Capítulo 12

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Pov Gizelly

"Já estou indo vida, estou no banheiro vim fazer a maquiagem mas já estou voltando."

Meu mundo parou depois que ouvi essa frase que saia da boca de quem eu estava até minutos atrás me agarrando.

Na verdade não era a frase. E sim uma palavra, uma simples palavras que me chamou minha atenção.

E foi essa simples palavra que mudou completamente minha noite.

Vida.

Eu não sabia, eu não perguntei, eu só... só fui. Mas também como eu podia saber? Manu só me apresentou seu nome - coisa que eu já sabia - mas não me falou se era casada, solteira ou se estava namorando.

Quando ouvi aquela palavra eu simplesmente queria sair dali, eu queria só minha casa. E foi isso que eu fiz.

Sai do banheiro e procurei Manu, não demorei para encontrá-la. Ela estava em um canto um pouco afastado com pouca iluminação e Caio, estava fazendo companhia.

Movi meu corpo  o mais rápido possível para chegar até lá.

– Manu essa festa é de quem mesmo? - cruzei os braços e franzi a testa na tentativa de não demostra a minha tristeza.

– Da Bia, a namorada da Rafa.

E foi aqui nesse exato momento que meu mundo desabou e confirmei minhas teorias. Como assim eu fiquei com uma mulher que estar em um RELACIONAMENTO e além por cima na festa de aniversário da própria.

– Manu, eu vou indo ok? Estou com dor de cabeça e além por cima tenho um problema para resolver - sai sem ao menos ouvi o que Manu iria me falar.

Caminhei até meu carro, abrir a porta e entrei, dei partida e sai sem rumo.

(...)

No final das contas eu decidir ir para o meu canto de sossego. Eu não estava com sono ou muito menos com fome, eu... eu estava triste talvez até com nojo.

Nojo por eu querer aquele beijo e triste por ela não ter me contado.

Sentei na pedra e olhei o relógio que marcava 05:40h. O sol já estava nascendo e foi naquele momento que eu me deixei levar pelos meus sentimentos e chorei.

Chorei porque eu queria ter sido beijara por ela, chorei pela dor que sentia em meu peito.

Mas eu não tive culpa, não hoje.

Entrei no carro, liguei o som e dei partida. Só que eu não sabia que o destino era tão filho da puta para me castigar desse jeito.

"E o preço que eu pago
É nunca ser amada de verdade
Ninguém me respeita nessa cidade
Amante não tem lar
Amante nunca vai casar"

Até a rainha do Brasil tá contra a mim - falei cantando o refrão junto.

Cheguei em casa por volta da seis horas. Não perdi muito tempo e fui direto para cama, eu estava morta de sono. Amanhã era domingo e Manu, tinha me convidado para um almoço e eu não iria recusar.

Maldito Passado - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora