então entraram na escola para irem até as arquibancadas do campo que era usado para jogos abertos ao público. Ambas as garotas fizeram o caminho em um puro e total silêncio, e por incrível que pareça não era um silêncio desconfortável.
Cruzaram o campo em passos largos, ansiosas demais para ouvirem o que a outra queria dizer. Impacienteals demais para se sentirem.
— Você começa! - Toni disse tendo o cenho franzido.
— Eu sei que você não me quer mais, apenas pelo olhar em seu rosto! - Cheryl disse triste e simplista. — Algumas pessoas dizem que quando as coisas estão ruins, tendem a piorar, que é notório ver isso na cara delas. Mas eu não quero acreditar nessas pessoas Toni! Nós duas já estivemos aqui antes, já tivemos essa conversa, e eu não quero que ela termine da mesma forma que aquela terminou. Eu sei como deveria terminar, eu sei como eu quero que termine nossa conversa.
— Cheryl, eu não tentei te impedir de ir, ou tentei ao menos falar algo, por que eu estava em puro choque. Você já deve ter percebido a dificuldade que tenho em expressar sentimentos, e quando você jogou tudo aquilo em cima de mim eu fiquei estática. E acredito eu que minha reação foi bem compreensível dada as circunstâncias, não que estivesse correta.
— Eu sei, e entendo agora como fui egoísta naquele dia, por isso quero me desculpar com você, não foi mesmo a minha intenção de te desmerecer ou te ofender, eu só estava tão engasgada que não soube o que fazer! - Cheryl abaixou o olhar brincando com as mãos nervosamente, enquanto isso Toni olhou para o campo e viu Alisson olhando para as duas.
— Temos uma platéia nos achando e provavelmente nos chamando de loucas! - Toni disse rindo, e Cheryl seguiu o olhar da morena encarando Alisson.
— Temos que ignorar aqueles com opiniões de ódio! - Cheryl disse se referindo ao dia da briga que tiverem e como deixaram que a discórdia ficasse entre elas.
— Sim, nós temos. Não somos como eles.
— Se querer ficar com você é loucura então eu posso dizer que fiquei amiga da loucura. - Cheryl disse simples e Toni a olhou com os olhos arregalados, não é como se fosse surpresa aquilo, mas ainda sim ouvir aquilo de Cheryl de uma forma tão simples fez com que Toni quisesse chorar de alegria.
— Então posso dizer que ficamos amigas da loucura ultimamente! - Toni disse dando um sorriso de lado, e Cheryl a olhou como se ela tivesse um pênis na testa.
— O que você disse?
— Que nós nos tornamos amigas da loucura ultimamente.
— Toni, não brinque com algo assim! - Cheryl pediu com urgência. — Isso não é brincadeira! Eu posso ser toda errada, sem futuro, não ser perfeita como Irene e toda a merda do mundo, mas eu realmente estou gostando de você!
— Cheryl, todos nós viemos com cicatrizes, mas nós podemos ama-las até que elas desapareçam! O que quero dizer é, você pode ser o que for que eu ainda sim vou gostar de você, afinal foi com todo sua pose de garota má que eu comecei a gostar de você. Além do mais, eu te disse que não era perfeita, eu mostrei não ser perfeita então porque eu buscaria perfeição em alguém? Você não ser perfeita é um dos motivos pelos quais eu acho que devemos ficar juntas.
— O quê?! - Cheryl não conteve o grito, ele soou livre. Agora entendia como Toni se sentiu quando despejou tudo o que sentia.
— Acho que devemos ficar juntas, Cheryl.
— Juntas tipo... sexo?
— Também, mas juntas tipo... juntas.
— Tipo namoradas?
— Tipo namoradas! Mas se ficarmos juntas, eu quero que fiquemos abertamente juntas sem nos envergonhar do que as pessoas vão pensar ou dizer. - Toni disse mais séria. — Você aceita me namorar abertamente? Sem ter vergonha ou receio?
— Eu te disse que não era perfeita, e não que era estúpida! - Cheryl riu alto. — É claro que eu aceito namorar você sem vergonha, receio e moderação!
— Ufa! - Toni soltou o ar. — Se você tivesse dito não ia ser o maior micão da vida! - Toni acariciou a mão de Cheryl. — Me desculpa por ter sido uma completa idiota.
— Eu desculpo você! E é claro que eu aceitaria seu pedido Antonitte, eu estou realmente caidinha na sua. - Cheryl sorriu tão grande que Toni não se conteve e a puxou selando os lábios um ao outro, se beijarem devagar, colocando todo o sentimento ali; e quando se separaram, Cheryl fez sua melhor expressão cômica e divertida e disse:
— É... transa maravilhosamente bem, beija bem para caralho, é bonita para a porra, é inteligente demais e não cheira mal! Eu posso definitivamente me acostumar com isso!
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Baby oops Bad Girl - Choni
Fanfiction[Finalizada] Aquela onde Cheryl têm toda a pose de bad girl, mas dentro de quatro paredes ela se transforma em uma delicada submissa de Toni. | Todos os créditos para a: cocaimila |